Com o fim do ciclo Itaipava e Arena Fonte Nova, interessados estão surgindo para aquisição dos ‘Naming Rights’ do estádio. Entre eles, o Grupo City, detentor de 90% da SAF do Esporte Clube Bahia. O secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Davidson Magalhães, concedeu uma entrevista nesta quinta-feira (18), na qual admitiu já ter acontecido uma audiência entre o conglomerado árabe e o governo do estado.
“Nós temos uma concessão até março 2028, o que houve foi numa audiência com o governador e o CEO do grupo City, ele mostrou interesse de discutir depois a Fonte Nova como um ativo estratégico para o grupo aqui no Brasil, especialmente aqui na Bahia, depois de adquirirem o Esporte Clube Bahia. Mas foi uma discussão inicial, são tratativas que claro que qualquer iniciativa dessa, como é um bem público em concessão qualquer tipo de ação dessa terá que ter exposição de uma concorrência pública. Então foi uma demonstração, uma intenção, mas que isso ainda não se materializou em proposta, iniciativas concretas. Do ponto de vista do futuro, é claro que não é característica do Governo do Estado fazer a gestão de uma arena multiuso, não deve ficar com o Governo do Estado. Por isso que está numa concessão hoje, não foi só na construção, mas o uso dele claro que tem mais a ver com a iniciativa privada, nós vamos avaliar durante o curso dos acontecimentos, porque como é um ambiente público, uma instituição pública, ela tem que ser alvo do processo de concorrência pública”, declarou.
Secretário admite conversas para vender Fonte Nova ao Grupo City
O secretário inclusive falou sobre o estádio Roberto Santos, o Pituaçu, que gostaria de tê-lo como prioridade. Ao destacar a importância da praça esportiva, ele indicou a real possibilidade da Arena Fonte Nova ser vendida. Ferran Soriano, CEO de Grupo City, esteve em Salvador justamente para coletiva oficial da venda do Esporte Clube Bahia ao CFG. No dia 8 deste mês, Soriano conheceu a cidade e se encontrou com membros do governo.
“Eu pessoalmente acho que o Estado não pode deixar de ter um centro esportivo do porte de Pituaçu, porque tem os times da segunda divisão, tem tem outras ações, tem sub-15, torneios. Nós não podemos pegar todas essas instituições e entregar ao poder privado. Porque aí também nós podemos com isso prejudicar o próprio futebol baiano, porque se isso fica na mão só de um clube isso também tende a dificultar o acesso dos outros e nós não podemos fazer isso. Acho que a Fonte Nova sim, mas Pituaçu deve ficar como até agora, isso foi uma iniciativa apresentada no passado, mas hoje não existe nenhum debate em relação a Pituaçu. E a manutenção de Pituaçu é uma manutenção muito menor do que a manutenção da Fonte Nova. A estrutura que o Estado deveria montar pra fazer o processo de manutenção e de viabilização econômica da Fonte Nova com eventos, não tem a ver com a natureza, as prioridades do estado, enquanto Pituaçu, eu acho que já é uma estrutura consolidada para uso público” pontuou.
Foi na coletiva de anúncio oficial, que Soriano admitiu pensar numa possibilidade de adquirir a Fonte Nova.
“Pensamos em tudo. As possibilidades estão abertas. Precisamos entender mais, falar com as pessoas envolvidas. Temos trabalhado juntos, com Guilherme [Bellintani] e seu time. Só hoje que eu tenho a legitimidade de falar com as pessoas certas. O que posso dizer é que esse estádio é fantástico. Tem coisas a melhorar, mas é muito bom e estamos felizes de estar aqui”, disse Soriano à época.
Próximo jogo do Bahia
Depois de empatar o primeiro jogo das oitavas de finais da Copa do Brasil, contra o Santos em 0 x 0 na noite de ontem (17), o Bahia volta suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No momento, o Tricolor de Renato Paiva ocupa a 14ª posição com 6 pontos conquistados. Neste sábado (20), tem jogo importante contra o Goiás, que assim como o Esquadrão, está lutando na parte debaixo da tabela de classificação. A partida é valida pela 6ª rodada da Série A, com início às 16h na Fonte Nova.