Papo com Pimentel

Taça Rio: o que o Fluminense ensinou ao Flamengo?

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Foto: Lucas Merçon /Fluminense
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A vitória do Fluminense, o primo pobre do futebol carioca, foi um soco no estômago daqueles que só tem olhos para o Flamengo: um tapa na soberba, arrogância e ganância de quem comanda o clube pais popular do Brasil.

Mário Bittencourt é tido como “resistência” no bagunçado futebol carioca. Afinal, o presidente tricolor se opôs ao reinício do falido estadual em meio a pandemia. Além disso, o mandatário não se meteu na briga do rival com a TV Globo.

O dirigente bancou Paulo Angioni, tido como dirigente ultrapassado, que não conseguiria atrair jogadores para as Laranjeiras. Mário e Angioni apostaram em Odair Hellmann, que fracassou no Internacional, considerado treinador sem perfil para comandar o Fluminense.

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Parte da imprensa não apoiou a chegada do treinador. Mário peitou, contratou e deixou o seu “desacreditado” comandante trabalhar. Enfim, ele não forjou ilusões de grandeza devido à falta de dinheiro para contratar um treinador de primeira linha.

O Fluminense, antes de mais nada, teve todas as suas contratações contestadas e dá-lhe desconfiança. Afinal, o clube foi atrás de Egídio, Hudson, Henrique, Fernando Pacheco, Michel Araújo e Fred.

Por outro lado, o Flamengo investiu pesado para ter Gustavo Henrique, Léo Pereira, Thiago Maia, Pedro Rocha, Michael e Pedro. Além disso, adquiriu os direitos econômicos de Gabriel Barbosa e fez um contrato milionário com Jorge Jesus.

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O Fluminense encarou a fase ruim com leveza e aceitou o rótulo de primo pobre do futebol carioca. Aliás, todos no clube aceitaram o seu lugar, encararam com naturalidade e trataram o tema quase como uma virtude.

Mário Bittencourt adorou esse ambiente criado pelo Flamengo. Não havia coisa melhor do que a soberba, a arrogância e ganância para servir como combustível para o Fluminense conquistar a Taça Rio.

É totalmente legítimo o Flamengo desejar brigar por tudo dentro e fora de campo. Os dirigentes estão lá para defender os interesses do clube. Mas esse sentimento hegemônico de Rodolfo Landim só faz aumentar ainda mais a antipatia de todos pela instituição.

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À primeira vista, o presidente do Flamengo passa a imagem para o seu torcedor de que é completamente normal pisar na cabeça dos adversários só porque o clube é milionário, tem um elenco galáctico e um baita treinador.

Além disso, Rodolfo Landim lidera um movimento político dentro do clube para desqualificar o trabalho de Eduardo Bandeira de Mello. Pé frio ou não, o ex-presidente fez parte do processo de recuperação financeira do clube.

Essa postura realmente colocou o Flamengo em outro patamar: o patamar da soberba, arrogância e ganância. Retrancados ou não, a humildade do Fluminense prevaleceu na final da Taça Rio.

CURTINHAS:

Torcedores zoam o Flamengo por vices para os irmãos Becker: “Eles tremem” (Foto: Lucas Merçon /Fluminense)

FALA, JORGE JESUS! “O Fluminense jogou pra não perder”.

FALA, ODAIR HELLMANN! “Parabéns,Tricolor, é para vocês, vocês merecem. Obrigado por todo apoio que deram ao presidente, ao clube, à comissão, aos jogadores. Homenageando as vítimas, os familiares que ficaram, esse título é para eles e para o torcedor que está sempre do nosso lado.”

GOL DE PLACA: Os médicos do Fluminense foram chamados para erguer a Taça Rio juntamente com os jogadores. Foi a forma encontrada pelo clube para homenagear os profissionais da saúde que estão na linha de frente da batalha contra a Covid-19.

NÚMEROS: O Fluminense bateu o recorde de audiência de transmissão no YouTube, que era da cantora Marília Mendonça com 3,2 milhões de views. A FluTV teve pico de 3,8 milhões na final da Taça Rio.

PAPO RETO: Perder nos pênaltis para o limitado time do Fluminense é vexame para o Flamengo. É injustificável o futebol apático e burocrático. Não dá para achar que está tudo bem e normal.

NUNCA CORNETEI: O maior Flamengo da história, com FERJ, com TJD, com juiz e treinando no meio da pandemia, mesmo muito antes da autorização das autoridades públicas, perderam o título da Taça Rio para o Fluminense, que voltou a treinar tem 10 dias. Entenderam porque é o “Ai, Jesus”?

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VEM AÍ O CARIOCAVÍRUS

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Esporte News Mundo*

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