O Clássico-Vovô deste domingo entre Fluminense e Botafogo decidirá um dos finalistas da Taça Rio e o volante Yago Felipe, do Tricolor, comentou sobre a partida neste sábado em entrevista coletiva no CT Cláudio Castilho.
Entre vários assuntos, falou que o técnico Odair Hellmann vem mostrando vídeos do Botafogo e externando os pontos fortes e fracos do Alvinegro. Para ele, a equipe está preparada para vencer:
– O jogo que tivemos contra eles (3×0) foi um jogo muito bom, praticamente impecável, tanto no primeiro como no segundo tempo. Isso nos traz confiança, porém estamos nos enfrentando em outra situação. Agora temos uma semifinal, temos visto bastante vídeos da equipe do Botafogo, que é muito qualificada. Também teve pouco tempo de treinamento. Temos que ter em mente isso. Não é porque ganhamos de 3×0 que vai se repetir. Espero que aconteça, vamos trabalhar para fazer um jogo impecável. Um primeiro tempo excelente, um segundo tempo equilibrado. Mas o Odair tem passado os pontos fortes dele, para que não venhamos a ser pegos de surpresa e tenho certeza que estamos preparados – afirmou.
Para Yago, o jejum de gols do Fluminense (dois jogos sem marcar) incomoda e o elenco está ciente de que precisa melhorar.
– Sem dúvida incomoda. Antes da parada a gente tinha o melhor ataque do Brasil. Nesses últimos dois jogos depois da parada, infelizmente, não fizemos que fazíamos de melhor: os gols. Mas temos nos cobrado, sim. Temos conversado bastante – disse.
Confira todos os pontos da entrevista de Yago Felipe:
Como se faz para preparar o time?
– A gente já sabia da dificuldade que iríamos enfrentar. Pelo fato de passarmos tanto tempo longe dos gramados, treinando somente de forma virtual e poucas sessões de treino e voltar assim já para jogar, a gente encontrou, e foi vísivel, dificuldade nesses dois jogos. Porém, temos uma semifinal amanhã importantíssima para nós. Jogo grande, importante. Então temos que ter a consciência, colocar as dificuldades de lado, para conquistar o nosso proposito aqui nesse campeonato para que a gente possa chegar na final entao temos que fazer um grande jogo. Temos a vantagem sim, mas temos que jogar de uma forma segura para que a gente possa sair vencedor.
Ganso e Nenê
– Dois grandes jogadores, que têm suas características. Diferentes, mas meio campo de muita qualidade. Para mim, não muda muito porque os dois têm a mesma qualidade. Quem jogar ali nosso meio campo está bem servido, temos que fazer o melhor para que eles possam fazer o melhor deles e ajudar a nossa equipe.
Como trabalhar com tanta informação?
– Como eu falei, o Autuori deu essa declaração porque ele tem bom senso. Claro que estamos na mesma linha de raciocínio, porém temos uma semifinal. Claro que não era o nosso desejo ter voltado tão rápido, mas já que voltamos, amanhã temos um jogo importante, como também é importante para o Autuori e o Botafogo. Então creio que vamos fazer nosso melhor. Nossa equipe vai entrar mais preparada para que saia um jogo bom. E tenho certeza que será.
Janela grande até a volta das competições
– As duas competições mais importantes para nós, o Brasileiro e a Copa do Brasil, sem dúvida nosso elenco está preparado para que a gente possa fazer tanto uma grande campanha no Brasileirão como na Copa do Brasil. Mas o pensamento agora é o Campeonato Carioca. Estamosnuma semifinal da Taça Rio e espero que a gente foque nesses jogos para que depois a gente venha a pensar no Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil, até porque não tem data definida ainda. Então não dá para pensar em algo que não está nem certo. Antes dessa parada estávamos jogando a Copa do Brasil e conversando já sobre nossa campanha no Brasileiro. Nós temos um elenco muito bom e preparado para que toda a competição que o Fluminense entra, ele entra para ganhar.
Pressão dupla?
– O Fluminense sempre vai ter pressão, quando os resultados não vem. O Fluminense defendeu uma situação que era o mínimo, de todos terem bom senso e muito acertada. Nesse sentido nós não trazemos responsabilidade, porque fizemos o certo. Mas a questão de vitórias, gols e resultado, aí sim temos a pressão, e devemos trabalhar cada vez mais para voltar a fazer o que a gente fazia de melhor.
30 mil sócios
– Uma felicidade enorme. Isso reflete muito dentro do campo, sabendo que a torcida está junto da gente. A torcida tem abraçado, ajudado. Muito importante que os torcedores estejam do nosso lado. Vejo com muito alegria e que possa crescer cada vez mais. Espero retribuir essa alegria, essa confiança. Que eles possam estar conosco sempre.
Preparação psicológica e jogo sem torcida
– Claro que temos que ter a consciência de nossa responsabilidade. Muda muita coisa, inclusive a entrevista nossa aqui pelo Zoom. Você olha para a arquibancada e não tem torcida. Eu prefiro mil vezes ter torcida nos apoiando. Isso é prazeroso. Acho que o torcedor quer também, estar lá torcendo e apoiando o seu time. Mas temos que nos ajustar, que nem fazemos aqui para dar entrevista. Por mais que seja difícil, muda todo o protocolo, circunstância totalmente ao contrário do que vivíamos, temos que entender e mudar porque sabemos que vai mudar bastante. Claro que espero que ocorra tudo bem para logo, logo os torcedores estarem de volta dentro do seguro para todos.
Ajustar os contra-ataques cedidos
– Tenho certeza que temos que ajustar essa situação. A gente estava numa crescente, evolução, principalmente ali no meio campo e infelizmente aconteceu tudo isso (pandemia). Paramos bastante tempo. Uma situação que a gente nunca tinha vivido antes e espero nunca viver de novo. Voltamos, pegamos poucas sessões de treinamentos. Fomos para o jogo que aconteceu uma expulsão logo no início então mudou todo o sistema. E no segundo jogo, contra o Macaé, essa questão da gente querer fazer gol, a gente acaba deixando espaço às vezes, então temos que ter o equilíbrio. Saber que algumas coisas são justificadas, porém temos que trabalhar para melhorar cada vez mais. O Odair tem trabalhado bastante para ajustar isso e vamos ajustar para buscar a vitória.