A saída de Frank e Claire Williams fechou um longo capítulo na histórica equipe de Grove, que oscilou entre dias de luta e dias de glória. Agora com Jost Capito como novo CEO da Williams, o novo time mantém o nome, mas inicia uma lenta trajetória na F1 para sair da última posição do campeonato, “sem milagres ou bala de prata”.
Capito, que há 35 anos trabalha com automobilismo, sabe que precisa de tempo e recursos para sonhar com voos mais altos. “Primeiro, você tem que desenvolver um plano – de longo, médio e curto prazo,” explica ao site oficial da Fórmula 1. “Você detalha onde você quer chegar com o time e quais são os passos que você tem que dar para atingir isso. Não tem milagre ou bala de prata. É disciplina e trabalho duro”, relata.
Tendo George Russell e Nicholas Latifi no grid, a equipe precisava de uma injeção financeira para renovar as instalações e fornecer condições melhores para o desenvolvimento dos carros. “Tem sido muito melhor do que eu esperava, por causa do investimento que a Dorilton já realizou. Temos algumas novas máquinas, impressoras 3D, maquinário de última tecnologia. Também estou impressionado com o túnel de vento e o padrão da fábrica”, elogiou.
OBJETIVO: ESTAR FELIZ
A saída de Claire Williams da F1 ocorreu em setembro do ano passado. De lá para cá, Capito concluiu a temporada (sem nenhum ponto) e iniciará seu primeiro ano completo. Para o CEO, ainda é cedo para definir objetivos: será necessário concluir uma ampla análise do projeto e da equipe.
— Em princípio, você deve ter uma boa visão geral de todas as áreas. Não faz sentido olhar só para uma das área e deixar as outras sem atenção. É melhor ter um plano de ação antes e então implementar o que for necessário, para mudar tudo ao mesmo tempo.
A Haas, principal concorrente na parte debaixo da tabela, já avisou que não vai desenvolver o carro. Mesmo com o anúncio, Capito não quis colocar uma meta específica para o ano, explicando que se ele estiver “feliz”, então estarão no caminho certo. Ainda assim, ele afirma ter a confiança da Dorilton Capital, investidora responsável pela compra da equipe.
— Eles são muito compreensivos, me deram liberdade. Ter liberdade não é ruim, mas gera expectativas. Não preciso perguntar ‘Posso fazer isso? Posso fazer aquilo? Vou até eles e digo ‘Esse é meu plano. Vocês apoiam?’ E é isso que tem que ser feito. É o motivo de ter aceito o trabalho — concluiu o novo CEO da Williams.
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