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Wolff torce por volta de Hamilton em 2022: ‘Espero que continue correndo’
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A temporada da Fórmula 1 em 2021 oficialmente acabou junto aos treinos de pós-temporada em Abu-Dhabi, realizados nos últimos dias. Ainda assim, a Mercedes ainda reflete sobre o que aconteceu nas voltas finais do GP dos Emirados Árabes Unidos, quando Hamilton viu seu oitavo título escapar para Max Verstappen.
Logo após o título mundial do holandês, a equipe alemã entrou com protestos, seguidos de potenciais apelações que levariam a decisão para a Corte Arbitral do Esporte. No entanto, na manhã desta quinta-feira, 16, a Mercedes anunciou que desistiria de todo o processo, parabenizando a Red Bull e Verstappen pelo campeonato.
Mesmo com isso, Toto Wolff, o CEO da equipe na Fórmula 1, se diz completamente ‘desiludido’, assim como o heptacampeão. Para o austríaco, princípios do esporte foram rompidos na decisão em Abu Dhabi e isso vai perdurar para as próximas etapas:
— Lewis e eu estamos desiludidos no momento. Não com o esporte, nós amamos esse esporte com todos os ossos do nosso corpo, e o amamos porque o cronômetro nunca mente. Mas se quebramos o fundamento principal de justiça e autenticidade no esporte, então, de repente, o cronômetro para de ser relevante, porque ficamos expostos para decisões aleatórias, e você perde o amor por isso.
— Então vai demorar para nós digerirmos tudo que aconteceu no domingo. Eu acho que nós nunca vamos superar. Não é possível, e certamente não é para ele como piloto. Eu espero muito que nós dois, e o resto da equipe, trabalhemos pelos eventos, e nós podemos, junto com a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e a Fórmula 1, utilizar a situação para melhorar o esporte no futuro.
Se o resultado do Campeonato de Pilotos da categoria não vai ser revertido, a FIA levou em consideração as reclamações envolvidas na última etapa e, num anúncio desta quinta-feira, divulgou uma proposta do presidente da FIA para o Conselho Mundial do Automobilismo com a promessa de “uma análise detalhada junto a um exercício de esclarecimento para o futuro com todas as partes envolvidas”. De acordo com a própria FIA, esse processo deverá ser positivo não só para a Fórmula 1, quanto para todas as competições da Federação.
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Sobre o retorno de Lewis Hamilton, que tem contrato até 2023 com a Mercedes, Wolff disse não ter segurança que o britânico conseguirá voltar a correr em 2022, e simplesmente torce e espera que sim. Lewis não foi aos treinos pós-temporada (o único junto com Mazepin, que testou positivo para COVID-19), e não comentou sobre a polêmica após a final em Abu Dhabi, sendo mais recentemente condecorado Cavaleiro da Ordem do Império Britânico:
— Numa visão humana, é tão difícil [continuar] porque é tão decepcionante. Você nunca pode perder o contexto mais amplo da vida. Fórmula 1 é só um esporte, coisas muito piores acontecem lá fora e nós não podemos cair na armadilha de pensar que isso é a coisa mais importante no mundo. […] Então eu espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é um dos melhores do todos os tempos. […] Estaremos trabalhando através dos eventos nas próximas semanas e meses, e como um piloto, seu coração precisará falar ‘Eu preciso continuar’ porque ele está no auge do seu ritmo.
Com os eventos controversos do último domingo na Fórmula 1, a Mercedes optou por ‘boicotar’ o evento de premiação da FIA, portanto não enviou os carros campeões da Formula E e da Fórmula 1. A celebração também não terá a presença de Toto Wolff e Lewis Hamilton, mesmo com presença obrigatória e prevista no regulamento para o último. O austríaco comentou que não vai ao evento de gala da Federação por “lealdade a Hamilton e por integridade pessoal”.
Os testes de pré-temporada para 2022 na Fórmula 1 estão previstos para os dias 23 a 25 de fevereiro, em Barcelona, e 11 a 13 de março no Bahrein, mesmo circuito onde começa a temporada oficial no dia 18 de março.