A Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) emitiu uma nota oficial no fim da tarde dessa sexta-feira (04), antes do início dos primeiros jogos da segunda rodada, sobre a polêmica que envolveu o uso do desafio na Superliga 1XBET. De acordo com a Confederação, apenas os quatro melhores times da última edição poderão utilizar o desafio na fase classificatória, ou seja, Praia Clube, Minas, Sesi Bauru e Sesc RJ Flamengo.
SIGA O ESPORTE NEWS MUNDO NO INSTAGRAM, TWITTER, FACEBOOK E YOUTUBE
Revoltados coma decisão, os torcedores dos clubes penalizados se manifestaram nas redes sociais contra a atitude da CBV. A tag “Desafio para todos CBV” chegou a ficar como o segundo assunto mais comentado do Brasil no Twitter na noite dessa quinta-feira (03). Assim, a entidade emitiu a seguinte nota oficial explicando o uso do desafio na Superliga 1XBET, mas sem voltar atrás.
– A CBV não mede esforços para que a Superliga, mais importante competição do vôlei nacional, seja um produto cada vez mais moderno e atraente para fãs, jogadores e clubes. Na temporada 2020/2021, a CBV iniciou o uso do sistema de Desafio, para auxiliar os árbitros em lances difíceis e duvidosos, proporcionando condições técnicas ainda melhores para a competição. Na temporada 2021/2022, a CBV garantiu a utilização do sistema nos jogos da fase final da Copa do Brasil e nos playoffs da Superliga 1XBet. Para a temporada 2022/2023, a CBV adquiriu mais seis sistemas de Desafio – até 2021/2022 eram dois. Os equipamentos já foram utilizados nas finais da Supercopa.
+ Confira a tabela da segunda rodada do Campeonato Turco de vôlei feminino
A CBV adquiriu os novos sistemas por meio da Lei Nacional de Incentivo ao Esporte, e foi responsável por taxas e encargos de importação obrigatórios, licença do software, complementação com itens não inclusos no projeto e treinamento de operadores. Finalizada essa etapa, propôs aos clubes que disputam a Superliga um plano de compartilhamento dos sistemas por regiões (sedes próximas). Seriam levados em consideração critérios como número de jogos de cada sede com transmissão pela TV, proximidade e capacidade de armazenamento. Alguns clubes alegaram não ter interesse no uso do equipamento por razões que incluíram ausência de orçamento para sua operação, insegurança para garantir a guarda dos equipamentos e a necessidade de locação de veículos especiais para transporte e de operação fora do horário comercial. Cabe lembrar que em outras Ligas Nacionais, como a Italiana, o regulamento prevê que cada clube deve possuir o próprio sistema de desafio e operá-lo em todos os seus jogos como mandante.
Em nova proposta, a CBV sugeriu distribuir os equipamentos pelo critério técnico de ranking, levando em conta a colocação das equipes na última temporada. Neste caso, os clubes que recebessem os equipamentos seriam responsáveis por decidir e informar em quantos e quais jogos da fase classificatória eles seriam utilizados. A CBV ainda aguarda a resposta dos clubes sobre essa nova proposta.
O sistema de Desafio será utilizado em todas as partidas dos playoffs das Superligas masculina e feminina.
Todas as decisões sobre o uso dos equipamentos foram amplamente discutidas com os clubes, de forma transparente e contínua. Todos os dados foram apresentados, inclusive o custo de aquisição dos equipamentos e a divisão de deveres de todas as partes. Os clubes são responsáveis pela operação do equipamento durante as partidas (incluindo seus custos) e pela capacitação e treinamento de novos operadores. Cabe à CBV os custos de compra dos equipamentos, das licenças de operação e da logística de envio, além do pagamento dos oficiais de arbitragem. A CBV continua acreditando que o trabalho conjunto, sempre baseado na confiança, na transparência e no respeito, é fator fundamental para o crescimento do vôlei nacional – disse a nota oficial.