A Ferj e a maioria dos clubes do Campeonato Carioca divulgaram uma resposta às recomendações do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj). Os clubes questionaram o órgão para validar o retorno dos treinos e classificou como “ameaças” as ações recentes. Além disso, frisaram apoio aos médicos. A nota de clubes e federação foi divulgada ao público por meio do Twitter do Flamengo.
– Não cabem retaliações, recalques, frustrações ou ameaças àqueles que não tem nenhum poder se vai ou não haver treino ou jogo, decisão que compete unicamente à direção de cada clube, fato inexplicavelmente olvidado pelo CREMERJ, mas do conhecimento de muitos dos profissionais que dele fazem parte – afirmaram.
– Ratificamos o que vem sendo repetido há muito tempo e por inúmeras vezes de que a volta de partidas oficiais de futebol profissional, em cada município do Estado do Rio de Janeiro, deverá ocorrer a partir do momento em que não houver impedimento legal e de acordo com as diretrizes do protocolo específico ainda não finalizado para essa fase – em outro trecho.
Como já era esperado, Botafogo e Fluminense, que são contra a volta das atividades, foram os únicos que não participaram e não assinaram a carta enviada.
Na semana passada, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) enviou carta notificando todos os médicos de clubes da Série A do Campeonato Carioca. Os profissionais seriam enquadrados nos artigos 1º e 18º do Código de Ética Médica. A punição pode variar entre advertência, suspensão e até cassação do CRM (Conselho Regional de Medicina, nome do registro profissional).
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Nota na Íntegra:
“A FERJ e os filiados America, Americano, Bangu, Boavista, Cabofriense, Flamengo, Friburguense, Macaé, Madureira, Nova Iguaçu, Portuguesa, Resende, Vasco e Volta Redonda, em apoio aos seus profissionais médicos, estranham a posição do CREMERJ ao fugir de suas atribuições para opinar no que desconhece, investindo-se de competência que não possui, e expedir documento absolutista, caracterizado por conteúdo intimidatório e coator direcionado aos médicos dos clubes para impedir que os mesmos pratiquem o exercício legal de sua profissão.
Não cabem retaliações, recalques, frustrações ou ameaças àqueles que não tem nenhum poder se vai ou não haver treino ou jogo, decisão que compete unicamente à direção de cada clube, fato inexplicavelmente olvidado pelo CREMERJ, mas do conhecimento de muitos dos profissionais que dele fazem parte.
Em relação ao protocolo denominado Jogo Seguro, elaborado, debatido e finalizado para a fase de treinamentos, por médicos de todos os clubes, com fundamentos e bases científicas, convém ressaltar que não existe impermeabilidade a críticas ou sugestões desde que propositivas e fundamentadas, melhor ainda se revestidas da experiência na matéria por parte de quem as façam.
Ratificamos o que vem sendo repetido há muito tempo e por inúmeras vezes de que a volta de partidas oficiais de futebol profissional, em cada município do Estado do Rio de Janeiro, deverá ocorrer a partir do momento em que não houver impedimento legal e de acordo com as diretrizes do protocolo específico ainda não finalizado para essa fase.
Sugestões técnicas, científicas, factíveis, coerentes, lógicas, fundamentadas e sem nenhum viés político podem ser encaminhadas até o dia 4 de junho através do e-mail: secretaria@fferj.com.br.”