O meia Matías Rojas moveu uma ação na Fifa contra o Corinthians cobrando um valor de 8 milhões de dólares do time paulista, cerca de R$ 40 milhões na cotação atual.
O valor representa todos os salários, direitos de imagem e outras verbas que constam no contrato dele, com validade até junho de 2027.
O caso deve levar alguns meses até ser julgado, e, até lá, o Corinthians pode negociar um acordo extrajudicial com o atleta.
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Rojas pediu a rescisão do contrato há duas semanas, e, logo após, os dirigentes do Corinthians mantiveram contato com representantes dos atletas em busca de uma solução amigável. As negociações não chegaram a evoluir.
O ge procurou o advogado Rafael Botelho, do PVBT Law, escritório que assessora juridicamente Rojas, e disse não ter sido procurado pelo Timão com proposta de acordo.
Em casos de condenação na Fifa, além de precisar pagar a indenização a Rojas, o Corinthians pode sofrer punições disciplinares. Como ele foi contratado ano passado, ele se enquadra no que é chamado de “período protegido” da Fifa – as primeiras três temporadas do contrato.
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Nesses casos, como forma de inibir o rompimento unilateral do contrato, a entidade prevê a aplicação de sanções desportivas a clubes que cometerem justa causa para rescisão – entre elas, a falta de pagamento ao atleta por período superior a dois meses.
Uma dessas punições pode ser a aplicação de “transfer ban”, que proíbe o registro de novos atletas. Em casos de “período protegido”, a medida é aplicada mesmo se o clube pagar a dívida.
Por ser réu primário neste tipo de situação (as condenações recentes na Fifa foram em disputas contra clubes), o Corinthians pode ter uma pena mais leve.