Com a saída de Dorival Júnior do Ceará e ida para o Flamengo perto de ser oficializada, faltando apenas o anúncio, mais uma vez a história se repete no futebol brasileiro e cearense. Treinadores fazendo exuberantes trabalhos, recebem propostas irrecusáveis de outros clubes e, na primeira oportunidade, abandonam o projeto.
Às vezes, indo na contramão do que os próprios dizem. É o caso de Dorival. Sempre deixou claro que não era de abandonar trabalhos em andamento, como era o caso de sua passagem pelo Ceará. Mas na primeira proposta, desfez tudo o que disse e foi para o Flamengo. Em entrevista ao Baita Amigos, do Band Sports, Dorival falou um pouco sobre abandonar trabalhos em andamento:
– Eu nunca tive uma oportunidade fora do país. E por incrível que pareça as 4 vezes que aconteceram eu tava trabalhando. Eu nunca deixei os clubes porque eu não faço isso.
Não é a primeira vez que isso acontece. Basta voltarmos uns anos atrás e lembrarmos do caso Rogério Ceni. Outro que segundo ele, não largava trabalhos. E largou. Uma coisa é certa: de política imediatista ou falta de continuidade e a tal da “onda de treinadores estrangeiros”, técnicos como Ceni e Dorival não podem reclamar em hipótese alguma. E agora começa a corrida contra o relógio da diretoria alvinegra para conseguir um treinador para o restante da Série A.
Nomes já estão sendo ventilados. Segundo o jornal O Dia, com a saída de Dorival, o Ceará sonda o paraguaio Gustavo Morínigo, treinador do Coritiba.
Dada a maneira que saiu, Dorival se queima e muito com a torcida do Ceará. E com razão. Ele deixa o clube que lhe deu uma oportunidade após 2 anos parado, e sai com um trabalho sem continuidade, mas que estava começando a engrenar, para um contrato de 6 meses, aliado a um clima tenso nos bastidores e repleto de incertezas.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Esporte News Mundo