O São Paulo atrasou o pagamento referente aos direitos de imagem dos atletas do time profissional masculino. A dívida está perto de completar três meses, o suficiente para que, segundo a Lei Pelé, um jogador possa pedir na Justiça sua rescisão unilateral de contrato. A informação foi dada inicialmente pelo colunista Marcelo Hazan, do “Uol”.
A situação tem gerado um grande incômodo entre os jogadores, pois não é a primeira vez que o São Paulo atrasa pagamentos a seus atletas nos últimos tempos. Até dezembro de 2022, o clube tinha dívidas com elenco ainda referentes à pandemia, que segundo o diretor Carlos Belmonte, foram completamente quitadas.
Os direitos de imagem representam uma grande parcela dos recebimentos mensais do atleta profissional, mas não são considerados salários. Na prática, são um artifício que os clubes usa para fugir de alguns impostos trabalhistas. Os salários na carteira estão em dia.
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Derrotas recentes, como a eliminação precoce no Paulistão desse ano e o vice da Sul-Americana do ano passado têm influência direta nisso. Ao cair nos pênaltis diante do Água Santa, o São Paulo deixou de arrecadar cerca de R$ 10 milhões. Já no torneio continental, eram US$ 5 milhões (R$ 27 milhões na cotação da época) em premiação para o campeão, além da vaga na Libertadores e na Recopa Sul-Americana, mas o time foi superado pelo Independiente Del Valle (EQU) na final.
Esse atraso nos pagamentos de salário contrasta com a redução do valor da dívida geral do clube , divulgado hoje mais cedo. Porém, a diretoria espera resolver as pendências com o elenco no mês de abril, com o início da Sul-Americana, Brasileirão e Copa do Brasil, além da janela de transferências do meio do ano para fazer caixa com a venda de jogadores.
Enquanto isso, jogadores lesionados seguem tratamento para retornarem o quanto antes e os demais comandados de Rogério Ceni continuam treinando e se preparando para o restante da temporada.
