Na noite deste sábado (21), o Cuiabá recebeu o Goiás na Arena Pantanal, para um confronto válido pela 27° rodada do Campeonato Brasileiro. Em partida marcada pela igualdade de interesses, a permanência na Série A, Dourado e Esmeraldino empataram em 1 a 1. Gols marcados por Clayson para a equipe Mato-Grossense e Guilherme Marques para os Goianos.
Em entrevista coletiva, após o jogo, António Oliveira, analisou as mudanças realizadas na partida e os efeitos no seu time. Depois do intervalo, o técnico do Cuiabá substituiu Derik Lacerda por Isidro Pitta, que atuou de forma improvisada pelas beiradas do campo. Posteriormente, aos 12 minutos, entraram Wellignton Silva (recuperado de lesão) e Denilson, para os lugares de Clayson e Lucas Mineiro, respectivamente. Ainda, nos 20 minutos finais, o comandante do Dourado trocou Fernando Sobral por Ronald e Rikelme por Patric Calmon.
— É evidente que o primeiro tempo e a perspectiva de jogo do adversário foi sempre de contenção, devido a sua armação defensiva, o qual tentava misturar situações de transição através do nosso erro, principalmente foi isso que aconteceu. Acho que a nossa circulação de bola foi muito lenta, também a precisão dos passes, o qual tentava atravessar a barreira do Goiás, composta por 4 jogadores, principalmente a linha de pressão medial. Em alguns momentos conseguimos agredir essa linha, para depois agredir a última. Há algumas situações que poderíamos ter afundado mais a segunda linha de 4 jogadores. Assim, ao final da primeira parte, acabamos por ter aquilo que nós plantamos, o qual culminou no pênalti para o adversário. Ainda, a estratégia do Esmeraldino encaixa nessa situação, pois quando se espera e consegue o gol, seu prognóstico se realiza.
É evidente que conversamos muito no intervalo e meus jogadores entenderam. Mas, mais importante que entender o plano é se conseguimos entender e aplicar no jogo. Tudo que não colocamos na primeira parte, foi feito na segunda. É notório que as atuações individuais pesam, porque podem desequilibrar o jogo. Entretanto, temos de perceber que somos uma equipe difícil de jogar e não precisamos esperar pela ação do adversário para que haja uma reação da nossa parte, algo que foi recorrente no primeiro tempo. Assim, no segundo, fomos atrás do resultado. Portanto, historicamente, se vamos ao intervalo ganhando ou empatando a partida, segundo as estatísticas, a possibilidade do Cuiabá sair vitorioso é altíssima. Dessa forma, depois buscamos o resultado, marcando um mas poderíamos ter marcado mais. Sabíamos que as alterações iriam fazer efeito, pois o desgaste na outra equipe iria se acentuar e nós fomos dando um vigor novo ao time, dentro de um espaço temporal extremamente agressivo aos jogadores. Claro que queríamos os três pontos, contudo, é mais um ponto dentro da nossa casa para a nossa caminhada. E, como digo sempre é um campeonato extremamente desafiante mas com certeza vai valer a pena – proferiu António Oliveira.
Ainda, o técnico do Dourado falou sobre o crescimento do Cuiabá entre todos os âmbitos do clube, além de ressaltar a campanha histórica da equipe e dificuldade de enfrentar o Goiás. Também, o comandante Auriverde declarou a qualidade do seu elenco dentro da competição e declarou já pensar no próximo desafio, contra o Corinthians.
— O Cuiabá cresce, está a crescer aos poucos, mesmo sobre sua infraestrutura e qualidade que proporciona aos seus funcionários. Além de ser claro que essa qualidade vai aumentar de uma temporada para a outra. Mas não podemos esquecer que o Dourado está fazendo uma campanha extraordinária. É evidente que o ser humano é extremamente insatisfeito, dentro do contexto de quanto mais ganha, mais quer ganhar. E, eu entendo o torcedor, pois utiliza mais sua emoção de querer ganhar todos os jogos, mas garanto que não quer ganhar mais do que eu, mais que a equipe. Porém, nós temos de notar que não jogamos sozinho, há um adversário. Se nós formos analisar o Góias, um rival o qual acaba de ganhar do São Paulo campeão da Copa do Brasil, clube esse que se sobressaiu ao Grêmio em 3 a 0. O adversário empatou com o Botafogo, além de empatar com o Corinthians. Ou seja, algo evidente na segunda etapa foi que nós amassamos o adversário. Algumas vezes vamos ganhar, outras vezes nem tanto. Porém, acho que as pessoas devem ter uma cautela, pois devem perceber quem nós somos. Então, é evidente que o grau de exigência para nós é alto. Grau esse que é sempre nosso, exigimos muito de nós mesmos.
Ganhar ou perder não tem relação com jogar dentro ou fora de casa. Já mostramos que somos capazes de ganhar como mandante e visitante. Portanto, é um campeonato extremamente desafiante e acho que nós temos que os preparar (os jogadores) da melhor forma para o embate seguinte (contra o Corinthians) nessa próxima quarta-feira, contra uma excelente equipe, a qual é recheada de bons jogadores e as pessoas estão pensando unicamente é em ganharmos, amassarmos o adversário. Contudo, isso é bom, visto que é um sinal transmitido para fora, um sinal de esperança, sentimento esse pedido por nós. Primeiro o apoio e em seguida um sentimento de cautela, além de racionalidade, porque não somos super-homens. Logo, queremos ganhar, queremos cada vez mais colocar o nome do Cuiabá na lista dos participantes da Série A de 2024. Ainda, representamos mais do que uma cidade, representamos um estado – afirmou o técnico do Dourado.
A equipe Auriverde entra em campo na próxima quarta-feira (25), às 21:30, em confronto contra o Corinthians. O Cuiabá recebe na Arena Pantanal outro adversário direto na briga pela permanência no Campeonato Brasileiro. O clube Paulista se encontra à 3 pontos da Zona de Rebaixamento, na 15° posição, enquanto o Dourado figura à 7 pontos do Z-4, na 11° colocação com 37 pontos conquistados.
+ Para ficar por dentro de tudo que acontece no Campeonato Brasileiro Série A, siga o Esporte News Mundo no Instagram, Twitter, e Facebook.
