O Atlético-MG está se preparando para enfrentar o Sport no próximo domingo (21), na Ilha do Retiro, pela 37ª rodada do Brasileirão. A partida pode assegurar a vaga do clube alvinegro para a fase de grupos da Libertadores, principal objetivo da equipe, que não tem mais chances de alcançar o título brasileiro.
Na manhã desta sexta-feira (19), o zagueiro Réver cedeu uma entrevista coletiva na Cidade do Galo e comentou sobre a alteração no objetivo da equipe na competição.
— Na rodada passada, a gente tinha tudo para ter vencido e continuar na permanência pelo título, que era o nosso maior objetivo. Hoje, a gente pode dizer que o nosso título é totalmente outro, que nós também almejávamos, mas com o título do Campeonato Brasileiro. Infelizmente, hoje, a gente pode dizer que não é possível, por tudo que gerou esse último jogo. Mas nós sabemos que não foi somente esse último jogo em que a gente acabou deixando de brigar pelo título.
Um dos assuntos do momento no Atlético-MG, o tema “permanência de Jorge Sampaoli” no clube também esteve presente na coletiva. Sobre a questão, Réver enalteceu as características do técnico e disse que o grupo sentirá a perda em caso de saída. No entanto, o jogador demonstrou compreensão se o treinador decidir deixar o alvinegro.
— Se realmente vier a se concretizar (a saída do argentino), a gente vai sentir muito. Até porque foi um cara que acabou implantando uma filosofia, uma maneira de jogo que todo mundo aí fora cobra, mas ninguém quer pagar o preço e ele aqui acabou fazendo isso. A gente vai sentir bastante a ausência dele, mas a gente sabe que, talvez, seja o melhor para ele, e todo mundo tem que se sentir feliz.
Disputando a fase final do Brasileirão, com duas partidas para o encerramento do torneio, o xerife alvinegro também deu a “fórmula” para a equipe seguir motivada, mesmo sem chances de conquistar o Campeonato.
— A gente não pode baixar a guarda, até porque, como eu disse anteriormente, a gente tem que ter motivação todos os dias, trabalhando. Nós somos privilegiados de poder vestir uma camisa da grandeza que é o Atlético. Então, se você não tem motivação para vestir uma camisa dessa, você tem que procurar outra coisa para fazer.
Outra questão abordada na entrevista diz respeito a queda de rendimento da equipe no Brasileiro. Réver acredita que não tem relação com a parte física, mas, sim, com a forma com que as equipes adversárias entram em campo contra o Alvinegro.
— A parte física sempre esteve muito alinhada. Acredito que o que acabou fazendo a diferença foi em algumas partidas em que não conseguimos furar os bloqueios que as equipes acabaram fazendo. Você também ter que propor jogo em todas as partidas acaba exigindo mais e acaba expondo a equipe. As equipes acabam sabendo a maneira de jogar, acabam se fechando e jogando por uma bola. Futebol moderno pra mim é você jogar e propor um jogo. Coisas que muitas equipes do Campeonato Brasileiro hoje acabam deixando de fazer e talvez jogam pelo empate achando que é um bom resultado. Em nós (Atlético), independente da equipe que iríamos enfrentar ou vamos enfrentar, a gente não entra pensando em empate e, sim, buscando a vitória do início ao fim.
Por fim, o zagueiro projetou o confronto diante do Sport, no próximo domingo (21), na penúltima aparição do Atlético-MG neste Brasileirão.
— Nós sabemos o que vamos enfrentar no domingo. Acredito que não seja novidade, até porque a gente tá indo para a penúltima rodada do Campeonato enfrentando mais uma equipe que, talvez, vai nos dar a posse de bola, explorando o contra-ataque. Espero que, no domingo, a gente consiga furar esse bloqueio, que vai ser um bloqueio muito grande, assim como foi no primeiro turno aqui. Que nós tenhamos muita tranquilidade também, com uma certa paciência com a bola, porque acredito que o momento certo de colocar o companheiro no gol, poder ter uma finalização melhor, vai acontecer.
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