Técnico do Corinthians, Sylvinho analisou a derrota de virada para o Red Bull Bragantino, na Neo Química Arena, por 2 a 1, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Para o treinador, a “gasolina no tanque” do Timão foi sendo minada na etapa complementar.
– O primeiro tempo nós combatemos melhor, tivemos mais gasolina no tanque. Ou seja, um jogo do qual entendíamos que nosso adversário já joga junto há um bom tempo, bons valores individuais, de bom passe, tínhamos neutralizado algumas inversões que eles fazem, diminuindo esse controle e o um contra um. Até a nossa construção foi boa. No segundo tempo pioramos, o Bragantino entrou no nosso campo e começamos a ter dificuldade – disse Sylvinho.
– Tentamos substituições, Araos para dar posse de bola que estava faltando, precisávamos de mais um homem para reter essa bola. O Natel foi para ter o campo aberto um pouco. Ele tem velocidade, queríamos jogar nele com espaço, mas infelizmente se lesionou. Esperamos que possa voltar rápido. Em relação a bola parada, nosso time é relativamente baixo, aí a gente tenta equilibrar, buscar soluções para que esse aspecto seja minimizado. O Bragantino voltou naquele gol, que nos complicou – completou.
Sylvinho lamentou nova derrota em casa. Na estreia, o Corinthians já havia perdido no mesmo palco para o Atlético-GO. Ele quer encontrar novas soluções para a equipe reagir o quanto antes.
– A gente está tentando retomar nossos resultados na arena. Estamos vivendo um tempo complicado, uns times sofrem menos, outros mais. Óbvio que falta o torcedor, mas é o momento, temos que encontrar outras soluções. No segundo tempo tivemos um decréscimo, e isso comprometeu o jogo. Teve a entrega, mas houve o decréscimo, tentamos potencializar o time com as alterações, mas faz parte. Estamos tristes como o torcedor, mas nosso papel é melhorar, não somente a parte defensiva, como o meio-campo e também o ataque – analisou.
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Possível negociação com Guerrero
– É um atleta de outro clube, tenho mais dificuldades em qualquer tipo de comentário. Já trabalhei com ele no Corinthians, mas hoje não é, não me permito fazer comentários. A diretoria está trabalhando em cima de situações, mas isso é mais de cunho diretivo, no seu tempo as coisas vão ocorrer.
Por que terminou com apenas um jogador ofensivo?
– Correto. A pergunta está correta. A resposta complexa. Nossos volantes são artilheiros hoje. Gabriel fez gol, hoje o Roni fez. São atletas que temos fomentado a pisar na área. O Natel infelizmente saiu, é um atacante de força, de explorar espaço. Não queria correr o risco de colocar o Cauê no jogo, era uma situação de partida complicada. O Ramiro já fez o lado. Considero ele e o Araos meias, não como Vital e Gustavo, mas fazem lado de campo. Era o que tínhamos para tentar chegar no gol adversário, já que perdemos o Natel. O Gustavo por dentro dava velocidade, mas já estava mais cansado.
Sylvinho explica o planeamento da base
– O planejamento é trabalhar em cima do time, organizando, sendo um time forte, que defende bem, que tem uma boa construção e consiga finalizar. É um campeonato duro, trabalhamos com atletas que já estão aqui há um tempo, atletas jovens, e não são diferentes. Todos vão ser aproveitados, eles que mostram para nós. Nós passamos o que queremos, treinamento, levamos para o campo, e o atleta que responde. Muitos absorvem tudo rapidamente. Evidentemente que existem falhas, faz parte do processo de maturação. Nós queremos fazer um time competitivo, que defenda bem e jogue o jogo, com performance tenha seus resultados.
Momento de Luan
– Eu posso comentar sobre o Luan nesse período que estou treinando o clube. É um atleta que se dedica nos treinamentos, corta a linha de passe dos zagueiros, tem se entregado. Tem sim uma grande capacidade, e trabalhamos para melhorar, não só ele, mas todos de maneira geral, assim como os que estão ao lado dele, as conexões. Tem se esforçado na parte defensiva. Vamos seguir trabalhando o time para avançar na parte ofensiva e todos serem potencializados.
Sylvinho comenta a posiçã de Gabriel na partida
– Cada jogo são situações diferentes. No jogo anterior tivemos uma certa liberdade maior dos meias para poder infiltrar. Hoje encontramos isso mais no Roni. O Gabriel ficou numa situação mais de construção. Teve um apoio ao Fábio no lado esquerdo, o Artur é um jogador de pé contrário, tem um contra um forte, então vigiamos para dobrar essa marcação. Acabou faltando esse espaço no ataque por parte do Gabriel, mas ele tem entregado.
Momento de Fábio Santos
– É sempre um prazer falar de um atleta que tem uma carreira vitoriosa no Corinthians. O momento dele, da construção de carreira dele, é diferente da minha. Eu sai jovem, identificado com o clube, mas não tive esse papel de liderança. Haviam outros líderes no grupo que participei. O Fábio tem uma construção muito bonita, mais longa, que chega no momento da experiência do atleta sendo um líder. É um cara muito importante para o grupo, ele domina a função, foi muito bem treinado ao longo da carreira, faz uma boa construção, é muito importante para nós. Fico feliz de ter ele no grupo, pela liderança e o que representa para nós. Prazer ser treinador dele aqui. Que continue brilhando como atleta e, futuramente, quando decidir, continuar em uma carreira ajudando o futebol a crescer em outra função.
O Corinthians volta a campo neste domingo, para enfrentar o Bahia, em Salvador, às 16h (de Brasília), pela quinta rodada do Brasileirão.
