A polêmica votação da reforma do estatuto do São Paulo teve sua apuração divulgada na tarde desta sexta-feira, 17 de dezembro. Foram 14 pautas aprovadas e dez reprovadas. Os itens aprovados ainda terão que passar pelo crivo dos sócios, antes de serem efetivados.
Após protesto de torcedores no estádio e nas redes sociais, o clube decidiu por uma votação online e uma reunião fechada. Os participantes tinham até às 17h desta sexta-feira para exercerem o seu poder de voto e decidirem contra ou a favor os itens colocados para discussão.
A pressão popular surtiu efeito no ambiente são-paulino, além da escolha do formato da reunião, houve também uma mudança no formato da votação. Anteriormente, as reformas seriam votadas de uma única vez, ou seja, aprovava ou reprovava todos os itens. No entanto, após pressão de opositores e torcedores, a direção decidiu votar as sugestões separadamente.
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Entre os mais importantes assuntos estava a possibilidade de reeleição do presidente e extensão do mandato dos conselheiros, de três para seis anos no cargo. Na pauta seis, o São Paulo aumentou o mandato no conselho deliberativo por 132 votos a favor, 83 contra e 16 abstenções. Já a possibilidade reeleição do presidente do conselho e do presidente da diretoria, por uma única vez, teve aprovação de 146 votantes, 83 contra e apenas duas abstenções.
O conselho também aprovou a suspensão preventiva de membros do clube, com 138 votos a favor, 91 contra e apenas duas abstenções. A proposta adicionou a suspensão preventiva entre as penalidades aplicáveis, acrescentando que ela pode ser aplicada pelo presidente do conselho deliberativo, da comissão disciplinar ou o diretor-geral social. A pena pode ser imposta ao associado ou conselheiro que tenha fundados indícios de autoria ou participação em prática disciplinar de natureza grave, que exija a medida para reestabelecimento da harmonia social, segundo o texto aprovado.
Outro item importante que passou pela votação foi sobre a aprovação de contratos celebrados pelo clube. No texto antigo, todos os contratos com o valor de pelo menos cinco mil contribuições associativas precisavam passar por aprovação e todos os contratos que ultrapassasem o tempo de mandato, independente do valor, também. Com a reforma aprovada, o valor de contratos que necessitam de aprovação dobrou, sendo de dez mil contribuições associativas e os acordos que extrapolem o tempo de mandato da direção, agora serão revisados a partir de três mil contribuições associativas.
Uma das propostas reprovadas foi a diminuição de membros do conselho, que teve 121 votos contra, 90 a favor e 20 abstenções. Ao todo, dez itens foram reprovados pela votação, além da pauta cinco, já citada sobre a diminuição do conselho, também não passaram as pautas 1, 4, 7, 16, 17, 18, 21, 22 e 23.
Esses itens dizem respeito a ouvidoria do clube, eleição da comissão disciplinar, sistema eletivo do conselho fiscal, mudanças no conselho administrativo, indicação de vice, destituição de mandato, entre outros.
Confira a votação completa, divulgada pelo perfil do Conselho Deliberativo do São Paulo no twitter.
Resultado da votação do São Paulo
*Para uma mudança no estatuto ser aprovada, são necessários votos a favor da marioria dos conselheiros.