Luis Rubiales anunciou sua renúncia à presidência da federação espanhola após ter sido denunciado por Jenni Hermoso por agressão sexual. O agora ex-dirigente deu um beijo forçado na atacante da seleção espanhola durante a cerimônia de premiação da Copa do Mundo Feminina e já se encontrava suspenso provisoriamente pela Fifa do cargo de presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF).
O dirigente não resistiu à pressão e entregou o cargo que ocupava desde 2018. Além da federação espanhola, Rubiales deixa também o cargo que ocupava na vice-presidência da Uefa.
– Hoje transmiti às 21h30 ao Presidente em exercício, Sr. Pedro Rocha, a minha renúncia ao cargo de Presidente da RFEF. Também informei que fiz o mesmo com a minha posição na UEFA para que a minha posição na Vice-Presidência possa ser substituído – escreveu em carta aberta.
Pelo crime de agressão sexual, ele pode pegar de um a quatro anos de prisão. O dirigente também pode responder por possível coerção, uma vez que Hermoso afirmou em depoimento à Promotoria que ela e seus familiares sofreram pressão de Rubiales e de seu entorno para que a jogadora “justifique e aprove o que aconteceu”.
Nas últimas semanas, a situação do cartola foi se tornando cada vez mais insustentável. Ministros, membros do governo, dirigentes, e inclusive o elenco da seleção masculina da Espanha se colocou contrário as ações de Rubiales.
Carta aberta
Hoje transmiti às 21h30 ao Presidente em exercício, Sr. Pedro Rocha, a minha renúncia ao cargo de Presidente da RFEF. Também informei que fiz o mesmo com a minha posição na UEFA para que a minha posição na Vice-Presidência possa ser substituído.
Após a rápida suspensão levada a cabo pela FIFA, mais o resto do abrir um processo contra mim, é evidente que Poderei retornar à minha posição.
Insistir em esperar e aguentar não vai contribuir para nada de positivo, nem para a Federação nem para o futebol espanhol. Entre outras coisas, porque existem poderes de fato que impedirão a minha a volta
Há a gestão da minha equipe e, acima de tudo, a felicidade que Tenho o enorme privilégio destes mais de 5 anos à frente do RFEF.
Não quero que o futebol espanhol seja prejudicado por toda esta campanha é tão desproporcional e, acima de tudo, levo esta decisão depois de ter me assegurado de que minha saída contribuirá para a estabilidade que permitirá à Europa e à África continuar unidos no sonho de 2030, que permitirá ao nosso país trazer o maior evento do mundo.
Devo olhar para frente, olhar para o futuro. Agora há algo que me preocupa firmemente. Tenho fé na verdade e farei tudo esteja em meu poder para prevalecer. Minhas filhas, minha família e as pessoas que me amam sofreram os efeitos da perseguição excessivo, assim como muitas falsidades, mas também é verdade que na rua, cada dia mais, a verdade prevalece. Daqui transmito a todos os trabalhadores, membros da assembleia, federações e pessoal do futebol em geral, um grande abraço, desejando-lhe boa sorte.
Obrigado a todos que me apoiaram nesses momentos.
Luis Manuel Rubiales Béjar
