Dominic Thiem deu entrevista ao jornal austríaco Der Standard nesta segunda-feira e falou sobre assuntos importantes neste momento de pandemia global. Seu desejo é voltar a jogar no início de maio na gira de saibro. O número quatro do mundo disputou apenas novo partidas neste ano, com cinco vitórias e quatro derrotas. O pai do tenista revelou em março que seu filho tem uma lesão crônica no pé direito e que isso o afeta mais nas quadras rápidas, por isso, o jogador jogou poucas vezes em 2021. Além disso, convive com um problema no joelho esquerdo, mas não é preocupante.
Conquistou o US Open em setembro de 2020 e revelou que ficou desmotivado durante a pré-temporada com foco em 2021.
— Sinto um grande vazio. Sequer assisti as partidas da Champions League na ultima semana, o que é uma tragédia. Eu também mal consegui acompanhar o torneio em Monte Carlo. Depois que conquistei o US Open eu estava em um estado de euforia, e os resultados se mantiveram bons. Eu alcancei a final do ATP Finals em Londres. Mas durante a preparação para essa temporada, eu cai em um buraco. Vamos ver se eu consigo me livrar disso. Eu não sei, mas espero que sim.
Dominic lembrou da partida contra o Nick Kyrgios no Aberto da Austrália e como foi difícil lidar com o lockdown após o Grand Slam.
— Acho que joguei uma das partidas mais memoráveis da minha vida contra Kyrgios no Australian Open. Eu virei o jogo após estar perdendo de dois sets a zero. A atmosfera em Melbourne era inacreditável, mesmo que as pessoas não estavam torcendo para mim. E de repente, houve o lockdown. Entrei no vestiário tarde da noite, suado, e a instalação foi evacuada nesse meio tempo (como um acidente nuclear). Eu não soube lidar bem em jogar nos estádios vazios.
Thiem revelou problema no joelho esquerdo e que teve a mesma situação do outro lado, mas o tempo sem partidas devido ao Coronavírus o ajudaram na recuperação.
— Existem pequenos problemas, agora é o joelho esquerdo. No ano passado, durante o primeiro bloqueio, tive a mesma coisa no joelho direito. Não importava, eu não tive que competir pois não havia torneios. Eu tive muito tempo para curá-lo. É uma ruga congênita nos joelhos que aparece de vez em quando. Leva algumas semanas para ficar sem dor. Tenho sido atormentado por isso desde a Austrália, mas é apenas uma pequena doença que cura novamente.
Dominic Thiem encerrou a entrevista falando quais são sua metas e que Roland Garros é o objetivo principal.
— O Aberto da França é meu grande objetivo. Faz muito tempo que não jogo contra os melhores jogadores. Não sei em qual nível estou. Espero que isso aconteça em Madrid e Roma. Quero ser totalmente competitivo em Paris, esse é o meu objetivo. Uma medalha nos Jogos Olímpicos de Verão em Tóquio seria um sonho absoluto – se isso acontecer. Eu gostaria de saber, mas a pandemia decidirá. De qualquer forma, não vou deixar o prazer do tênis ser tirado. Porque em algum momento a normalidade vai voltar.
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