Neste sábado (2), às 16h, no Estádio da Serrinha, Goiás e Internacional se enfrentam pela 22º rodada do Campeonato Brasileiro Ambos os times contam com treinadores estrangeiros em seus comandos Armando Evangelista está com sete jogos de invencibilidade,enquanto Eduardo Coudet, classificou o Colorado para a semifinal da Libertadores.
Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás, pontuou as razões que levaram ao fechamento do acordo entre a diretoria do time com o treinador português Armando Evangelista: “Estivemos acompanhando, ao longo dos últimos anos, a excelência do trabalho realizado pelo técnico. A ambição por novos objetivos e a filosofia de jogo dele nos levaram a escolhê-lo para liderar nossa equipe durante a temporada.”
Com grande número de atletas nascidos fora do Brasil no elenco, o Internacional se destaca com nove estrangeiros em seu plantel. Alessandro Barcellos, presidente do clube, relaciona esse dado ao nome do clube e afirma: “A história do nosso clube é repleta de jogadores internacionais. Acredito que ultrapassa as barreiras financeiras e também faz parte do nosso DNA”.
Atualmente, 60% dos comandantes do Brasileirão nasceram em países do exterior. Além de Goiás (Armando Evangelista) e Internacional (Eduardo Coudet), outros 10 times apresentam técnicos gringos: América (Fabián Bustos), Palmeiras (Abel Ferreira), Flamengo (Jorge Sampaoli), Bahia (Renato Paiva), Botafogo (Bruno Lage), Red Bull Bragantino (Pedro Caixinha), Cuiabá (António Oliveira), Santos (Diego Aguirre), Vasco da Gama (Ramón Díaz) e Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda).
“Assim como a inclusão de jogadores de diferentes nações contribuiu para fortalecer a visibilidade do futebol do Brasil perante o público global, a participação de treinadores estrangeiros desempenha um papel essencial na criação da Liga de times e no desenvolvimento das equipes nacionais”, declara Artur Mahmoud, head de negócios da End to End, empresa hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo e que conecta o torcedor à sua paixão.
Nos últimos anos, vários comandantes internacionais apresentaram trabalhos bem-sucedidos no futebol brasileiro. Como consequência, observa-se um crescimento da procura dos times nacionais por técnicos gringos. Entre os exemplos de trabalhos com resultados positivos estão Abel Ferreira, no Palmeiras, Jorge Jesus, no Flamengo, e Vojvoda, no Fortaleza.
Com quatro taças pelo Leão do Pici, o trabalho de Vojvoda é destaque no cenário nacional. “Desde o começo de seu projeto, pudemos enxergar as novas ideias de jogo que ele desejava colocar em prática. A rápida adequação dos atletas e a implementação de treinamentos intensivos nos ajudaram a conseguir resultados expressivos”, diz Marcelo Paz, presidente do Fortaleza.
Além do confronto entre Goiás e Internacional, outros três duelos válidos pela 22ª rodada do Brasileirão Série A contam apenas com treinadores estrangeiros: Botafogo x Flamengo, Bahia x Vasco e América x Santos.
“É essencial que os treinadores do Brasil percebam esta fase como uma chance e se empenhem nesse processo de crescimento, como é comum na Europa. Nós que possuímos uma trajetória formativa europeia precisamos procurar uma constante evolução”, observa Sandro Orlandelli, diretor-técnico de futebol com passagens por Arsenal, Manchester United, Internacional e Red Bull Bragantino.
Júnior Chávare, dirigente de futebol da Ferroviária, com experiência em várias equipes do país e colaborações com técnicos estrangeiros, como Sampaoli, no Atlético-MG, também analisa o apoio que é necessário para esses treinadores: “O período de adaptação é crucial e, por isso, é de extrema importância que a equipe técnica vinda de fora seja respaldada, a fim de viabilizar a implementação de um trabalho bem-sucedido”, destaca.