A NFL está testando um novo equipamento de segurança nos jogadores no training camp desta offseason. O Guardian Cap, produzido pela empresa que o dá o nome, envolve o capacete com outra espécie de capacete, muito semelhante ao que o ex-goleiro de futebol Petr Cech usava durante sua carreira.
A definição da aplicação do equipamento, tanto quem iria utilizá-lo quanto por quanto tempo, foi definido em março deste ano, durante uma reunião entre os donos das franquias.
Segundo a NFL, o Guardian Cap reduz o impacto na cabeça dos hits em cerca de 10% caso um dos jogadores esteja usando o equipamento. Caso os dois envolvidos na jogada o utilizem, este número sobe para 20%.
Por ora, a proteção é obrigatória para as posições que mais sofrem com impactos na cabeça: OLs, DLs, LBs e TEs, principais envolvidos em contatos com capacete. A medida é obrigatória, pelo menos, até a segunda semana da preseason.
Embora a estética e conforto do Guardian Cap não agrade alguns jogadores da liga, usá-lo no training camp pode, de fato, reduzir a quantidade de concussões que ocorrem anualmente nos treinos da offseason. A NFL registrou, de 2015 a 2019, uma média superior a 80 casos durante treinos e jogos da pré-temporada. Este número diminuiu nos últimos três anos para 41 casos, contudo, em 2020 houve o cancelamento da preseason devido a pandemia de COVID-19 e em 2021, a redução de quatro para três jogos de preparação.
“É um pouco quente e pesado agora, mas se é para nossa saúde no futuro, vale totalmente a pena”, comentou Kevin Zeitler, OT dos Ravens, seguindo a opinião da maioria dos técnicos e jogadores da liga.
Os dados extraídos desta offseason serão fundamentais para o futuro do equipamento nos próximos anos. Caso haja uma redução de concussões, o que tende acontecer, não é difícil que a liga aplique o uso durante os treinos de toda a temporada. Apesar da falta de beleza, o aumento de segurança deve ser mais que o suficiente para os jogadores aceitaram a nova medida.