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Opinião: empate foi ruim, mas Gre-Nal trouxe boas notícias para o Internacional

Ricardo Duarte/Internacional

Na tarde de sábado (10), o Internacional visitou o Grêmio, na Arena, e apenas empatou em 0 a 0. O resultado deu sequência a péssima fase colorada, que não consegue vencer no Campeonato Brasileiro há 5 jogos. No entanto, apesar do placar ruim, a atuação da equipe gaúcha teve pontos importantes de evolução, que podem ser decisivos, principalmente, nos mata-matas de Libertadores que estão por vir.

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O primeiro ponto a ser comemorado, pelo Internacional, é o de não ter levado gols. O colorado tem a segunda pior defesa do Brasileirão, e vinha de 7 jogos consecutivos sendo vazado. E, para romper esse padrão negativo, o time contou com uma dupla de zaga inédita. Contratado junto ao Corinthians, o uruguaio Bruno Méndez fez dupla com Victor Cuesta, e mostrou uma segurança que as outras opções para a defesa não haviam conseguido. Só perdeu um duelo aéreo e foi importante, principalmente, em lances de velocidade, para podar qualquer chance Tricolor.

Se a defesa, que se mostrava insegura, melhorou com uma nova dupla, o meio de campo do Internacional também mostrou evolução. O retorno de Taison, que estava lesionado, trouxe uma característica que faltava ao colorado nos últimos jogos: objetividade. Diferente dos outros meio-campistas, o camisa 10 busca avançar em velocidade com a bola, forçando uma movimentação dos atacantes e dificultando a defesa, que precisa fechar não somente ele, como também qualquer opção de passe. Tanto é que, depois de Taison sair no intervalo, o Internacional perdeu o controle das ações, ameaçando mais em contra-ataques do que propriamente criando.

A última grande notícia do Internacional, todavia, não foi de novidades na equipe, mas sim de atitude. Muito apagado nas partidas anteriores, com bastante dificuldade nas ações, Yuri Alberto voltou a ser o jogador que encantou a torcida no final do Brasileirão passado. Apesar dos gols perdidos, ele incomodou a defesa gremista durante os 90 minutos, levando vantagem em todos os lances e tendo inteligência para procurar tabelas. Tivesse calibrado o pé, ou não ter enfrentado o goleiro Chapecó em um dia iluminado, seria facilmente o melhor em campo e o nome de uma hipotética vitória.

Cabe a Diego Aguirre, agora, dar sequência a estes elementos positivos. Até a estreia de Gabriel Mercado, em agosto, não há outra dupla de zaga possível que não seja Bruno Méndez e Victor Cuesta. No meio, Taison é camisa 10 e capitão e, quando Maurício voltar de lesão, pode virar titular, desde que na vaga de Patrick. Por fim, Yuri Alberto, apesar da seca de gols, é melhor técnica e fisicamente que Galhardo, e merece a titularidade. Para o duelo contra o Olimpia, isso deve ser mantido, mas precisa ter sequência, também, no Brasileirão, para o Internacional se recuperar na tabela.

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