O empate sem gols contra a Jamaica custou ao Brasil a eliminação na fase de grupos da Copa do Mundo Feminina, algo que não acontecia desde 1995. A Seleção se despede do Mundial com um desempenho muito aquém do esperado pelos brasileiros, e isso se passa muito pelas escolhas de Pia Sundhage.
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O Brasil do Mundial foi um time completamente diferente do que conquistou a Copa América invicto, venceu a Alemanha e fez frente com a Inglaterra em Wembley lotado. A equipe de Pia abriu mão do seu estilo de jogo e, além da goleada na estreia sobre Panamá, não demonstrou muitos atributos que a credenciasse nas oitavas de final.
A Seleção que pressionava, amassava e construía seu jogo por baixo, não existiu na Oceania. Pelo contrário. Contra a França, foi refém das ligações diretas para Geyse, que, inclusive, demonstrou ter sido uma escolha precipitada no ataque. Diante da Jamaica, a criatividade foi praticamente zero. Mesmo enfrentando uma adversária frágil tecnicamente e com a presença de Marta.
A escalação da Rainha, aliás, foi outra opção que não surtiu efeito. A entrada da camisa 10, inclusive, pareceu passar muito mais pelo aspecto psicológico do que propriamente a Seleção precisava no jogo. Com a veterana, o Brasil não conseguiu ser intenso e físico, característica que sobrou nas jamaicanas.
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Além das decisões improdutivas no time titular, Pia Sundhage também pecou nas substituições. Demorou a mexer no time que não conseguia agredir a Jamaica, e ainda tirou Ary Borges, talvez a principal destaque do Brasil na Copa. A própria técnica admitiu o erro na entrevista coletiva apóa a partida.
– Essa é sempre uma pergunta que a gente se faz, quando a gente vê que não funcionou. Algumas das situações ali no segundo tempo poderiam ter sido melhores. Quando vemos o resultado, percebemos que foi um pouco tarde – disse a sueca.
Pia assumiu o Brasil em julho de 2019 e alimentou a esperança da primeira conquista de uma Copa do Mundo, muito por conta do processo de preparação quase impecável. O desempenho na hora do ‘vamo ver’, no entanto, deixou a desejar. No comando da Seleção, a técnica soma 56 partidas, 24 vitórias, 13 empates e nove derrotas.
