Desde a saída de Kléber, em 2013, a torcida do Internacional faz duras críticas aos jogadores que jogam pela lateral-esquerda. E, na noite de ontem (05), elas reapareceram com muita intensidade. A falha de Moisés, que permitiu o gol gremista, resultou em vários pedidos para o jogador perder a titularidade.
A disposição de Coudet, existem outros 3 nomes no elenco. A lateral-esquerda colorada conta, neste momento, com Uendel, Natanael e Leonardo Borges, além de Moisés. Destes, os dois primeiros já atuaram com a camisa vermelha, enquanto o último aguarda sua estreia. Caso Leonardo ganha sua chance, como pede a torcida, será o 19o atleta da função a começar um jogo. Com isso em mente, resolvemos relembrar os alas do Internacional, que se revezaram desde a saída de Kléber.
Sucesso na Lateral?
Depois de Kléber, campeão da Libertadores pelo Inter, apenas dois jogadores tiveram momentos de relativa “paz” no Beira-Rio. O primeiro, e de maior sucesso, foi Iago. Garoto oriundo da base, usava a velocidade para chegar na frente. Seus problemas na marcação, ás vezes, lhe rendiam críticas, mas nada fora do normal. Fez 81 jogos com a camisa vermelha antes de ser vendido ao Augsburg, da Alemanha, por cerca de R$ 30 milhões, na cotação da época. Mesmo como lateral, acabou marcando 1 gol e dando 6 assistências.
Já o outro lateral-esquerdo, que conseguiu momentos de titularidade absoluta, foi Uendel. Chegando na marca de 120 jogos pelo colorado, foi na Série B de 2017 que o jogador teve tranquilidade. Sem muitas opções no elenco, e vendo Carlinhos fora da forma física ideal, o lateral aproveitou sua oportunidade. Depois disso, porém, não conseguiu mais manter o ritmo e passou a ser fortemente criticado pelos colorados. Após a derrota na final, da Copa do Brasil de 2019, foi mandado para o banco de reservas. Pelo Inter, Uendel já marcou 1 gol e deu 6 assistências.
Erros decisivos
Quando o assunto é criticar um lateral, a torcida do Inter costuma pegar falhas específicas para isso. Neste quesito, três atletas tiveram, e ainda tem, dificuldades. O caso mais emblemático é o de Fabrício. Ala com melhores números desde Kléber, com 175 partidas, 17 gols e mais de 15 assistências, o jogador sofria com problemas disciplinares. Durante sua passagem pelo colorado, foram 8 expulsões. A mais marcante, sem dúvida, foi em seu último jogo pelo Inter. Quando, após ser vaiado, parou o jogo, virou em direção ao torcedor e levantou ambas as mãos, com os dedos do meio em riste. Ainda, retirou a camisa e a jogou no chão, manchando completamente seus bons números, em mais de 5 anos de Beira-Rio.
Já os outros dois atletas sofreram por falhas técnicas, e não comportamentais. Geferson, criado na base e com convocação para uma Copa América, fez um gol contra, de canela, na semifinal da Libertadores de 2015. Depois disso, caiu de rendimento e nunca mais atuou bem. O lateral fez 39 jogos, não marcou gols e assistiu um companheiro apenas uma vez.
E o último caso é o mais recente. Ao tentar controlar uma bola de cabeça, Moisés errou e entregou um gol para o Grêmio, na final do estadual. O lateral já está sendo cobrado e muitos torcedores pedem para que deixe o time. Agora resta ver como o jogador reagirá a isso. Ele chegou do Bahia no começo da temporada e já tem 11 jogos pelo Inter, com 2 assistências e nenhum tento marcado.
A esperança nas contratações
Dentre os 18 jogadores que foram titulares, na lateral-esquerda, desde 2013, apenas 3 chegaram com fama para serem titulares absolutos. Zeca veio do Santos após ser campeão olímpico pelo Brasil, mas em 48 jogos deu apenas 1 assistência. Natanael foi contratado logo após a venda de Iago e recebendo um salário alto, resultado? Apenas 9 jogos e nenhuma participação em gols. Segue no elenco, mas não deve mais atuar com Eduardo Coudet. Já o último caso é o de Carlinhos. Lateral de muito sucesso no Fluminense, tendo até convocações para a seleção no currículo, chegou para jogar a Série B em 2017. Porém, com muitos problemas físicos, viu Uendel tomar a titularidade e, após apenas 16 jogos e 1 assistência, deixou o Inter e hoje está sem clube.
Mal tiveram chances
Alguns garotos pouco atuaram pelo Inter. Mas como entraram em campo, merecem seu destaque nessa contagem. Erik fez apenas dois jogos pelo profissional e, no começo deste ano, foi vendido ao Al Ain, da Arábia Saudita. Garoto promissor nas categorias de base, o lateral Raphinha também atuou apenas duas vezes pelo colorado. Sem destaque, foi embora ao fim de seu contrato e hoje está sem clube.
Provavelmente o nome mais conhecido destes casos, Zé Mario pelo menos tem uma história curiosa, para contar para seus filhos. Em 2011, enfrentou, pelo Inter, um Milan recheado de craques, em um torneio amistoso na Alemanha. No mais, 13 jogos e nenhuma participação em gols. Hoje atua o Novo Hamburgo e, inclusive, foi um dos destaques do “Nóia” na derrota para o Grêmio pelo Gauchão.
Improvisos na Lateral
Principalmente no ano do rebaixamento, em 2016, o Inter tentou, diversas vezes, adaptar jogadores de outras posições na lateral. O meio-campista Alex, o zagueiro Ernando e os alas direitos Ceará e William tentaram jogar por ali. Talvez o líbero tenha sido o que mais garantiu segurança pelo lado. Mas, como não conseguia avançar com qualidade, fazia o lado esquerdo ficar muito lento.
Hoje um dos principais nomes da zaga colorada, Victor Cuesta chegou a fazer a lateral-esquerda em algumas vezes. Em sua estreia, por exemplo, enfrentou o Ypiranga na função. Entretanto, deslocado, não rendeu muito e rapidamente foi realocado na defesa, onde se afirmou e hoje é ídolo.
Outros nomes na Lateral
Os últimos dois jogadores a serem citados são Artur e Alan Ruschel. Ambos são casos de atletas que atuaram bastante pelo Inter (o garoto da base jogou 50 vezes, enquanto Ruschel 28), mas não receberam destaque, seja negativo ou positivo. O primeiro está sem clube no momento enquanto o segundo foi um dos sobreviventes do horrível acidente, de avião, da Chapecoense.
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