Z - Z Não marcar 3

Opinião: Manutenção do elenco e reforços pontuais: a janela de transferências para o Atlético-MG

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Foto: Pedro Souza/Atlético
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O ano quase perfeito do Atlético-MG muito se deu ao grande trabalho do clube para montar o seu elenco. Um time que começou a ser montado em fevereiro de 2020, após a eliminação para o Afogados-PE na Copa do Brasil e que passou por um caminho mais longo até a conquista dos títulos do Brasileirão e da Copa do Brasil desta temporada. Muitos acham que este é o melhor elenco no Brasil, mas sempre existe espaço para melhorar.

Segurar jogadores e como repor alguma venda

Todo elenco campeão aumenta, e muito, a visibilidade de seus jogadores. O Galo, além disso, tem um time em que algumas de suas principais peças estão em uma idade que atrai bastante o interesse dos clubes europeus. Allan, Guilherme Arana e Zaracho são apenas alguns nomes que podem receber propostas durante esta janela de janeiro. O orçamento de 2022, aprovado pelo conselho do clube nesta semana, prevê que o time tenha R$ 140 milhões em vendas de atletas. Pode-se esperar que alguns desses jogadores sejam vendidos. O próprio lateral Guilherme Arana tem em mesa uma proposta de €23 milhões do Leeds United, da Inglaterra.

Caso ocorra alguma venda, o Atlético irá ao mercado para procurar uma peça de reposição do mesmo nível do jogador que saiu, como já foi dito pela diretoria. Os nomes que o time vem ventilando no mercado mostram que a diretoria está ciente das dificuldades de manter alguns desses jogadores e já estão de olho para repôr em um bom nível. Jogadores como Edenílson (Internacional) e Otávio (Bourdeaux) foram sondados pelo time mineiro.

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O fator Nathan Silva

O zagueiro formado nas categorias de base do clube estava emprestado ao Atlético-GO até que Cuca o chamou para voltar ao time. Logo já era titular ao lado de Júnior Alonso e, juntos, formaram a melhor defesa do Brasil na temporada. Pelo Galo, no Brasileiro, foram 30 jogos e 3 gols. Mesmo com bons números, o zagueiro demonstrou problemas durante o ano. O ótimo porte físico não impediu que ele passasse o ano com dificuldade para fazer os saltos fora da linha de defesa acompanhando um atacante. Apesar do bom passe longo, ele fica devendo bastante na construção de jogadas carregando a bola, ao contrário de Alonso e até Réver, que são um dos melhores do Brasil no quesito. O torcedor atleticano também vai lembrar da falha contra o Palmeiras que causou a eliminação do time na Libertadores.

Nathan é um zagueiro com bom potencial e que demonstra que ainda precisa evoluir em pontos chave do seu jogo. 

Foto: Getty Images

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Balanceando o meio campo

Recheado de estrelas, o meio campo do Galo é o melhor do país. Durante a primeira parte da temporada, o Galo jogou com 3 homens no meio (Allan, Jair/Zaracho e Nacho) até que se encontrou de vez com esses 4 jogadores em campo. O problema está nas características das peças de reposição. O time teve dificuldade quando não teve Allan e utilizou Tchê Tchê como primeiro volante justamente porque não tem um jogador com características semelhantes a de Allan no seu elenco. 

Hyoran e Alan Franco foram pouco utilizados durante a temporada. O primeiro é um jogador de difícil encaixe nesse esquema atual do Galo devido às suas características. Já Franco foi perdendo espaço durante a temporada, até ser emprestado para a MLS neste fim de ano. 

Procurar por jogadores que sirvam como opção para este time e que, ao entrar, não descaracterize tanto o sistema de jogo do técnico Cuca pode ser a principal missão do time nesta janela.

Os pontas no ataque

Keno e Savarino eram os dois únicos pontas de origem disponíveis no elenco principal do Galo na temporada. Ainda que Savinho estivesse relacionado em alguns jogos, pouco foi utilizado. 

Keno teve um começo de temporada difícil, com lesões, e demorou para engrenar e ser o jogador que o torcedor esperava. Essa demora foi recompensada com um fim de temporada fantástico do jogador.

Já o venezuelano Savarino foi o contrário. Começou bem a temporada, principalmente na fase de grupos da Libertadores e foi caindo de ritmo. Terminou o ano com poucas atuações na reta final.

Sem poder contar com os dois jogadores por alguns momentos do ano, Cuca se dispôs a mudar a formação do time e ter outros jogadores para ocupar aquele espaço. 

Sabendo disso, a diretoria foi atrás de Ademir, do América. Ele fez um Campeonato Brasileiro fora de série pelo América-MG. Foram 31 partidas com 13 gols e 3 assistências. O jogador chega com altas expectativas e pode entregar algo que Cuca sempre gostou em seus times: o ponta que joga com o pé trocado. Canhoto que atua pela direita.

Para a esquerda talvez não iremos ver reforços. Vargas já atuou por ali e Cuca sempre se mostrou satisfeito com o que o atacante entregou nessas partidas.

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