O atacante venezuelano chegou ao Santos em 2019, a pedido de Jorge Sampaoli. Logo no início, Soteldo vestiu a camisa 10 e se apossou dela. Desde então, o jogador fez 99 jogos e 19 gols, sem sentir o peso de vestir a camisa que Pelé usou.
“Na verdade, foi eu quem a pediu! A primeira coisa que eu fiz quando cheguei foi perguntar se a camisa 10 estava disponível. Eu sei o que representa, mas isso nunca me abalou. Além disso, no dia da minha apresentação minha camisa não tinha número, então eu lembrei o presidente que eu queria a número 10. Eu acho que ele pensou que eu estava brincando! Então eles a estamparam, e quando eu virava as costas para mostrá-la, o estádio todo gritava”, disse o venezuelano em entrevista a FIFA.
Soteldo explicou também o motivo de ter escolhido o futebol em um país onde o baseball é mais popular. “Outros esportes eram mais praticados na minha vizinhança, mas tudo o que eu queria era jogar futebol. Meu pai percebeu isso logo, e desde então, todos os meus presentes eram bolas de futebol. Com nove anos eu comecei a jogar em um time que costumava enfrentar garotos mais velhos e, rapidamente, eu percebi que era apaixonado por aquilo”, declarou o venezuelano.
Com 1,60 m de altura, Soteldo foi desacreditado do futebol no passado. “Muitas coisas aconteceram naquele momento. Eu fui dispensado pelo Caracas e pensava em começar de novo do zero. Eu estava indo bem nos testes, apenas uma pessoa do staff veio me dizer que eles decidiram não ficar comigo por causa do meu físico e que eu devia esquecer minha carreira no futebol. Se você é uma criança emotiva e submissa, talvez desista, e eu quase desisti. Mas eu não era fraco e entendi que não podia deixar aquelas palavras me atingirem. Então fui para um torneio estadual em Barinas, onde estava o ‘Chita’ Sanvicente, que tinha acabado de se tornar treinador do Zamora. Eu estava com quase 15 anos. Ele me viu jogando e o resto é história”, contou o atacante.
Mas outro baixinho, sul-americano, que veste a camisa 10 foi inspiração para o venezuelano: Messi. “Eu via ele como outro cara pequeno e pensava: ‘Se ele consegue ser um dos melhores no mundo, o que pode me impedir de fazer isso?’. Além disso, nós temos estilos parecidos. E senti isso, mesmo que eu não fosse o melhor, pelo menos eu poderia me destacar como ele. Quando tive meu primeiro filho, aos 18 anos, dei o nome de Thiago Mateo (nome do filho mais novo de Lionel Messi)”, declarou sobre o argentino.
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