O Red Bull Bragantino divulgou o balanço financeiro do exercício de 2021 com um superávit de R$ 22 milhões (veja o documento abaixo). Na questão de receitas, teve R$ 291 milhões, um crescimento de 100,3% em relação a 2020 quando o clube arrecadou em receitas R$ 145,4 milhões. No ano passado teve a 10ª maior receita do país.
Segundo o relatório, o clube teve 291 milhões em receita, mas, assim como nos relatórios financeiros de 2019 e 2020, não detalha a fonte da arrecadação. Diferente do relatório apresentado por outros clubes, não está presente o quanto foi arrecadado em direitos de transmissão de TV, premiações em campeonatos, arrecadação em partidas e afins.
Dentro de campo o clube chegou a final da Copa Sul-Americana e ficou em sexto lugar no Brasileirão garantindo uma vaga na fase de grupos da Libertadores do ano seguinte.
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Vale lembrar que no ano de 2020, o primeiro do clube na Série A, o crescimento foi o maior do país. Houve um crescimento em 271% de receita, em 2020 a receita do clube foi de R$ 145,5 milhões, em comparação a R$ 39,2 milhões de 2019.
Nas despesas o valor apresentado é de 161 milhões com o futebol (maior que o de 2020 de 112 milhões), além desse valor, há despesas administrativas e impostos. O Massa Bruta é o 10ª no país que mais gastou com o futebol (em 2020 foi o 14ª com 112 milhões). Gastou mais, por exemplo que Vasco (R$ 92,1 milhões), Fortaleza (R$ 106,8 milhões) e Cruzeiro (R$ 124,4 milhões), porém ainda bem menos que Flamengo (R$ 693,5 milhões), o primeiro, e Palmeiras (R$ 618,1 milhões), o segundo.
O gasto em contratações apresentado no relatório é de R$ 30 milhões, porém não integral. O balanço funciona como uma espécie de amortização. O valor da contratação é dividido pelo número de anos de contrato que o jogador tem pelo clube. E se tem extensão de contrato essa porcentagem se amplia, os números ficam diluídos ano a ano e apresentam valores em contratações de todos os jogadores, mas em parcelas.
Na questão de endividamento o clube deve R$ 275 milhões, o 14ª do país. Mas quando se trata apenas de endividamento com empréstimos, o clube é o terceiro maior do país com 270 milhões, atrás apenas de Athletico-PR (R$ 291 milhões) e Atlético-MG (R$ 580 milhões). Ao todo é um crescimento de 90% em relação ao ano passado. Mais uma vez, não é detalhada a dívida que o clube tem. Em 2020 o clube viu a dívida subir em 15%. Foi de 125,5 milhões em 2019 para 143 milhões em 2020.
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Mudança de patamar com Red Bull
Antes da Red Bull chegar ao clube, o cenário era completamente diferente. Quando o clube ainda era gerido pela família Chedid como Clube Atlético Bragantino, em 2018 apresentou o déficit de 28 milhões, segundo o balanço divulgado na época. Naquele ano o clube teve uma arrecadação de 9,7 milhões, e mesmo com o acesso para a Série B (disputou a Série C em 2018), teve prejuízo.
O ano de 2019, foi o da parceria da Red Bull com o Bragantino, fazendo o clube virar Red Bull Bragantino. Naquele ano o clube venceu a Série B e garantiu o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro.
O Red Bull Bragantino, por ser empresa Ltda, tem recolhimentos de impostos de maneira diferente dos demais clubes. Nesta temporada o valor pago por imposto de renda e contribuição social é de R$ 11.9 milhões.
Relatório com poucos detalhes
Outros clubes brasileiros detalham melhor os ganhos e as dívidas no relatório financeiro. O Red Bull Bragantino afirma que divulga o que a lei pede. De acordo com a Lei Pelé, os clubes precisam elaborar suas demonstrações financeiras por auditorias independentes e providenciar a publicação. Faltam no documento do Massa Bruta os relatórios da auditoria e as notas explicativas.
Confira os relatórios:
Red Bull Bragantino 2021
Red Bull Bragantino 2020
Red Bull Bragantino 2019