São Paulo

Tchê Tchê na meia central e nova formação: Veja como o São Paulo supriu a falta de Luciano

Tchê Tchê
Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Sem poder escalar Luciano, o técnico Fernando Diniz promoveu mudanças táticas interessantes no São Paulo que venceu o Atlético-MG por 3 a 0. Como opção, o treinador escalou Tchê Tchê na posição de meia central, deixando Brenner isolado no ataque. Entenda como o Tricolor pode ter encontrado uma nova formação para o restante da temporada.

O técnico Fernando Diniz surpreendeu a todos na escalação da equipe que venceu o Galo por 3 a 0, no Morumbi. Antes do duelo, muitos davam como certa a escolha de Pablo ou Vitor Bueno para a vaga de Luciano, que estava lesionado e fora da partida.

Ao invés de pensar na mudança óbvia, de um atacante por outro, Diniz ousou. Optando por uma variação de seu esquema tático tradicional, o treinador escolheu Tchê Tchê para substituir o camisa 11 lesionado, deixando Brenner como o único atacante de ofício.

BRENNER ISOLADO? APENAS NO PAPEL

FORMAÇÃO São Paulo VS ATLÉTICO-MG

Com Tchê Tchê e sem Luciano, em teoria, o São Paulo estaria em um 4-2-3-1, com Luan de primeiro volante e Dani Alves segundo; Sara aberto na direita, Igor Gomes na esquerda e Tchê Tchê centralizado; Brenner completaria o ataque.

Em campo, a história era diferente. No ataque, o Tricolor jogava em um 3-6-1, com Luan, Arboleda e Bruno Alves mais recuados; Os laterais, Reinaldo e Juanfran, avançando; Sara e Igor Gomes com liberdade: encostando no ataque, atuando pelos lados do campo ou como opções por trás, na entrada da área; Brenner, por sua vez, também transitava fora da área, puxando os zagueiros e abrindo espaços.

São Paulo FC ataque

Nesta configuração, Brenner seria municiado por todos os jogadores do meio campo, recebendo aproximação de Tchê Tchê, Sara ou Igor Gomes em tabelas ou triangulações.

Na defesa, um esquema menos engessado, mas moldado para encarar o Galo de Sampaoli. Tchê Tchê e Brenner eram os primeiros combatentes, pois pressionavam os zagueiros e a primeira linha de volantes do Galo; Igor e Sara davam combate pelos lados, dificultando as ações de Guga e Guilherme Arana; Dani Alves e Luan eram os ‘cães de guarda’, responsáveis por anular o setor criativo e de ligação do ataque Atleticano.

RESULTADOS DA MUDANÇA

Igor Gomes comemorando e Sara ao fundo na vitória do São Paulo
Comemoração de Igor Gomes após o gol diante do Atlético-MG. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

O Tricolor colheu bons frutos da mudança imposta por Diniz. A equipe neutralizou o Atlético-MG, principalmente pelas laterais, uma das maiores forças da equipe mineira.

Sara e Igor Gomes tinham função importante na marcação de Arana e Guga, mas também diminuíam o espaço de Keno, outra opção do Galo pelos lados. A ajuda da dupla de meias são-paulinos na marcação, inclusive, rendeu ótima atuação defensiva de Juanfran, que não deixou Keno completar qualquer drible na partida.

Em números, Sara e Igor Gomes tiveram um salto na participação defensiva da equipe, com maior quantidade de desarmes e interceptações em relação a última vitória do São Paulo, diante do Botafogo, também no Morumbi.

SÃO PAULO 4 X 0 BOTAFOGO – 09/12

JOGADORESDESARMESINTERCEPTAÇÕESDUELOS (GANHOS)
Gabriel Sara012 (0)
Igor Gomes014(2)
Dados: SofaScore

SÃO PAULO 3 X 0 ATLÉTICO-MG – 16/12

JOGADORESDESARMESINTERCEPTAÇÕESDUELOS (GANHOS)
Gabriel Sara126 (5)
Igor Gomes314(3)
Dados: SofaScore

Juanfran também subiu seu aproveitamento defensivo: passou de uma interceptação e um desarme na partida contra o Botafogo, para três interceptações e dois desarmes diante do Atlético-MG.

TCHÊ TCHÊ POLIVALENTE

Tchê Tchê - São Paulo x Atlético-MG (16/12/2020)
Na meia, Tchê Tchê foi peça importante para o São Paulo vencer o Galo. Foto: Rubens Chiri/saopaulofc.net

Atuando como meia central, Tchê Tchê foi polivalente no ataque são-paulino. O camisa oito tinha papel importante na ligação ao ataque – a transição ofensiva, antes de dar a assistência para o gol de Igor Gomes, foi apenas uma das diversas funções que desempenhou na partida.

Tchê Tchê pisava com frequência na área, se aproximava de Brenner e, de quebra, esporadicamente voltava como segundo volante, para suprir as subidas de Dani Alves. Também se apresentava pelos lados, ocupando a função da lateral para que Juanfran pudesse atacar pelo meio.

SEM LUCIANO, TCHÊ TCHÊ É A SOLUÇÃO?

Apesar de discreta, a atuação de Tchê Tchê rendeu uma nova configuração tática para a equipe de Diniz. Sem contar com Luciano, ao que parece, até o ano que vem, Fernando Diniz ganhou um novo esquema tático consistente para a sequência da temporada.

Com os atacantes reservas, Pablo e Vitor Bueno, em baixa, o São Paulo esboça um novo estilo de jogo. Sem o tradicional esquema com dois atacantes, característico de Diniz, a nova escalação com cinco jogadores no meio campo parece ser uma boa alternativa para o Tricolor.

Ao que tudo indica, o São Paulo deve entrar com a mesma equipe que venceu o Galo para encarar o Grêmio, na próxima quarta-feira (23). O duelo diante do Tricolor Gaúcho será válido pela partida de ida das semifinais da Copa do Brasil.

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