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Volta Redonda vai à Justiça tentar a anulação do jogo contra o Paysandu

Foto: Divulgação/Volta Redonda

Clube protesta contra a decisão polêmica do árbitro Wilton Pereira Sampaio de autorizar a substituição de um jogador expulso

Foto: Divulgação/Volta Redonda

A diretoria do Volta Redonda anunciou nesta terça-feira, entrará com recurso junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e solicitará ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a impugnação da partida decisiva contra o Paysandu, no estádio Raulino de Oliveira, pela 6ª Rodada do quadrangular final do Campeonato Brasileiro Série C. A diretoria alega erro de direito. Mesmo vencendo por 1 a 0, o Voltaço não conseguiu o acesso à Série C em 2024.

O clube alega que o meia Robinho, do Paysandu, havia sido expulso fora de campo pelo arbitro Wilton Pereira Sampaio por motivo de “cera”, ou seja, por retardar o jogo em sua substituição. O Voltaço alega que o time adversário continuou com 11 jogadores em campo, por boa parte da partida.

O caso

Aos 12 minutos do segundo tempo, o árbitro Wilton Pereira Sampaio sinalizou a expulsão do meia Robinho, camisa 20. O jogador já havia cruzado a linha lateral e saído de campo, mas a expulsão aconteceu por “retardar excessivamente sua saída de campo”.

Depois de muita confusão, Wilton Pereira Sampaio confirmou que o substituto de Robinho estaria autorizado a permanecer em campo, o que gerou muita reclamação por parte do Volta Redonda. O time fluminense venceu o jogo por 1 a 0, mas o acesso ficou com o Paysandu, pois o Tricolor precisava da vitória por dois gols de diferença ou mais.

 A nota oficial do Volta Redonda

“O Volta Redonda Futebol Clube, inconformado com mais uma desastrosa atuação do Sr. Wilton Pereira Sampaio no jogo decisivo contra o Paysandu, pela 6ª rodada da fase final da Série C do Campeonato Brasileiro, vem prestar os seguintes esclarecimentos:

O Clube comunica que irá apresentar uma queixa formal à Confederação Brasileira de Futebol e solicitará, ainda hoje, ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva, a impugnação da partida por um erro de direito, que fez com que o Paysandu jogasse grande parte do segundo tempo com um jogador a mais em campo, haja vista a conduta que originou a expulsão do atleta adversário ter acontecido com o jogador ainda dentro do campo de jogo.

A conduta narrada na súmula de “retardar excessivamente sua saída de campo” aconteceu, por deduções óbvias, com o atleta ainda dentro de campo, obrigando uma punição imediata, antes de qualquer possibilidade de manobra de substituição, sob pena de caracterização de um claro erro de direito.

Tal atitude grotesca de permitir ao adversário continuar com 11 jogadores no campo de jogo por mais de 40 minutos, por uma conduta praticada com o atleta em campo, se torna extremamente relevante para o resultado final da partida.

De se lamentar ainda o oportunismo e desfaçatez no preenchimento da súmula, colocando que o atleta foi expulso um minuto após a sua substituição, quando na verdade não se passaram nem três segundos da saída do jogador do campo. O que aconteceu em três segundos que deu tempo de gerar tumulto e o árbitro tirar um cartão vermelho? É humanamente impossível isso acontecer em três segundos, tendo sido uma manobra sórdida para tentar justificar o injustificável.

Por fim, acreditamos muito no jogo limpo e no resultado conquistado dentro das quatro linhas, porém as regras básicas precisam ser respeitadas por questões de equidade, lisura e para que o resultado final seja obtido de forma que atenda todas as regras do jogo. Se você tiver que jogar com 10 jogadores e continuar jogando com 11 atletas por mais de 40 minutos, essas regras não foram respeitadas e é justamente corrigir isso que o Volta Redonda irá buscar.”

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