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VCT Emea: Favoritos, coadjuvantes e o que esperar da liga

Fnatic EMEA
Photo by Colin Young-Wolff/Riot Games

O VCT EMEA começa nesta segunda-feira, 27, marcando a nova era do cenário competitivo do Valorant na Europa. Com 10 equipes, a liga promete ser equilibrada e tem alguns favoritos, incluindo, a Fnatic, campeã do VCT LOCK//IN diante da LOUD.

Pensando nisso, o Esporte News Mundo analisou as participações das equipes no principal torneio de pré-temporada e listou aquelas que brigarão pelo título do EMEA, outras que não são favoritas, mas incomodarão e times que dificilmente brigarão pelas finais.

Candidatos ao título

Fnatic – Campeão do VCT LOCK//IN, a equipe surpreendeu todo mundo com muito talento e um time extremamente organizado, técnico e tático. Chegou até a grande final sem perder um mapa sequer e chegou a quase levar a virada para a LOUD, mas soube ter calma e resiliência para virar um 11 a 3 no quinto mapa para vencer a competição.

A estreia diante da Sentinels foi a primeira prova do “vilão” dada na caminhada do Lock//IN. Com Sacy e Pancada estreando diante do público brasileiro, a equipe estadunidense mostrou desorganização, algo muito aproveitado pela Fnatic. Sempre buscando informação, se antecipando e com muita calma, os europeus já mandaram embora uma das equipes com maior expectativa.

Contra a FURIA, a Fnatic dominou o primeiro tempo, sofreu no segundo e teve que ganhar na prorrogação depois de estar perdendo na Haven. A Ascent ainda parecia que escaparia no começo do primeiro tempo, voltou para as mãos dos europeus e os brasileiros ainda chegaram a empatar no segundo tempo, mas o coletivo funcionou quando Derke não brilhou. No caminho, a 100Thieves foi o adversário seguinte e sofreu logo um stomp em seu mapa de escolha: 13 a 1 na Fracture. A Icebox quase foi uma repetição – depois de abrir 10 a 2, mas os norte-americanos cresceram, ainda chegaram a brigar e acabaram derrotados por 13 a 10.

Um 3 a 0 seco na NAVI e um 3 a 2 na LOUD apenas comprovaram a força europeia. É um time forte, que luta para fazer Derke brilhar e quando isso não acontece é a vez do coletivo assumir a força. Apesar do “Derke time” se predominante, o quinteto estar presente e funcionando é muito melhor para tornar a força quase imparável.

NAVI – Semifinalista do VCT LOCK//IN, a NAVI certamente é uma das grandes favoritas ao título. Mesmo depois de uma queda dura por 3 a 0 na competição, a equipe reuniu alguns dos principais nomes do cenário europeu e aposta em juventude e experiência para brigar pelo título da liga do EMEA.

Dominante contra a KRU, passeio diante da Team Secret e melhor do que a Leviatán. Exceto o jogo contra a Fnatic, a NAVI deu todas as credenciais de um time coeso, forte e muito talentoso. Todos os jogadores brilharam em vários momentos, demonstraram organização e comprovaram que o tático funcionou muito bem.

No primeiro mapa, a NAVI atropelou a KRU no ataque e controlou o jogo para fechar a Ascent. Na Lotus, o ataque favoreceu os sul-americanos, mas a virada de lados bastou para que os europeus avançassem na série com show de Zyppan e Ange1. Diante a Team Secret foi a vez de Shao e Cned serem superiores, anularem os rivais e roubarem o primeiro mapa. Na Pearl, a defesa chamou a atenção com muito domínio e controle de espaço para avançar na semi da Ômega. No último jogo da chave, o primeiro desafio mais forte só teve “um” mapa. Em mais uma Ascent, a NAVI teve o time todo muito bem em um duelo decidido no detalhe. O problema é que a Fracture só foi de um time. Com 11 a 1 no ataque, o jogo encaminhou e fechou a série.

O grande problema foi contra a Fnatic. Com um time que soube jogar e anulou as tentativas, a NAVI teve problemas em improvisar, sair do comum e sucumbiu num 3 a 0. Uma Haven equilibrada, um atropelo na Lotus (seu mapa de escolha) e uma Fracture novamente difícil, mas que pendeu para o time que futuramente seria campeão do torneio.

Podem incomodar

Karmine Corp – Dono de uma das maiores torcidas europeias, a Karmine Corp chegou ao VCT LOCK//IN com muita expectativa. Na estreia, teve problemas contra a FPX e tentou bater de frente contra a LOUD. Apesar da queda, mostrou qualidade e pode incomodar sendo candidato aos playoffs.

Jogou bem a Lotus, principalmente, no ataque para garantir o mapa, perdeu no TR forte da FPX no mapa europeu e voltou a vencer na defesa superior na Pearl. Contra o time brasileiro, a Karmine Corp fez dois bons mapas, mas enfrentou um time melhor e que teve no ataque a grande força para anular os franceses. Jogadores como Newzera e Scream são os grandes nomes e causam estragos se engatarem ritmo no jogo.

Giants – No primeiro dia do evento, a equipe deu o seu cartão de visita com muita superioridade diante da DFM. Nos dois jogos realizados, a Giants apresentou muita qualidade individual, se expõe muito no ataque e consegue ter boas leituras na defesa. Apesar de erros em tomadas de decisões, certamente é um time que causará impacto.

F1tino e Cloud são destaques individuais em um coletivo que pode fazer a diferença. Teve vitória tranquila contra a DFM, roubou o mapa da NRG, mas foi completamente atropelado pelos estadunidenses.

FUT Esports – Diretamente da Turquia, a FUT pode ser uma pedra no sapato para muitos times. Depois de atropelar no mapa da Rex Regum, o time bateu a equipe da Indonesia com bons rounds de CT e um ataque imponente. Tem falhas no time, mas algumas virtudes que podem ajudar a se destacar contra equipe do mesmo nível.

Diante da 100Thieves, levou o primeiro mapa e ficou próximo de avançar, mas bobeou e sofreu a virada na série. Tem em Qw1 e Qraxs como destaques e nomes para ficarem de olho tanto em tático como técnico.

BBL – Apesar da queda na estreia, a equipe turca tem coisas para se aproveitar. Uma delas é o Qutioner X, responsável pelo um dos únicos picks de Yoru em todo VCT LOCK//IN. No entanto, o time apresenta muitos problemas de leitura, resolução de clutchs e posicionamentos. Pode incomodar fazendo o mínimo, mas precisa entender melhor suas ações.

O próprio jogo contra a DRX expôs isso. A Pearl foi um grande atropelo com dificuldades em leitura de bombs e pós-plants, a Ascent teve um início promissor, mas que rapidamente foi lido pelo sul-coreanos no ataque. Mesmo com a vitória como CT em seu mapa, a ida para Haven voltou a apresentar um time muito frágil e que ficou extremamente desconfortável quando não conseguia dominar o mapa.

KOI – Apesar da queda logo na estreia, a KOI mostrou muita qualidade diante da NRG. Com um jogo lento no ataque, mas sem tanta pressão na defesa, o time europeu mostrou muita qualidade e fez um jogo duro contra a NRG, que poderia ter terminado de outra forma. No entanto, erros individuais e demora para entender alguns rounds puniram o time.

Na Icebox, mapa do rival, a KOI chegou a abrir 8 a 1 e deu indícios de que aprontaria para cima da NRG, mas sucumbiu aos poucos com um CT sem tanta contestação. A Haven foi uma repetição com a defesa muito falha, um ataque pouco explosivo e que apresentou problemas para entender e sentir o jogo.

Incógnitas

Team Heretics – Com poucas atuações aproveitáveis, a Heretics é um time que foi difícil de acompanhar na estreia. Desorganizado, com problemas de leituras e que teve lapsos de um time regular. Dentro do jogo contra a EG, o time não soube aproveitar vantagens e penou em algumas escolhas de agentes, que puniu o time para ter mais opções para levar a série.

Team Liquid – Expectativa e decepção. A Liquid apresentou muitos problemas e foi muito aquém do que esperava-se. Com Nats sendo o principal destaque, a equipe viu a Secret dominar completar o primeiro tempo na Icebox e Fracture como CT e o time falhar em tentar alternativas para responder. O principal problema, claro, passa pelo coletivo, que pareceu se desentender e estar confuso com o que deveria jogar. Lances bobos e individuais de clutchs sempre favoreceram o time filipino.

Team Vitality – Mesmo vencendo uma partida, a Vitality teve problemas bem graves para estar na categoria anterior. Diante de adversários mais fracos, sofreu em decisões, clutchs e conta com o talento individual para tentar um respiro. Venceu facilmente a Split, perdeu na Icebox com um coletivo sem brilho e precisou da Lotus para vencer a Global Esports.

Contra a Leviatán teve a chance de vencer no mapa rival, mas errou e permitiu que os sul-americanos vencessem e encaixassem um ritmo alucinante na Pearl para vencer de novo. É um time novo e que demandará tempo para de fato mostrar sinais positivos para brigar por coisas maiores.

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