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Novas evidências no “caso Byron Castillo” podem tirar Equador da Copa, revela jornal

Foto: Leopoldo Smith/Getty Images

Dentro de campo o Equador se garantiu na disputa da Copa do Mundo do Catar após ter encerrado as Eliminatórias da América do Sul com a quarta colocação. No entanto, fora dele a situação ainda está indefinida. A Fifa, entidade que regulamenta o futebol no mundo, vai novamente julgar o caso de Byron Castillo na próxima quinta-feira (15). De acordo com o jornal britânico “Daily Mail”, a entidade encontrou revelações do jogador confirmando ter nascido na Colômbia.

O caso já havia sido julgado anteriormente, mas a Fifa destacou como inconclusivo, buscando mais documentos e evidências que pudessem comprovar uma infração da  Federação Equatoriana de Futebol (FEF). Agora a entidade deve avaliar todas as questões tendo novas documentações em mãos.

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O “Daily Mail” teve acesso a uma entrevista de Byron Castillo há quatro anos, quando ele fala com alguns investigadores. Nas citações do jogador, ele claramente afirma ter nascido em 1995, diferente da data oficial de sua certidão de nascimento equatoriana, informando o ano de 1998. Além disso, o nome completo citado pelo atleta seria Byron Javier Castillo Segura, ao invés de Byron David Castillo Segura, como está na certidão do Equador.

A gravação ainda destaca a saída da cidade de Tumaco, na Colômbia, para seguir carreira em San Lorenzo, no Equador. Além disso, Byron Castillo também nomeia o empresário equatoriano que lhe teria dado uma nova identidade para seguir jogando futebol.

A gravação faz parte de uma entrevista formal realizada pelo chefe da Comissão de Investigação da FEF. Além disso, há também a publicação de uma carta descrevendo as conclusões da Comissão de Investigação, que foram entregues ao presidente da FEF e à Comissão Disciplinar em dezembro 2018. Apesar de a carta deixar claro que Byron Castillo é um colombiano nascido em 1995, a FEF, em 2019, decidiu oficialmente que o jogador era um cidadão equatoriano.

As investigações da Fifa sobre Byron Castillo começaram em abril após uma queixa formal da Federação Chilena de Futebol, alegando que o jogador não poderia representar o Equador por ser um cidadão colombiano que entrou no país como um imigrante ilegal. 

As dúvidas sobre a identidade oficial de Byron Castillo surgiram em 2015, quando uma transferência entre dois times equatorianos envolvendo o atleta entrou em colapso. Na ocasião, o atleta trocaria o Norte América pelo Emelec, mas alguma irregularidades na documentação impediram o negócio. Em 2018, a NorteAmerica foi suspenso por ser considerado culpado em patrocinar e se beneficiar de documentos falsificados de jogadores.

Agora a expectativa é de que a Comissão de Apelações da FIFA tome uma medida decisiva, além de se posicionar diante da FEF. Os equatorianos aparentemente passaram por cima das conclusões de suas próprias investigações.

Mudança na classificação:

Se o Equador for realmente punido, o Chile espera conquistar a vaga na Copa do Mundo e passar a integrar o grupo A da competição, que tem, além do anfitrião Catar, Holanda e Senegal. Byron Castillo atuou duas vezes contra os chilenos e, no total, o Equador venceu um jogo e o outro terminou empatado. Se os seis pontos forem considerados ao Chile, a seleção terminará na quarta colocação, garantindo vaga na Copa do Mundo.

Ao mesmo tempo, se a Fifa entender que o Equador tem que ser expulso da competição e considerar todos os jogos como derrota, a seleção peruana ficaria em vantagem para uma vaga direta na Copa do Mundo. Ainda de acordo com o “Daily Mail”, em 2016 a Bolívia foi punida por escalar o zagueiro Nelson Cabrera, que já havia representado o Paraguai. Assim, Chile e Peru conquistaram vitórias por 3 a 0.

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