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Santos tem dificuldade nas partidas em que o adversário não busca o jogo

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Foto: Reprodução/Santos FC
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Embalado em uma ótima sequência de bons resultados e muito entrosamento em campo, era esperado que o Santos de Diniz levasse perigo constante ao gol dos adversários que recebesse na Vila Belmiro, inclusive conquistando placares que levassem a equipe à vitória. Porém, essa não foi a realidade vista no confronto entre o Peixe e o Sport, partida que terminou em um empate sem gols.

Mesmo pressionando durante os 90 minutos, conseguindo manter a posse de bola próxima dos 70% e condensando 80% do tempo da partida nos dois terços finais do campo, o Santos chegou de forma pouco efetiva ao gol, e sempre sem muito perigo. Ao todo, foram 14 finalizações da equipe alvinegra, mas apenas uma delas foi no gol, enquanto nove foram para fora, e outros quatro foram travados, números que indicam bem a realidade do que foi visto em campo: um Santos que tentava criar, mas parava na fortaleza criada pelo Sport, que compactou suas linhas e preencheu a faixa central do campo, obrigando o Peixe a arriscar cruzamentos e chutes de fora da área.

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Destrinchando um pouco mais os números do mandante, metade das finalizações do Santos foram de fora da área, e dos incríveis 35 cruzamentos lançados ao longo do jogo, apenas quatro encontraram algum jogador alvinegro, um aproveitamento de aproximadamente 11%. Assim como os números ressaltam as tentativas incansáveis do Peixe de chegar ao gol, eles também solidificam a estratégia do Sport: não deixar o Santos criar. Embora os pouco mais 30% de posse de bola e oito finalizações na partida pareçam pouco, eles se aplicam perfeitamente à estratégia do rubro-negro de aniquilar os espaços para criação do adversário, e com isso contabilizou 20 desarme e 32 cortes ao longo do jogo.

Embora os números pareçam destoantes em relação às últimas partidas do alvinegro, especialmente as disputadas na Vila Belmiro, eles se mostram extremamente semelhantes às estatísticas de um outro empate do Peixe: o 0 a 0 contra o Juventude, válido pela terceira rodada do Brasileirão. Na oportunidade, foram 75% de posse de bola para o Santos, além de 18 finalizações e apenas duas no gol. Além disso, o alvinegro realizou 38 cruzamentos e acertou apenas seis, em um aproveitamento de 16%. Em relação ao Juventude, foram 18 desarmes e 41 cortes durante o jogo, resultado de uma postura extremamente defensiva, com linhas compactadas e pouco espaço disponível para o adversário.

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Mesmo com a boa fase, o estilo de jogo trazido por Diniz ao Peixe ainda encontra dificuldades em cenários nos quais as condições esperadas não são entregues pelo adversário. Foram duas partidas em que o oponente não saiu para o jogo, e em ambas o alvinegro não conseguiu se adaptar e achar outras formas de desenvolver suas oportunidades. É preciso dar tempo ao treinador para que os ajustes necessários sejam feitos na equipe, mas o Santos precisa encontrar as variações que tornam o seu estilo atual na mais versátil possível.

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