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“Superpotência global”: Josh Wander, sócio da 777 Partners, fala sobre os principais planos da empresa no Vasco

Foto: divulgação

Após o Vasco e a 777 Partners assinarem um memorando de entendimento para um investimento no futebol do clube nos últimos dias, um dos sócios da empresa, Josh Wander, concedeu sua primeira entrevista para um veículo brasileiro para abordar melhor a compra e os objetivos da empresa por trás disso.

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Josh é o sócio-fundador da 777 Partners, empresa que já está acostumada nesse ramo de futebol, pois possui direito de alguns clubes pelo mundo. Na Itália, a 777 é proprietária do Genoa. Na Espanha, a empresa possui uma participação de 15% sobre o Sevilla. E agora, no Brasil, o grupo aguarda a resposta da Assembleia Geral entre os Conselheiros para começar a investir no Vasco.

Em sua primeira resposta, Josh se mostrou ansioso com a possibilidade da compra da SAF de um grande clube como o Vasco: “Para começar, quero dizer como estamos incrivelmente empolgados de fazer parte do Vasco da Gama e sua rica história. Sou um fã de esportes desde que nasci e mais recentemente me tornei um grande fã de ‘soccer’, ou ‘football’, como é chamado em algumas partes do mundo. O entusiasmo dos torcedores brasileiros, a história do futebol no Brasil me empolga pessoalmente como fã. A possibilidade de ver o futebol ser jogado onde ele foi feito para ser jogado”.

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Para justificar a escolha do Vasco, Josh foi bem claro e direto. Ressaltou a importância vital do local em que o Vasco se encontra e vislumbrou uma provável valorização do clube ao longo dos anos, além de outros fatores, como a torcida. Em todos os tópicos citados, o empresário fez questão de abordar o possível sucesso econômico por trás de todos os motivos.

“Sobre o Vasco, eu acho que, como em todo investimento que analisamos, estamos procurando fatores que nos façam acreditar que haverá valorização desse ativo ao longo do tempo. O Vasco está na segunda maior cidade do Brasil, no quinto maior país do mundo. Há uma população enorme, que podemos comercializar. Nossa visão é que, antes de tudo, queremos comprar clubes que achamos que tenham cenários econômicos que fazem sentido. Que possam ser bem-sucedidos comercialmente, dentro do possível. Ter uma população grande, em países com uma rica história no futebol, tradição, com uma grande conexão com seus torcedores, é muito importante para nós”.

Como foi dito anteriormente, a 777 já possui direitos de outros clube e Josh disse que todo esse ecossistema da 777 Football Group irá se ajudar com os recursos de todos: “Todos os benefícios desse grande ecossistema do 777 Football Group, no qual provavelmente teremos maior poder de barganha, teremos economia de escala, poderemos usar recursos de outros clubes para o Vasco e vice-versa. O tempo todo tentando defender o espírito do esporte, garantindo que todos os clubes, no seu direito, possam ter o maior sucesso possível”.

No entanto, a torcida do levantou uma preocupação do Vasco ser apenas uma peça para potencializar esses outros clubes da 777 Football Group. Ou então, do Cruzmaltino ser apenas uma peça de menor importância nesse sistema. Josh fez questão de tirar essa dúvida também: “Nós ouvimos isso como um dos problemas das multinacionais do futebol. Nossa visão de ter vários clubes é bem simples. Nós precisamos construir cada clube para ter o maior sucesso possível no lado esportivo. Todo clube terá que tomar decisões difíceis sobre seu talento, sobre seu negócio em algum momento. Como toda empresa faz. Quando você tem que tomar essa decisão, você toma essa decisão baseado no benefício econômico, na viabilidade de longo prazo do seu negócio e, claro, no custo de curto prazo. Então nós acreditamos que essas decisões terão que ser tomadas ao longo do tempo. Essas decisões terão que ser tomadas em clubes maiores e em clubes menores”.

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“Nosso objetivo é tornar o Vasco a superpotência global que acreditamos que ele pode ser, por causa da sua história, da sua tradição e dos talentos que existem no Brasil. À medida que o Brasil evoluir como país, que o Rio evoluir como cidade, que as pessoas em torno desses clubes e no país prosperarem, nós acreditamos que o Campeonato Brasileiro terá a capacidade nos próximos anos de ser um dos principais campeonatos do mundo. Quando isso acontecer, nossa esperança é que nós possamos contratar jogadores de outros países pelo mundo, não vice-versa” – completou o sócio.

CONFIRA OUTRAS ASPAS DA ENTREVISTA

Sobre a 777

“777 é uma holding global que atua em seis áreas: consumo e comércio; seguros; aviação; empréstimos; finanças de litígio; esportes, mídia e entretenimento. Em cada uma dessas áreas, 777 tem diversas empresas no portfólio em diferentes lugares do mundo. Mas a ideia principal da estrutura de holding e da nossa habilidade de investir no longo prazo é que, dentro do possível, todos os nossos negócios vão criar valor para outros negócios. Nós somos capazes de criar eficiências dentro do nosso ecossistema para todos os negócios, assim eles podem se beneficiar dos recursos que a 777 tem como uma holding”.

Investimento

“O Vasco é um clube incrível, mas, como todas as coisas incríveis, há espaço para crescimento. Nós acreditamos que há espaço para crescimento na infraestrutura. Nós acreditamos que há espaço para crescimento para ajudar a sustentar os talentos que já estão no clube e melhorar a base de talentos no futuro. Nós acreditamos que há espaço para crescimento nos processos, nas funções internas que ajudam em áreas como desenvolvimento de jogadores, cultivo, até a escolha de jogadores. Implementar as ferramentas que ajudem o clube a escolher essas coisas. Ter instalações que vão ajudar a atrair jogadores do mundo todo no futuro”.

Reforma em São Januário?

“Está cedo, nós vamos avaliar todas as instalações enquanto avançamos nos próximos meses para tentar determinar do que elas precisam, se precisam de alguma coisa. Mas, é claro, nós não queremos fazer nada para tirar o Vasco do estádio no qual ele joga há 100 anos. Nós acreditamos nisso. Como parte da nossa transação, nós concordamos com a associação em jogar nesse estádio pelo tempo que quisermos. Não temos visões de curto prazo do que devemos ou não fazer com a instalação principal, que é o estádio. Nós queremos estar lá, é onde a história foi criada, para nós é importante preservar isso. Nós vamos analisar os centros de treinamento, tentar ver o que podemos fazer para ajudar no que for necessário. Mas agora o foco é atravessar os próximos três meses e chegar a um ponto em que a 777 esteja pronto para finalizar nosso investimento. E aí vamos levar o nosso time com o escopo completo de recursos que podemos oferecer.”

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