Vôlei

Relembre a trajetória de Wallace pela Seleção Brasileira de Vôlei

(DIVULGAÇÃO/CBV)

O ponteiro Wallace de Souza anunciou, no último sábado (14), sua aposentadoria da Seleção Brasileira de Vôlei. Através de sua conta oficial no Instagram, o jogador comunicou, em vídeo, sua decisão: “O vôlei me deu tudo. Me deu a família linda que eu tenho hoje e devo tudo à Seleção Brasileira”, disse.

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Wallace anuncia sua aposentadoria através do Instagram (Divulgação/Instagram)

PAN DE GUADALAJARA 2011

Pela Seleção, Wallace empilhou vitórias, conquistas e medalhas. Começou em 2007, na Seleção Juvenil, sendo campeão mundial. Mas quatro anos depois, em 2011, Wallace conquistara seu primeiro título pela Seleção Brasileira Principal: ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011.

Wallace abraça Serginho (Divulgação/COB)

A Seleção, naquela ocasião, se apresentou com uma equipe B, já que seus jogadores principais estavam em preparação para a Copa do Mundo daquele ano. Na final, o Brasil derrotou Cuba por 3 a 1 e conquistou o bi no Pan, já que havia vencido a edição anterior, na Rio 2007. Wallace, em seu primeiro título pelo time principal do Brasil, já foi o maior pontuador da partida, com 22 acertos, e melhor atacante da competição.

LONDRES 2012, RIO 2016 E TÓQUIO 2020

Londres 2012: Era uma Seleção Brasileira que vinha pressioanada pela eliminação recente na Liga Mundial, diante de Cuba. Em Londres 2012, o Brasil, de Wallace, até foi mais longe que no campeonato anterior, mas perdeu a final para a Rússia e ficou com a prata.

Brasil é prata em Londres (Reprodução)

Os russos precisaram de um empate heróico após o Brasil começar abrindo 2 a 0 (25/19 e 25/20). Além do empate (29/27 e 25/22) ainda veio a virada russa sobre o time de Bernardinho: 15/9 no tie-break. Wallace, o caçula daquele time, foi o maior pontuador do jogo, com 27 acertos.

Wallace é orientado por Bernardinho, em 2012 (Divulgação/CBV)

Rio 2016: O Brasil chegava forte depois da prata na Liga Mundial do mesmo ano, na qual mostrou um voleibol de alto nível, perdendo apenas duas partidas na competição: uma na fase de grupos e a outra só na final, ambas para a Sérvia. Wallace, aliás, foi o melhor oposto desta competição.

Brasil campeão olímpico na Rio 2016 (Divulgação/Instagram)

Na Rio 2016, uma campanha quase irretocável, tanto da Seleção quanto de Wallace, individualmente. O oposto terminou os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 com 137 pontos, sendo o atacante mais eficiente dos Jogos. Na conquista do ouro, contra a Itália, Wallace deu um show, marcando 20 pontos naquela vitória por 3 a 0 (25/22, 28/26 e 26/24).

Jogo completo entre Brasil e Itália, na final da Rio 2016

Tóquio 2020: O Brasil chegava confiante, este ano, para buscar o pódio. Isto porque acabara de ser campeão da Liga das Nações, pela primeira vez. Irregular durante toda a campanha, a Seleção Brasileira foi removida do caminho do ouro pela Federação Russa, acabou indo para a disputa do bronze, mas foi derrotada pela Argentina. Este foi o último jogo de Wallace pelo Brasil; logo após, o ponteiro anunciou, de forma triste, sua aposentadoria da Amarelinha.

LIGA MUNDIAL E LIGA DAS NAÇÕES

A tarefa de Wallace com a Seleção Brasileira na antiga Liga Mundial – atual Liga das Nações – não foi tão fácil, mas teve um final glorioso para o jogador. Wallace coleciona medalhas de prata na competição anual. Em 2013, veio a primeira, com derrota para a Rússia, por 3 a 0 na final, porém o jogador foi um dos líderes do Brasil. Na semifinal, contra Bulgária, foram 24 pontos, naquele 3 a 0. Na final, porém, apenas seis.

Brasil na Liga Mundial de 2013 (Divulgação/FIVB)

Em 2014, após passar com 3 a 0 sobre a Itália, nas semifinais, levou de 3 a 1 dos Estados Unidos no último jogo do torneio. Wallace, naquela final, anotou 16 pontos e foi o maior do Brasil no quesito. O oposto também foi premiado como o melhor em sua posição no torneio.

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No ano de 2015, a fase final da Liga Mundial era no Rio de Janeiro. Wallace não pôde ajudar a Seleção a chegar nem no final four: o Brasil venceu os Estados Unidos, mas perdeu para a França e ficou desclassificado nos critérios de desempate, nos grupos da fase final.

Em 2016 foi por pouco. A Seleção fazia um grande ciclo e já dava indícios do ouro na Rio 2016. O Brasil fez uma primeira fase com oito vitórias e apenas uma derrota e só ia perder de novo na final da competição, para a Sérvia. Wallace, porém, foi o maior pontuador da última partida, com 18 acertos, além de ser eleito melhor oposto da competição.

Brasil x Sérvia, em 2016 (Divulgação/FIVB)

Na Liga Mundial de 2017, o Brasil tinha mais uma chance de ganhar dentro de casa, mas ficou de novo com o vice-campeonato; desta vez, em Curitiba, no Paraná. Wallace foi, de novo, o melhor oposto. Ainda anotou 22 pontos na final e foi, junto com Lucarelli, o melhor no quesito do Brasil.

Em 2018, a Liga Mundial se torna Liga das Nações. O Brasil fechou em quarto lugar, ao perder para a Rússia nas semifinais e depois para os Estados Unidos, na disputa do terceiro lugar. Em 2019, a campanha preliminar de 14 vitórias e apenas uma derrota prometia algo melhor, mas, de novo, o Brasil terminara em quarto. Desta vez, perdendo para a Polônia a medalha de bronze.

Wallace em ação (Divulgação/FIVB)

Na Liga das Nações de 2021 foi a vez de Wallace brilhar incontestavelmente e levar a Seleção Brasileira ao lugar mais alto do pódio. Em Rimini, na Itália, o Brasil fez a preliminar com 13 vitórias e duas derrotas. Na final, a revanche contra a Polônia: 3 a 1 para a Seleção, com show de Wallace. O oposto pontuou 22 vezes e foi o maior do jogo no quesito. Além de tudo, Wallace foi coroado MVP (Most Valuable Player ou “Jogador Mais Valioso”) da competição e também o melhor oposto.

CAMPEONATO MUNDIAL

Wallace disputou duas edições do Campeonato Mundial com a Seleção Brasileira: 2014 e 2018. Nas duas, ficou com a prata. Em 2014, no Grupo B, o Brasil tinha oponentes como Alemanha e Cuba: acabou com cinco vitórias em cinco jogos. Mas a Polônia seria de novo pedra no sapato, vencendo o Brasil de virada na final, por 3 a 1.

Em 2018, Wallace conheceu sua segunda medalha de prata na competição: de novo contra a Polônia. No jogo da final, o oposto marcou 14 pontos e teve atuação apagada, como todo o time.

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