Em partida válida pela terceira rodada das Eliminatórias, o Brasil venceu a Venezuela, por 1 a 0, e assumiu a liderança das seleções sul-americanas, com nove pontos. Pelo lado venezuelano, o time do técnico Peseiro José acumula sua terceira derrota e ocupa a 9ª colocação com nenhum ponto conquistado.
NOVIDADES NA ESCALAÇÃO
Em relação ao último jogo da Seleção Brasileira, contra o Peru, as novidades na escalação de Tite começaram debaixo das traves. Weverton, destaque dentre os goleiros escalados, ficou no banco ao lado de Alisson e cedeu vaga para Ederson, arqueiro do Manchester City, da Inglaterra.
No setor do meio de campo, algumas mudanças significativas. Everton Ribeiro ganhou vaga na equipe titular no lugar de Coutinho, com uma lesão muscular. Com Casemiro diagnosticado com a Covid-19, Allan, destaque na Premier League pelo Everton, compôs a dupla de volantes ao lado de Douglas Luiz, que se manteve entre os titulares.
No último terço do campo, a ausência de Neymar, também por conta de uma lesão muscular, fez com que Tite escalasse Gabriel Jesus, marcando sua estreia com a camisa do Brasil dentre os titulares nestas Eliminatórias para a Copa do Mundo.
ATUAÇÕES INDIVIDUAIS:
ÉDERSON: Pouquíssimo exigido na partida, Éderson se atentou mais na orientação e posicionamento de seus defensores, que propriamente do ataque venezuelano.
DANILO: Assim como nos outros jogos, Danilo se demonstrou eficaz compondo o quarteto defensivo. Diferente do seu oposto na posição Renan Lodi, que se dispôs no apoio ofensivo, o lateral da Juventus se mostrou mais precavido nas investidas ao ataque que, quando exigido, caiu pelo meio. Defensivamente foi bem.
MARQUINHOS: Com a linha baixíssima da Venezuela durante quase toda a partida, Marquinhos fez mais parte da saída de jogo brasileira, que exigido defensivamente. Partida que o zagueiro do PSG pouco pôde fazer.
THIAGO SILVA: Assim como Marquinhos, o experiente zagueiro da Seleção teve o mesmo papel de sua antiga dupla no Paris Saint-German: a saída de jogo. Como não é de sua característica, as linhas defensivas do adversário não foram quebradas, dificultando a criação de jogadas desde lá de trás.
RENAN LODI: Baita jogo do novo lateral da Seleção. Com a adaptação no esquema tático do Tite, Lodi se lançou como um ala pela esquerda e liberou a movimentação dos demais jogadores que também atuaram por lá, tanto ofensivamente, como defensivamente. Demonstrou agressividade durante os dois tempos e se destacou, mais uma vez, com a amarelinha.
ALLAN: Apagado no primeiro tempo, Allan entrou de fato no jogo na etapa final do jogo, quando o desenho tatito de Tte fez com que o volante do Everton jogasse na frente dos zagueiros e também fizesse parte da saída de jogo brasileira.
DOUGLAS LUIZ: Um dos responsáveis pela saída de bola, fazendo a transição defesa-ataque, o volante deixou a desejar no elevado número de passes errados, comprometendo a criatividade no ataque brasileiro – provável motivo de sua substituição no intervalo da partida. Douglas também cobria pela esquerda o lateral Renan Lodi, que saía muito pelo pela extremidade do campo, quase como um 4º atacante. E nesse aspecto, foi bem, o Brasil não sofreu defensivamente.
EVERTON RIBEIRO: Mesmo com a dificuldade na criação, o meia do Flamengo foi um dos destaques do jogo. Flutuou bem por todos os extremos do campo e, até quando pôde, ainda tentou criar, mas a falta de movimentação de todo time fez com que seu papel em campo participasse menos da partida, concentrando o jogo pelas beiradas.
GABRIEL JESUS: Assim como na Copa América do ano passado, Jesus atuou aberto pela direita, caindo muitas vezes para a posição de atacante de frente. Levemente apagado na partida, o atacante do City saiu para Everton Cebolinha, que deu mais profundidade para o ataque de Tite.
RICHARLISON: Dos três homens de frente da seleção, foi quem mais se destacou. Com um gol anulado no primeiro tempo e outra oportunidade clara desperdiçada, a função de centroavante pareceu bem confortável para o atacante do Everton. Apesar das poucas bolas recebidas, também buscava o jogo e teve uma participação maior perto da grande área.
FIRMINO: O atacante do Liverpool foi escalado em uma posição diferente da que costuma. Ele entrou para assumir uma posição que Neymar vinha atuando, pela ponta, quase como armador. No entanto, não deu certo. Firmino pareceu um pouco perdido e foi pouco acionado. No segundo tempo, se mostrou mais eficaz pelo meio, abrindo espaço para Jesus e Richarlison. Esteve na hora certa para empurrar a bola para o fundo da rede.
Substituições:
LUCAS PAQUETÁ: Com a entrada de Paquetá no lugar de Douglas Luiz, o Brasil ocupou mais o miolo do meio de campo da seleção venezuelana. Liberou Everton Ribeiro para flutuar por todo campo, e fez uma dobradinha com Firmino no segundo tempo que mudou o jogo brasileiro. Além de ter iniciado a jogada do gol. Entrou bem o meia do Lyon.
EVERTON CEBOLINHA: Com a entrada de Cebolinha, o Brasil ganhou mais profundidade pela direita. Levou vantagem no um contra um em algumas jogadas e se destacou positivamente.
PEDRO: Com o jogo muito povoado pelo meio de campo, Pedro entrou para fortalecer o jogo aéreo. O atacante do Flamengo fez bons domínios, foi participativo e quase acertou uma bicicleta ao final do jogo. Com certeza ganhou pontos com Tite.
TELLES: SEM AVALIAÇÃO
NOTAS:
Éderson: 6
Danilo: 5,5
Thiago Silva: 5,5
Marquinhos: 6
Renan Lodi: 6,5
Allan: 5,5
Douglas Luiz: 5
Everton Ribeiro: 7
Richarlison: 5,5
Roberto Firmino: 7,0
Substituições
Pedro: 5,5
Everton Cebolinha: 5,5
Lucas Paquetá: 6
Telles: sem nota