Automobilismo
Para Red Bull, se não houver aumento no teto de gastos em 2022 “equipes vão perder corridas”
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Por meio do chefe de equipe Christian Horner, a Red Bull está liderando um movimento que visa aumentar o limite do teto orçamentários dos times da Fórmula 1 na temporada 2022. O motivo é a inflação na Europa, que já atingiu os 6%.
Como parte do regulamento técnico deste ano, cada escuderia pode investir U$ 140 milhões (aproximadamente R$ 673 milhões, na cotação atual), dividido em desenvolvimento do carro, reparo de danos, transporte de carga, salário (desconsiderando o dos pilotos e três executivos dos times) e as demais despesas.
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Horner acredia que, para se enquadrar nesse cenário de inflação e limite de gastos, alguns times precisarão perder corridas.
— Precisamos que a FIA resolva a questão inflacionária, porque acho que provavelmente cerca de sete das equipes precisarão perder as últimas quatro corridas para chegar ao limite esse ano. Não é apenas sobre os times grandes. São as equipes do meio do pelotão que estão realmente enfrentando dificuldades com as questões inflacionárias.
Já existe um movimento para que haja um aumento no limite de custos, mas para isso acontecer a “super maioria” precisa concordar com a mudança. Ou seja, oito equipes do grid precisam estar de acordo com a nova regra.
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Ferrari, McLaren e Mercedes, por exemplo, apoiam esse aumento do teto orçamentário na Fórmula 1 ainda em 2022. Por outro lado, Alpine, Aston Martin, Alfa Romeo, Haas e Williams pensam de maneira diferente.
Otmar Szafnauer, chefe da escuderia francesa, afirmou que o time se preparou para a temporada de 2022 da F1 planejando minuciosamente os seus gastos, antecipando, inclusive, a inflação.
— Definimos nosso orçamento cedo e antecipamos um pouco da inflação, que não nos atingiu. Se nós conseguimos isso, outros também conseguem. Sou contra aumentar o limite por aumentar. Quando os custos de frete sobem por 2,5 ou 3,5 milhões, mas seu orçamento de desenvolvimento é de 20 milhões, será que você não pode diminuir seus gastos de desenvolvimento para 17 milhões e ficar abaixo do limite? Sim, você pode.
Szafnauer afirma que a jogada é uma espécie de lobby dos times endinheirados pois “é muito mais fácil ir à FIA e fazer um lobby para aumentar o teto de gastos e manter seu orçamento de desenvolvimento” finalizou o dirigente.
Aumentar o limite de gastos pode contribuir para a desigualdade de forças do grid, um dos principais problemas que a Fórmula 1 tem tentado combater ao longo de 2022.
A Fórmula 1 já volta às pistas no próximo fim de semana com o GP de Mônaco, com a largada da corrida prevista para o domingo (29) às 10h, no horário de Brasília.