São Paulo

Serginho e Daniel: 16 anos sem um, dois sem o outro. Qual é o legado?

Serginho Morumbi 2004
Reprodução

O que tinha tudo para ser uma noite alegre e de bom futebol acabou em tragédia. Quem viveu a noite de 27/10/2004 no Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, seja ao vivo, pela TV ou pelo rádio, não esquece. Aos 13 minutos do segundo tempo, Serginho, camisa 5 do São Caetano, desabou na área defensiva do Azulão. De lá para cá, poucas palavras definem melhor as sensações de presentes, torcedores, amigos e familiares do atleta, que sofreu uma cardiorrespiratória quando a bola saira para escanteio, do que reviravolta, dor e sofrimento.

No auge de seus 30 anos, Serginho deixou um legado de luta, dedicação e amor à camisa do São Caetano. A tragédia atingiu todo o país e, 16 anos depois, o que não resta é saudade do eterno camisa 5 do Azulão.

Constatação do óbito cerca de uma hora depois

Ao ver Serginho desacordado, o desespero de quem estava dentro de campo foi imediato. Atletas como Euller, Silvio Luiz e Grafite pareciam não acreditar no que estava acontecendo. Do banco de reservas, Emerson Leão, pelo lado do Tricolor, e Péricles Chamusca, do São Caetano, tentavam acalmar os ânimos.

Levado de ambulância para o Hospital São Luiz, Serginho faleceu cerca de uma hora após desabar no gramado do Morumbi. De acordo com uma matéria publicada pelo Globo Esporte em 2014, o jogador sabia da arritmia cardíaca que o acompanhava, mas jamais, em hipótese alguma, teve qualquer indicação para deixar de jogar futebol.

Após sofrer – e se calar em diversas oportunidades – com as lembranças da noite sombria no Cícero Pompeu de Toledo, Paulo Forte, médico do Azulão em 2004, confirma esta versão dos fatos, descartando qualquer outra possibilidade para o acidente com o atleta.

Zagueiro limpo e muito competente, Serginho deixou Helaine, sua ex-mulher, além do filho Paulo Sérgio, conhecido como “Paulão”. Com mais 10 irmãos, ele também deixou os pais, Vírgilio e Anna, com um vazio no coração. O ex-jgador foi sepultado em Coronel Fabriciano, Minas Gerais.

27/10/2018: dois anos sem Daniel

Não bastasse a data emblemática pela morte de Serginho, o dia 27/10 reservaria outra tragédia aos amantes de futebol. No dia 27/10/2018, Daniel, ex-meia do São Paulo, foi encontrado em uma área próxima a São José dos Pinhais, interior do Paraná, com indícios de assassinato. À época, o empresário Edilson Brittes, conhecido como “Juninho Riqueza”, assumiu o crime.

Emprestado ao São Bento (SP) no período em que foi assassinado, Daniel havia comemorado o aniversário de Allana Brittes em uma boate de Curitiba. De acordo com informações da Polícia Civil, a festa continuou na casa da família Brittes. Pelo que consta, Daniel teria enviado fotos e áudios a um amigo com o intuito de dar a entender que teve relações sexuais com Cristiana Brittes, mãe de Allana e esposa de Edison.

Assim como o caso Serginho, o da morte de Daniel também chocou o país.

27 de outubro: o dia de um dos maiores lutos no futebol brasileiro.

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