Flamengo

Vice do Flamengo, Marcos Braz sobre a briga em shopping: ‘Ele me ameaçou de morte’

Foto: Reprodução/FLATV

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, deu sua versão sobre a briga que se envolveu com o entregador Leandro Campos, na última terça-feira

Foto: Reprodução/FLATV

O vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, deu sua versão sobre a briga que se envolveu com o entregador Leandro Campos, na última terça-feira (19), em um shopping na Zona Oeste (RJ). Segundo o dirigente, ele foi ameaçado de morte e xingado ao falar que estava com sua filha.

– Viemos para esclarecer alguns fatos e situações. Reportagens que foram feitas e que não procedem com o fato. Acho que com o tempo, as verdades vêm aparecendo. Eu anteontem (terça) fui no Barra Shopping comprar um presente para a minha filha. Minha filha fazia 15 anos no dia seguinte. Minha filha não mora comigo, mora com a mãe. Ela chegou ao shopping com a mãe, e eu cheguei depois. Parei para tomar um café e falei rápido com minha filha.

– Imagine ela com 14 anos e mais duas amigas, e eu fui para uma determinada loja para comprar um presente para ela. Quando eu estava dentro da loja, conversando com a vendedora no fundo da loja, dois ou três homens e mais algumas pessoas no fundo começaram a questionar, começaram a fazer cobranças, e aconteceram vários eventos. Nesse momento, que durou alguns minutos, não abri a minha boca. Não falei absolutamente nada. Todas as cobranças e algumas ameaças, eu não abri a minha boca. Por quê? Tinha um casal com um recém-nascido. Tudo que estou falando aqui vai estar nas imagens.

– Volto para a loja, e duas ou três pessoas filmando. Eles fizeram de tudo, e eu não abri a minha boca. Eles foram embora. Continuei lá. Falei: “Segue aí”. Uma de pessoa de outro time falou: “Braz, é isso mesmo que vocês passam?”. Disse: “É isso mesmo”. A esposa dele estava nervosa. Minha filha chega junto com duas amigas, e eu ainda comentei com a pessoa ao lado: “Graças a Deus não estavam aqui”.

– Minha filha me beija, me abraça, eu brinco com ela, e ela vê o pingente que ela quer. Posteriormente, ela decide o que queria e diz: “Pai, vou ver o que quero na vitrine”. Elas ficam em frente à loja um pouquinho à direita. E aí chega o rapaz que deu problema. Ele chega e começa as ameaças. Dessa vez de maneira diferente. Tanto que nas gravações que esses dois ou três fizeram não aparece eu falando da minha filha ou discutindo com eles. Para esse rapaz, e minha filha estava ao lado (também vai aparecer nas filmagens). Outros irresponsáveis de grandes canais falando que eu estava com segurança…

– Mas vou voltar ao que me interessa. Aí vem o cara, e eu falo: “Minha filha está aqui do lado”. E ele falando, falando, falando. A filha via o pai sendo ameaçado de morte, fui na direção dele e falei sistematicamente que a minha filha estava ali.

– A última frase: “Foda-se a sua filha”. O final vocês viram. Eu tenho o problema lá. Os fatos foram postados rapidamente. Parece que fizeram a conta: 40 segundas. Preciso abordar o tema.

– Eu saio passando a mão no nariz e saio procurando a minha filha. Qual foi meu cálculo rápido? Eu não vou para o meu carro porque não tenho segurança e ele não estava perto. Por eu não estar com segurança e por o Flamengo não me dar segurança, eu volto para a loja.

– Antes de eu subir para o mezanino da loja, já estava viralizada. Fiz um comentário para o cara da loja: “Se a gente tivesse entrado na porrada e você tivesse algum problema, eles já estavam longe”. Como o final não foi muito bom como o rapaz achava que ia ser, eu preferi não sair porque eles iam chamar mais gente.

– Iam chamar mais na internet. Eu chego, fico dentro da loja, e chegam dois policiais militares e perguntam como eu estava. Eles dizem que eu tinha de ir para a delegacia. “Está explodido na internet, e a gente foi acionado”. Perguntou se eu queria ir para o hospital, mas eu tive um cortezinho.

– Fui para a delegacia e lá eu prestei os esclarecimentos. Deixei claro na delegacia as ameaças de morte. Claras as ameaças junto à minha filha. Fui ao IML (Instituto Médico Legal) e fui para casa para tocar a vida de novo.

– Queria deixar claro que quando eu aceitei o cargo de vice-presidente do Flamengo, até por ser criado dentro da Gávea e desse ambiente, eu tinha noção clara do que é ser VP de futebol. Eu sei da pressão, dos questionamentos e das situações políticas. Sei que os resultados às vezes não vêm, os resultados esportivos não vêm. E os jornalistas que passaram esses cinco anos aí podem falar tudo de mim, mas acho que são testemunhas fortes de que jamais tive problema com torcedor, jamais fiz banana para o torcedor. Eu convivo bem com essa pressão. Às vezes a pressão é acima do tom, mas eu estou acostumado com isso.

– Quando digo que estou acostumado, é porque estou acostumado com o questionamento. Há críticas positivas que você tira do contexto. O evento que teve no shopping nada tem a ver com pressão ou questionamento esportivo. Nada tem a ver com contratar bem ou não.

– Vocês têm que acreditar de mim. Eu fui ameaçado e ameaçado de morte ao lado da minha. Eu sou preparado para estar no cargo. Para isso, eu não me preparei, talvez eu tenha tido uma atitude diferente. Para ser ameaçado do lado da minha filha e ela sendo ameaçada também verbalmente, in loco, é diferente também.

– Não estou diminuindo a gravidade. Uma coisa é ser ameaçado de internet, outra coisa é um maluco com cara de transtornado falando que vai te matar e dizendo que a cobrança será diferente se os resultados de domingo não forem positivos.

– Peço desculpas pelo transtorno que causei. Peço desculpas a pares da diretoria e à torcida do Flamengo. Peço desculpas por não ter me preparado para ser ameaçado por torcida na frente da minha filha. Tenho três jornalistas que me batem bem porque eu estou acostumado. Não posso ter situação sistêmica ao lado da minha filha.

Leia Mais:

+ VP Jurídico do Flamengo diz que Marcos Braz é ‘vítima’ de caso no shopping

+ Torcedor diz que foi mordido na virilha por Marcos Braz, vice de futebol do Flamengo

+ Vídeo de briga de Marcos Braz com torcedor viraliza no elenco do Flamengo

Você agrediu o torcedor?

– Já falei que fui ameaçado de morte, minha filha estava próxima. Eles fez várias ameaças, eu sistematicamente pedi que ele parasse porque minha filha estava lá. Vê se tem áudio meu pedindo aos outros pararem. Eu não estou entendendo sua pergunta, campeão. Tinham três pessoas me xingando, e eu estou falando que não fiz absolutamente nada enquanto não houve ameaça de morte e quando minha filha não estava ao lado.

– Sistematicamente eu falei para ele: “Não me ameaça, estou do lado da minha filha”. Falei uma, duas vezes. Ele não fala com a verdade quando diz que não me ameaçou. Cheguei perto dele e deu o problema que deu.

Premeditação

– Vá à internet. É sistêmica a premeditação. O vídeo foi postado 30 ou 40 segundos depois do negócio. Lógico que todo mundo tem um celular, mas o próprio primeiro vídeo em que falei que cobraram e fizeram um monte de situações eu não retruco. Esse vídeo está postado. Eu não preciso falar que estava premeditado, estava na internet três dias antes.

– Agora existe delegacia, existe poder público. Não é com Marcos Braz, é com o poder público. Todo mundo sabe que tinha premeditação. Talvez que me alcaguetou não viu que eu estava com a minha filha não tivesse pensado. Ou de repente pensou. Isso foi covardia, mas eu não vou ajoelhar. Não sou valente e nem nada, mas não vou me ajoelhar. Sou vítima, mas vou até o final dessa história. Eu estando no Flamengo ou no cargo, sendo vereador ou assumindo cargo de deputado federal. Isso aqui não tem fim.

– A Justiça pode entender que não teve ameaça e que sou louco. Eu vou respeitar qualquer decisão da Justiça.

Presença na câmara

– Terças e quintas, de 13h30 às 16h, você dá presença virtual para entrar no sistema. Eu posso falar, eu posso ouvir. Eu tenho conhecimento das pautas. Quando chega 16h, se você não botar o dedo dentro da câmera, você toma falta e é descontado do salário. Fizeram a matéria e esqueceram de dar detalhes. Eu tomei a falta, eu não fiz nenhuma ilegalidade. Eu vou ser descontado.

Você chegou a cogitar sair do cargo?

– Em nenhum momento.

Conversou com Rodolfo Landim?

– Relatei ao meu chefe direto o ocorrido. Imagine meu chefe direto com agenda em Brasília, em lugares importantíssimos e em lugares que são um canhão com gente falando que fui para cima de um torcedor com vários seguranças. E em outros lugares que eu não estava com a minha filha e que a minha filha não estava no shopping. E eu tive que relatar ao meu presidente.

Clique para comentar

Comente esta reportagem

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

As últimas

Para o Topo