Sub-judice: Leven Siano leva mais votos na eleição para presidente do Vasco. Pleito está suspenso pelo STJ e aguarda definição da Justiça

Foto: Esporte News Mundo

POR DAVID NASCIMENTO E JOEL SILVA

Em uma corrida cheia de polêmicas e confusões dentro e fora dos bastidores, o Vasco realizou das 9h de sábado até quase 5h deste domingo a sua eleição para presidente do triênio 2021-2023. O pleito, realizado de forma direta após muito pressão por mudanças dos torcedores, mais uma vez na história do Cruz-Maltino, terminou sub-judice. Na contagem de votos, Leven Siano recebeu a maior parte, mas ainda não foi oficializado como novo presidente, já que há a necessidade de aguardo da decisão da Justiça sobre as ações que cercam a eleição – principalmente após suspensão por volta das 20h deste sábado decretado pelo ministro Humberto Martins, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas que cabe recurso.

Leven Siano, da chapa Somamos, ficou com 1155 votos em primeiro lugar. Jorge Salgado, da chapa Mais Vasco, ficou em segundo lugar, com 921 votos. Em terceiro lugar, Julio Brant, da chapa Sempre Vasco, com 862 votos. Já em quarto lugar, Alexandre Campello, da chapa Rumo Certo, com 336 votos. Sérgio Frias, da chapa Aqui é Vasco, ficou em quinto lugar, com 153 votos. Foram 16 votos em branco e quatro votos nulos. No total, foram 3447 votos. Todas as chapas, nos bastidores, prometem se movimentar na Justiça sobre o caso.

O Esporte News Mundo acompanhou toda a eleição do Vasco em tempo real, com mais de 30 horas sem parar em texto e mais de 10 horas ao vivo, em vídeo, em seu canal no YouTube – clique aqui para se inscrever -, com todos os seus jornalismo com links durante toda a eleição ao vivo. Assista a seguir a íntegra da live do Boletim ENM desta madrugada com toda a apuração e repercussão!

– Nenhuma dúvida de que a gente vai cassar a liminar, a gente está preparado para enfrentar qualquer desafio no Poder Judiciário, esse é meu dia a dia. Sobre o Mussa, acho que precisa ser expulso do clube. Sua atuação não é isenta, não é imparcial. (…) O resultado mostra dados interessantes. A insatisfação do sócio com a administração do presidente Campello, que teve votação pífia. Outro que já se torna histórico por insistir, tentar e perder: Julio Brant. O sócio se cansou desse personagem – afirmou Leven Siano durante o discurso após o fim da contagem dos votos, transmitido ao vivo pelo ENM.

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O pleito que acontecia graças a uma decisão de última hora do Tribunal de Justiça do Rio, da última sexta-feira, foi suspenso por volta das 20h, por nova decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A mesa diretora composta pelo presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, o Vice do CD, Sérgio Romay, o benemérito Silvio Godoi e pelo Vice-presidente da Assembleia Geral, Alcides Martins chegou a decidir pela continuidade da votação, bancando o não cumprimento da decisão da Côrte Superior.

Mas depois de discussões e ânimos exaltados entre os apoiadores dos candidatos, Alexandre Campello e Jorge Salgado decidiram se retirar da disputa e não participar da retomada da votação, assim como já havia feito antes Julio Brant. Leven Siano, que pelas pesquisas extraoficiais de boca de urna liderava a disputa, era o mais indignado com a reviravolta de última hora. Quando fazia um último pronunciamento foi interrompido por uma queda geral da energia elétrica.

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Porém, pouco após, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Roberto Monteiro, determinou que as urnas com os votos realizados neste sábado, em São Januário, sejam apuradas. Monteiro alegou que não tem onde guardar as urnas e afirmou que a empresa que faria a custódia até nova decisão judicial dependia de autorização da Polícia Federal para fazer a coleta em horário avançado.

Com a suspensão determinada pelo ministro Humberto Martins, presidente do STJ, iniciou-se uma discussão entre candidatos no ginásio do clube. Do lado de fora, apoiadores de diferentes chapas entraram em confronto. As luzes foram apagadas e os candidatos Julio Brant, Jorge Salgado e Alexandre Campello se retiraram da disputa e deixaram o local. Antes da abertura das urnas para a contagem, Leven chegou a se comprometer a não recorrer ou contestar o resultado, se outro candidato sair vencedor.

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