Uma atuação de gala, mas com seus riscos na Footprint Center Arena. Neste domingo, Phoenix Suns e New Orleans Pelicans iniciaram a serie em busca de avançar nos playoffs do Oeste e os donos da casa venceram por 110 a 99. Jogando com a torcida a favor, a franquia do Arizona fez um primeiro avassalador e deu clara impressão de que venceria tranquilamente, mas viu os rivais acirrarem a disputa nos quartos finais para dar mais emoção ao confronto.
Todo o favoritismo esperado para os Suns foi visto no primeiro quarto. Com um time mais descansado e mais técnico, Phoenix comandou as ações, esteve melhor no ataque e na defesa e trabalhou com muito mais tranquilidade para dominar o jogo. Enquanto a franquia do Arizona convertia seus arremessos, os Pelicans amassavam o aro tanto do perímetro como de dentro do garrafão. Sem nem forçar muito, Devin Booker liderou em pontos com a marcação passando longe de ser efetiva para auxiliar num 28 a 16.
No segundo quarto, as duas equipes começaram muito mal e abusando dos arremessos errados. Mesmo com Valanciunas sendo especial nos rebotes e dominando a partida no quesito, os Pelicans tinham muita dificuldade em converter a posse em pontos e pressão. Sem conseguir rodar a bola, os erros se transformavam em posse de Phoenix, que foi mantendo a vantagem e até conseguiu abrir distância ainda mais. Os 12 pontos de distância, chegaram a 22, mas terminou em apenas 19 com um cenário muito simples: só um milagre causaria a derrota dos Suns, que foram para o intervalo com 53 a 34.
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Com tanta vantagem de diferença, parecia que seria apenas questão de tempo para os Suns confirmarem a vitória. O que ninguém esperava era que uma reação impressionante dos Pelicans diminuísse para apenas oito pontos ao final do quarto. Logo no começo, as duas passaram a trocar posses com novamente Valanciunas bem, mas a metade para o fim do quarto foi o grande ponto de susto. Nos últimos seis minutos, New Orleans embalou uma corrida de 21-7, colocou fogo no jogo e a roubada de bola de Larry Nance Jr. nos segundos finais deu um ânimo a mais para começar o período final em busca de uma das mais improváveis vitórias na temporada.
Quando tudo se encaminhava para um jogo acirrado, as duas equipes iniciaram os 12 minutos finais trocando pontos. Mas tudo era apenas voltado a dois jogadores: Chris Paul e CJ McCollum. Os dois chamaram a responsabilidade, encararam uma sequência individual de acertos, mas que foi muito mais favorável. Depois de chegar em seis pontos de desvantagem, os Pelicans sentiram o desgaste físico, passavam a fazer um jogo mais lento enquanto Phoenix era embalado e passava a render mais coletivamente.
Sem forçar muito, Phoenix parecia controlar mais a partida e foi usando o preparo físico para abduzir o relógio e fechar a partida sem tantos sustos. Dos 20 pontos, o placar foi reduzido pela metade, mas em nenhum momento os Suns correram um risco maior de ver tudo ir a perder. O triunfo, claro, deve ser muito comemorado pela franquia do Arizona, mas a necessidade de ficar de olho no seu adversário é importante. Para New Orleans, o cansaço será um fator que pesará em todos os playoffs, portanto, o banco de reservas será muito crucial para qualquer sonho de avançar contra os atuais vice-campeões.
A vitória dá a vantagem aos Suns na série e confirma o primeiro triunfo em casa. O segundo jogo entre Phoenix e New Orleans acontece nesta terça-feira, 19, às 23h (de Brasília).
Destaques do jogo
New Orleans Pelicans: CJ McCollum (25 pontos, oito rebotes e seis assistências) e Jonas Valanciunas (18 pontos, 25 rebotes e três assistências);
Phoenix Suns: Chris Paul (30 pontos, sete rebotes e 10 assistências) e Devin Booker (25 pontos, quatro rebotes e oito assistências);
