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Opinião: Cinco motivos para o preocupante início de temporada do Avaí

Leandro Boeira/Avaí F. C.

O início do ano do Avaí vem sendo muito abaixo das expectativas. Após o importante retorno à Série A em novembro, a equipe sofre no Campeonato Catarinense, com 9 pontos em 9 partidas, ocupando a décima colocação na tabela. Além disso, o time já teve uma mudança no comando técnico, e uma classificação sofrida para a segunda fase da Copa do Brasil, contra a URT-MG.

Depois de uma temporada bem-sucedida, o que vem dando errado para o Leão da Ilha até agora? Listamos cinco possíveis motivos para essa significativa queda de rendimento no ano.

Contratações equivocadas

A maioria dos clubes que conseguem o acesso à Série A tem apenas um objetivo em sua primeira temporada na elite: não ser rebaixado. Para isso, é necessária uma avaliação de quais jogadores que atuaram na Série B podem ficar no elenco, e a contratação de atletas que possam suprir as deficiências do elenco, e encaixar nas ideias do treinador.

O Avaí de 2022 não conseguiu fazer isso com êxito até agora, com contratações de atletas em baixa há alguns anos, como Muriqui e Bruno Cortez, e outros para posições que não precisavam ser reforçadas, como a posição de goleiro, que já tinha Vladimir, e agora também Douglas, que, apesar de estar fazendo boa temporada, talvez não fosse necessário. Além disso, elas indicam que não há qualquer política de captação de jogadores no clube.

Posição de Copete

A principal figura da boa campanha do Avaí na Série B 2021 foi o atacante Jonathan Copete. Nesse período, o camisa 36 se destacou atuando pela ponta direita no esquema de Claudinei Oliveira, que variava entre um 4-3-3 e um 4-1-4-1.

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Nessa temporada, devido à falta de gols que a equipe vem enfrentando, o atacante jogou várias partidas centralizado, improvisado na posição de centroavante. Essa escolha fez com que a principal arma ofensiva do time catarinense ficasse mais afastada da criação de jogadas, e consequentemente, menos participativa na partida.

Quebra de planejamento

Após o término da última Série B, o Avaí optou pela permanência do treinador Claudinei Oliveira. Passaram-se 53 dias entre as duas temporadas. Nesse intervalo, a diretoria fez um planejamento para 2022, que teria a manutenção do comando técnico como um dos principais fatores.

Com Claudinei Oliveira, o Leão da Ilha apresentou muitos resultados negativos no início do ano, incluindo uma derrota em casa para o principal rival, o Figueirense. Depois de somente 6 jogos, com apenas uma vitória, Claudinei foi demitido, em um movimento muito característico do futebol brasileiro.

Essa atitude fez com que todos os planos feitos pela diretoria fossem descartados, e agora o foco ficava apenas em encontrar um novo treinador, para que um novo planejamento pudesse ser feito. Assim, o Avaí já ficava atrás da grande maioria dos seus adversários na Série A.

Critérios para a contratação de treinador

Depois da demissão de Claudinei, o Avaí sondou vários nomes para o comando técnico da equipe, como Alex (ídolo de Coritiba, Palmeiras e Cruzeiro), treinador da base do São Paulo, e Jorginho, que estava no Cuiabá. Até que, em 13 de fevereiro, fechou com Eduardo Barroca, uma semana após a demissão do antigo comandante.

Esses profissionais especulados pela diretoria mostram algo preocupante: a falta de uma ideia definida para a comissão técnica. Jorginho, por exemplo, é um treinador que, em seus últimos trabalhos, vem demonstrando um bom desempenho defensivo e um futebol reativo. Barroca, por outro lado, valoriza muito a posse da bola, mas seus times sempre tiveram dificuldades em transformar esse domínio em chances de gol. Isso mostra que, ao buscar treinadores com características muito diferentes, a diretoria da equipe catarinense não definiu um perfil para o seu novo técnico, ou sequer tem um plano considerando o elenco que tem em mãos.

Escolha por Eduardo Barooca

O Avaí de 2022, até a chegada de Eduardo Barroca, havia marcado apenas 3 gols em 8 partidas, mesmo tendo certo domínio em grande parte delas. Por outro lado, a defesa vinha apresentando um bom desempenho, ficando metade desses jogos sem ser vazada. Esses números evidenciam um problema grave no ataque do Leão da Ilha, e a escolha por um treinador que resolvesse isso era primordial.

Considerando o que mostrou até agora na carreira, Barroca não é esse treinador. As suas equipes sempre tiveram um bom controle de jogo e alta posse de bola, mas dificuldades em ameaçar a meta adversária, ou seja, o mesmo problema que o Avaí vem tendo até aqui. Assim, a escolha do técnico nesse momento é muito questionável, não pela qualidade de seus trabalhos anteriores, mas pelo perfil de suas equipes, visto que o clube vem tendo sérios problemas ofensivos.

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