As cores do mundo agora são azuis e brancas. O mundo está pintado com as cores do Chelsea. Com uma equipe letal e com muita qualidade, a equipe de Tucchel conquistou o inédito título do Mundial em cima do Palmeiras e enfim, agora conseguiu confrontar uma equipe brasileira e consagrar-se campeão do mundo no estádio Mohammed Bin Zayed, em Abu Dabi.
E foi ele quem começou todo o sonho da equipe inglesa: o contestado Lukaku. O belga que tem enfrentado dificuldades na equipe ao comando de Tomas Tuchel, foi lá em cima e cabeceou com toda facilidade que tem. O Palmeiras conseguiu o empate no pênalti, mas na prorrogação o que tirou o sonho da equipe foi um pênalti cometido por Luan.
Ao Chelsea, basta comemorar um título inédito e a felicidade de enfim bater uma equipe brasileira, ao Palmeiras resta tentar na próxima .
O JOGO
Como de costume, o Palmeiras começou pressionando, fazendo com que o Chelsea saísse no contra-ataque nos primeiros minutos. Fiel a sua filosofia e estilo de jogo, quando a equipe inglesa tinha a bola, o Palmeiras marcava forte. Aos oito minutos, Rony tentou driblar e chutou para o gol, mas a bola passou longe. Em resposta, o Chelsea tentou em um cruzamento, mas Azpilicueta não chegou a tempo para chutar para o gol. Os duelos se mostravam interessante, com as duas equipes buscando as metas.
Aos 16, Scarpa bateu escanteio fechado e na sobra, Rony cabeceou para o gol, mas o goleiro Mendy estava lá para fazer a defesa tranquilamente. A partir da finalização alviverde, o Chelsea começou a ter mais a bola, rodava o jogo tentando enfim, encontrar espaços na boa marcação do Palmeiras, mas em erro de saída de bola, Dudu conseguiu receber a bola de Rony, chutou colocado, mas passou por cima do gol, aos 23 minutos. Na sequência, a equipe inglesa respondeu com Havertz, mas a bola passou a direita do goleiro Weverton, sem perigo. Aos 26, Dudu teve uma grande chance, quando recebeu a bola na frente de Zé Rafael, ajeitou levando a bola para dentro da área, chutou, mas a bola saiu.
Porém, engana-se quem pensa que teria uma equipe favorita, por um instante era grito de tranquilidade, outrora de angústia, para ambos os times. Era lá e cá, Lukaku tentando gol de letra e do outro lado, Rony tentando pegar o goleiro Mendy de surpresa. E na bola parada, quem poderia se consagrar era Pulisic, mas acabou passando por cima do gol já aos 37 minutos. Em seguida, Rony se precipitou e acabou chutando para o gol, mas subiu muito. O Palmeiras fazia uma bela partida, tentando em muitas vezes sair no contra-ataque, mas ainda assim, pecava no último passe. No fim da primeira etapa, quem tinha mais a bola era o Chelsea, que teve uma boa chance com Tiago Silva que de longe, encontrou espaço e chutou para defesa do Weverton, mas ainda assim não conseguia chegar ao gol com precisão, devido a boa marcação da equipe de Abel Ferreira.
No retorno para a segunda etapa, quem chegou mais rápido na área foi o Chelsea, com bola parada e cruzamento na zona de perigo, tentando a pressão. E foi ele quem abriu o placar, com o cruzamento perfeito de Hudson-Odoi, Lukaku venceu a marcação de Luan e Gustavo Gómez e subiu bonito para abrir o placar no estádio Mohammed Bin Zayed aos nove minutos. Após o gol, o Chelsea se animou e já partia novamente para área, mas sem perigo. Dois minutos mais tarde, Pulicsic tabelou com Lukaku na entrada da área e bateu de esquerda.
Mas quem imaginava que o Palmeiras estava morto, engana-se. Dudu recebeu boa bola em projeção para o ataque, mas o goleiro Mendy chegou tranquilo. Aos 15 minutos, com grande confusão na área, polemica: mão de Tiago Silva, o árbitro Chris Beath marcou pênalti para o Palmeiras após checagem do ARA e o grito do outro lado ecoou: Raphael Veiga deixou tudo igual na partida aos 18.
O jogo naquele momento deu confiança ao Palmeiras e a torcida que se fazia presente no estádio Bin Zayed. Mas a equipe inglesa não se intimidou, aos 27 minutos, o Chelsea quase amplia com Pulisic , que recebeu de Lukaku e chutou de esquerda. Era nítido o desgaste da equipe inglesa, que deu uma pressionada até o final, mas a prorrogação veio.
PRORROGAÇÃO
O coração não aguentava mais, seja para as cores azul ou verde. Tendo descansado apenas um instante, ainda assim, Com as mudanças de Tuchel, de Ziyech e Sarr, a equipe do Chelsea começou a prorrogação ditando o ritmo do jogo, permanecendo boa parte no ataque, procurando chamar a falta e bola parada devido ao cansaço.
Na pressão, aos oito minutos da prorrogação, a melhor chance foi para o Chelsea, cruzamento de Werner e na finalização na pequena área, a bola bateu no travessão e foi para fora. Com muita dificuldade e com apenas Dudu isolado, o Palmeiras estava encaixotado na defesa e não conseguia tocar a bola.
Na segunda parte da prorrogação, o Chelsea seguiu firme e o Palmeiras também continuava forte na marcação, tirando praticamente todos os espaços. Aos cinco minutos, Timo Werner tabelou na beirada da área e chutou colocado por cima do gol, sem muito perigo. Três minutos mais tarde, Havertz quase conseguiu cabecear, mas Marcos Rocha desviou. E aos nove, mais um pênalti, e desta vez para o Chelsea, a bola bateu no braço de Luan e após checagem, o árbitro australiano marcou penalidade. Na arquibancada, de um lado emoção, e do outro lado tensão. No gol Weverton e na bola Havertz, e o atacante converteu para a equipe inglesa: Chelsea 2 x 1.
Já prejudicado e precisando do empate, Luan que já havia cometido o pênalti, foi expulso aos cinco minutos de acréscimos da prorrogação e assim terminou: o Palmeiras caiu de pé, foi guerreiro, mas quem conquistou o título inédito foi o Chelsea, de Tuchel.
FICHA TÉCNICA
Chelsea 2 x 1 Palmeiras – Final do Mundial da FIFA
Estádio: Mohammed Bin Zayed, Abu Dabi
Árbitro: Chris Beath (Austrália)
Gol: Lukaku (CHE – 2ºT 9′ ), Raphael Veiga (PAL – 2ºT 18′ PEN) e Havertz (CHE – 2ºPRO 117′)
Cartão amarelo: Wesley (PAL – 1º E.T 14′), Luan (PAL – PRO 115′), Abel Ferreira (PAL – PRO 120′) e Atuesta (PAL – PRO 116′)
Cartão Vermelho: Luan (PAL – PRO 120′)
Chelsea: Mendy; Christensen (Sarr), Tiago Silva e Rüdiger; Azpilicueta, Kanté, Kovacic (Ziyech) e Hudson-Odoi; Mount (Pulisic), Havertz e Lukaku | Técnico: Thomas Tuchel
Palmeiras: Weverton; Luan, Gustavo Gómez, Piquerez, Marcos Rocha (Deyverson) e Scarpa; Rony (Wesley), Danilo, Zé Rafael (Jaílson) e Dudu (Navarro); Raphael Veiga (Atuesta) | Técnico: Abel Ferreira
