Sergio Ramos revelou em seu documentário a mágoa após se transferir do Sevilla ao Real Madrid, em setembro de 2005. O zagueiro disse que sua fama de “traidor e mercenário” foi motivo pela falta de comunicação durante a negociação, na época ele tinha 19 anos.
“O maior erro foi não dar explicações. Eu deixo outros contarem a história para mim. A minha contratação pelo Real Madrid foi uma transferência acordada entre clubes. Florentino Pérez e José María del Nido foram os presidentes envolvidos. Nunca eu saí apenas pelo pagamento de uma cláusula”, disse o zagueiro ao documentário “A Lenda de Sergio Ramos” que estreia nesta segunda (5) no Amazon Prime da Espanha.
O zagueiro formado na base do Sevilla disse que a raiva dos torcedores ficou tão grande, e seus familiares não podem pisar na cidade a mais de 15 anos.
“Isso fez com que os torcedores [do Sevilla] não me tratassem com o mesmo carinho que sempre tive e sempre terei por eles. Mentiram para o ‘sevillismo’ e isso muito doloroso para mim. Jamais perdoarei a dor pela qual meus avós ou meus pais passaram, que hoje não podem pisar em Sevilha”, disse Sergio Ramos.
Em 2017, o zagueiro do Real Madrid marcou um gol de pênalti contra o Sevilla, e na comemoração demonstrou muita raiva. Ele apontou para um setor da arquibancada do estádio Ramón Sánchez Pizjuán, olocou as mãos na orelha, virou de costas e mostrou seu nome na camisa. Para o restante do estádio, ele pediu perdão.
“É por isso que agi com aquela raiva quando marquei um gol… Por tudo que minha família tem sofrido, principalmente. E eu tomaria a mesma decisão [de sair] mil vezes, mas nunca deixaria que me contassem como foi feito”, apontou.
“Sou um jogador do Sevilla. Serei até a morte. Mas também posso dizer com a boca cheia que sou o capitão do Real Madrid e da seleção espanhola.”, completou o zagueiro.
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