O ano de 2020 chegou ao fim e é momento de relembrar os grandes fatos que marcaram este capítulo histórico e que certamente será inesquecível. Com paralisações devido a pandemia de COVID-19, muitos atletas e modalidades foram impactados, mas puderam em algum momento comemorar a conquista de marcas importantes e títulos históricos. O Esporte News Mundo apresenta aquilo que esteve presente na vida dos fãs de esportes.
UMA NBA DIFERENTE E AINDA MAIS PODEROSA
Um dos fatos mais marcantes no mundo do esporte em 2020 foi a morte de Kobe Bryant ainda em Janeiro. Ídolo da NBA, o ex-jogador do Los Angeles Lakers estava em um helicóptero junto com sua filha, Gianna, quando a aeronave acabou caindo em Calabasas, na Califórnia. O acidente gerou muita comoção nos quatro cantos do planeta e acabou marcando o fim do primeiro mês do ano.
O terceiro mês de 2020 marcou algumas suspensões de competições principalmente nos Estados Unidos. A NBA estava com a temporada regular em andamento e caminhava para o fim da primeira fase até que foi necessário parar o calendário devido ao começo das contaminações em atletas. A MLB e NHL, ligas de beisebol e hóquei no gelo estadunidenses, também foram comprometidas e não tinham nenhuma data para retorno.
Em julho, a NBA voltou as atividades de uma maneira diferente. Com a bolha nos parques da Disney, em Orlando, a liga conseguiu fazer com que nenhum atleta fosse infectado durante quase dois meses de competição. Tudo isso entre protestos, luta por direitos e a voz ativa de personagens importantes do jogo. Com quase todos os times em quadra, o maior basquete do mundo teve todo o controle de tudo o que acontecia e fez com que as últimas partidas da temporada regular e todos os duelos dos playoffs acontecessem tranquilamente sem nenhum jogador testando positivo para a Covid-19.
Depois de muitos jogos difíceis e uma atmosfera segura, a NBA pode celebrar a grande final entre Miami Heat e Los Angeles Lakers. Mesmo com os desfalques devido a lesões, o time da Flórida fez uma grande série, mas o desejo de homenagear Kobe Bryant, aliado ao talento de LeBron James e Anthony Davis fez com que os Lakers consagrassem seu 17º título em outubro.
Sem muito o que esperar, a NBA anunciou rapidamente o início da nova temporada. Em pouco mais de dois meses, a nova edição da liga começou no dia 22 de dezembro com uma temporada regular mais curta, ainda sem público e com todos os ginásios podendo receber suas franquias proprietárias.
COVID-19, MAHOMES EM ALTA E O NASCER DE UM NOVO SOL
Mesmo sem o retorno das competições, pausadas desde março, as ligas continuavam trabalhando de casa e buscando resolver problemas e pendências particulares. Os Estados Unidos passavam por um momento complicado de protestos após as mortes de pessoas pretas por policiais como Breonna Taylor e George Floyd. Todas as manifestações nas ruas do país em julho se estendeu até agosto e chegou até a NFL, resultando na mudança de nome do time de Washington Redskins para Washington Football Team. Seguindo no futebol americano, a principal estrela e atual MVP do Super Bowl, Patrick Mahomes renovou seu contrato por 10 anos e 500 milhões de dólares.
Depois de incertezas quanto a sua realização, a NFL, enfim, iniciou a temporada 2020/21 em setembro. Com exceção dos jogos internacionais, a liga manteve seus planos tradicionais com a realização das 17 semanas da temporada regular e todos os playoffs. O problema é que todos os cuidados não foram suficientes e alguns jogos foram adiados e muitos jogadores e membros de comissões técnicas foram contaminados. Sem nenhum caso grave, todos os infectados conseguiram se recuperar e mantiveram a temporada intacta.
Outubro foi um mês muito especial para os esportes. Depois de quase dois anos sem atuar, Alex Smith voltou a pisar em um campo de futebol americano. Mesmo em uma derrota por 30 a 17 para o Los Angeles Rams, o veterano que viu a vida passar por um fio conseguiu voltar a jogar e comanda Washington rumo ao título divisional. Sem um grande desempenho, o quarterback consegue resistir a tudo o que acontece na atual NFL e é um dos grandes favoritos para faturar o prêmio de Comeback Player of The Year.
RECORDES, TÍTULOS HISTÓRICOS E DJOKOVIC
No tênis, o ano movimentado chegou ao fim com grandes mudanças. Em uma época turbulenta, o esporte da raquete teve ídolos enfrentando problemas de lesão e outros sendo contaminados com o coronavírus. Em janeiro, Djokovic começou o ano com o título da ATP Cup. Dois meses depois, o mundo parou devido ao impactado causado do Covid-19.
Entre títulos e aparições polêmicas, Novak Djokovic foi destaque na mídia por outro motivo. Depois de recusar uma imunização obrigatória, o número 1 do ranking da ATP celebrou um torneio em seu país natal que ficou marcado pela ausência de condições sanitárias para conter o Covid. Apesar de todas as críticas e problemas, o tenista manteve seu histórico de títulos e terminou o ano vencendo o Masters 1000 de Cincinnati e vendo Rafael Nadal quebrar o recorde de 1000 vitórias e vencendo Wimbledon.
No feminino, o ano começou com Sofia Kenin sendo campeã do Australian Open contra Garbiñe Muguruza, passou por Naomi Osaka vencendo Victoria Azarenka no US Open e terminou Iga Swiatek conquistando seu primeiro Grand Slam ao derrubar Kenin em dois sets.
SUPERLIGA TUMULTUADA EM UM BRASIL DE OPOSTOS
Em um ano extremamente atípico, a Confederação Brasileira de Voleibol cancelou, em março, as Superligas feminina e masculina devido ao novo coronavírus. A volta do esporte aconteceu apenas no mês de setembro, com os campeonatos estaduais.
No Paulista, o Vôlei Renata/Campinas e o Osasco Audax/São Cristóvão Saúde foram os grandes campeões. Em Minas Gerais, as equipes do Itambé/Minas e do Sada/Cruzeiro Vôlei ergueram os troféus. Já no Fla-Flu do vôlei, o Sesc RJ Flamengo levou a melhor e conquistou o título do Carioca.
O Troféu Super Vôlei, campeonato que antecedeu a Superliga Banco do Brasil 2020/2021, reuniu os oito melhores times do país. Enquanto o feminino foi disputado no Centro de Desenvolvimento de Voleibol, em Saquarema (RJ), o masculino foi realizado em Belo Horizonte (MG). As atletas do Dentil/Praia Clube sagraram-se campeãs no Rio, e o EMS/Taubaté/Funvic bateu o Sada/Cruzeiro na Arena Minas.
O elenco comandado pelo técnico Paulo Coco superou, mais uma vez, o Sesc RJ Flamengo e conquistou o tricampeonato da Supercopa. O Taubaté, de Bruninho, ganhou o Sada/Cruzeiro no tie-break e garantiu o bicampeonato.
Apesar dos surtos de COVID-19 nos clubes brasileiros, a CBV não cancelou a Superliga, apenas adiou as partidas dos times contaminados. O primeiro turno foi finalizado com o Itambé/Minas e o Sada/Cruzeiro Vôlei em primeiro lugar das categorias. As equipes voltam às quadras a partir do dia 3/1.
A SÉTIMA COROA DO REI
Assim como todas as outras competições, a Fórmula 1 também foi atingida pelo COVID-19 e demorou para ter o seu início. Um campeonato que inicialmente teria corridas nos quatro cantos do planeta acabou vendo a temporada começar apenas em julho com oito GP’s programados e estendendo-se para 17. Novamente, a estrela de Lewis Hamilton prevaleceu durante toda a temporada com 11 vitórias e, consequentemente, o sétimo título para o inglês.
UM NOVO CAMPEÃO E O ADEUS DE UMA LENDA
O Brasil quebrou um longo hiato sem títulos do UFC e viu em julho um novo nome surgir. No peso-mosca, Deiveson Figueiredo derrotou Joseph Benavidez e ficou com um dos cinturões mais cobiçados de todo o evento. No entanto, meses depois uma lenda se despedia da franquia. Em outubro, o ex-campeão dos pesos-médios, Anderson Silva, teve seu contrato com o Ultimate encerrado e agora busca um novo caminho para seguir. Se ainda não é o momento de se aposentar, o Spider terá 2021 para buscar um lugar para continuar exibindo seu talento.
Por falar em outro grande brasileiro que deixou o UFC recentemente, Fabrício Werdum já tem um novo local para se apresentar. Depois de fazer a última luta pelo Ultimate em julho, o ex-campeão do peso pesado assinou em Novembro com a PFL, a Professional Fighters League.
Siga o perfil do Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.