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Vale pede penhora milionária nas contas do Botafogo em cobrança de dívida de 1993

Nilton Santos, estádio do Botafogo (Foto: David Nascimento/Esporte News Mundo)
Nilton Santos (Foto: David Nascimento/Esporte News Mundo)

Após em outubro, conforme o Esporte News Mundo antecipou, a desembargadora Teresa de Andrade, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), ter negado recurso do Botafogo, a empresa Vale, agora, voltou a pedir penhora milionária nas contas do Alvinegro. A dívida é no valor atualizado de R$ 3.110.882,56, pendente de pagamento desde 1993.

“Cabe mencionar que, muito embora o BOTAFOGO tenha interposto agravo de instrumento (…), ainda pendente de julgamento, a 6ª Câmara Cível este E. Tribunal deixou de lhe atribuir efeito suspensivo. Logo, não há qualquer óbice ao prosseguimento desta execução, devendo ser acolhida e efetivada a penhora on line nas contas bancárias do BOTAFOGO, em consonância com o art. 523, § 3º, do CPC”, argumentou a Vale em juízo.

O juiz Eric Scapim Cunha Brandão, da 28ª Vara Cível do TJRJ, ainda não se manifestou sobre este novo pedido da Vale. Em 1993, o Botafogo celebrou dois contratos com a Vale, então chamada de Companhia Vale do Rio Doce. O primeiro era relacionado a débitos do clube, quitados pela Vale, junto ao Município do Rio de Janeiro. A outra foi por troca e reformas da sede social do Alvinegro, envolvendo, neste caso, o “Terreno do Mourisco”.

Em 1996, contratos de confissão de dívidas foram assinados entre as partes, mas os mesmos não foram cumpridos em seu pagamento. Fazendo, assim, que em 1997 a Vale entrasse com processos no TJRJ contra o Botafogo devido a estes descumprimentos. Nos valores da época, as dívidas eram de R$ 634.321,38 e R$ 321.582,35.

Após este tempo, ao longo dos anos, as ações se arrastaram judicialmente, até que em 2010 Vale e Botafogo chegaram a um acordo. Nele, ficou estabelecido que o valor da dívida seria pago pelo clube para a empresa mediante cessão do uso de uma área do Nilton Santos por 74 meses – de maneira ininterrupta.

No período, a Vale desenvolveria no local o projeto “Estação Conhecimento”, mas a interdição do estádio em 2013 fez com que o desenvolvimento do projeto fosse interrompido por ter áreas acordadas interditadas. E como esta situação não estava prevista em contrato do acordo com o Botafogo , a Vale reativou a execução da dívida originada em 1993, com valores atualizados e proporcionais.

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