O ex-técnico do Cruzeiro, Pepa, falou abertamente sobre a sua saída recente do clube, em uma entrevista para a TV Globo. Sob pressão, o português deixou a Raposa após a derrota para o Grêmio por decisão da atual gestão, em uma sequência de apenas duas vitórias em 16 jogos. Mesmo com diversos pedidos pela sua saída, a demissão causou surpresa em uma parcela de cruzeirenses.
Pepa revelou que a decisão pelo seu desligamento foi inesperada, e diz ter ‘mágoas’ com a decisão da SAF sobre a descontinuidade do seu trabalho. O treinador não queria ter deixado o Cruzeiro sob nenhum hipótese naquele momento, mas compreendeu, mesmo de maneira inconformada.
– Quando falo sobre isso, falo com de mágoa e frustração, porque não queria sair. Não esperava e nem queria. Mas é assim, estou aqui torcendo de longe para que ocorra tudo bem. (…) Não me faltou nada. A única coisa que senti foi um pouco desapoiado. Você treina o Cruzeiro, com 11 milhões de torcedores, uma paixão louca. De repente, acabou.
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Questionado sobre possíveis conflitos entre a sua comissão técnica e o elenco atual, o técnico negou totalmente qualquer tipo de ‘racha’. Pepa reafirmou que o clima com os jogadores era favorável, apesar da má fase em campo. O português ainda fez questão de evidenciar que existia um bom ambiente, até mesmo com quem recebia menos oportunidades.
– Dos jogadores que jogam menos até o mais, falavam do Wallisson, do Neto Moura, Nikão, nada [de problema]. Quando tem cobrança, tem. Quando era para ficar com jogadores, ficava eu e eles. Agora, que tínhamos um ambiente, tínhamos. Um grupo bom de ambiente, trabalho, exigência, era fantástico. (…) a gente treinava muito, essas coisas do elenco é mentira.
O treinador deixou a Toca da Raposa após 25 jogos no comando da Raposa, sendo sete vitórias, oito empates e dez derrotas. No seu lugar, o clube trouxe Zé Ricardo para assumir os trabalhos no restante da temporada, e já estreia no comando diante do Santos na quinta-feira (14), na Vila Belmiro.
