Na coletiva de imprensa após a vitória do Vasco por 1 a 0 sobre o CSA, que deixou a equipe sendo a única invicta da Série B e a fez pular para quinta posição, com 10 pontos, o técnico Zé Ricardo valorizou o resultado e pregou paciência para os torcedores. Segundo o treinador, quem vai subir é quem mantiver a regularidade durante toda competição.
– A gente quando perde ou não ganha, não somos os piores. E quando vence, não somos os melhores. Estamos aprendendo dentro do processo, não podemos subir na terceira ou quarta rodada. A gente está trabalhando muito, o que me dá tranquilidade é de ter o controle é o dia a dia. Quando eu perceber que está fora de controle, ninguém precisa me dizer, eu vou detectar isso – ponderou o técnico.
Zé Ricardo ressaltou a importância do placar contra o CSA, equipe “cascuda” que tem bons nomes. Apesar de ter apenas 06 pontos na competição, tem jogadores experientes e um técnico vencedor, elogiou o treinador.
– A gente queria muito essa vitória, enfrentamos uma equipe muito forte, certamente vai brigar parte de cima. Tem uma comissão técnica já experiente, Mozart é um treinador que vem demonstrando trabalhos consistentes. Jogadores experientes, conhecem bem a Segunda Divisão. Alguns jogadores já trabalhei, outros que gostaria de ter trabalhado. A gente estudou bem o adversário, sabia que tinha que fazer uma boa partida e se doar ao máximo – afirmou o treinador.
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As entradas de Palacios, Juninho e Figueiredo mudaram a partida a favor do Vasco, que fez um primeiro tempo discreto. Zé explicou por que começou com Getúlio e por que sacou Nenê para dar lugar ao chileno, a quem aproveitou para elogiar bastante.
– O CSA é um bom adversário, tem uma equipe que trabalha bem os cruzamentos. A ideia do Getúlio de início foi para que a gente pudesse fortalecer a nossa bola aérea, para se projetar nas costas do Diego Renan. Poderia levar vantagem por ali. Ele começou bem a partida, depois de um ou dois erros perdeu um pouquinho a concentração. Ele tentou fazer o jogo de uma forma mais ansiosa. Depois desse momento perdemos o controle do primeiro tempo. É uma equipe difícil de ser batida, com bons jogadores, bem trabalhada. O que eu pedi no intervalo foi para que a gente não entrasse nas críticas de fora, deixassem isso comigo. E que a gente focasse na estratégia, por isso trabalhamos as substituições para crescer. Juninho entrou bem, Palacios, como todos sabem, está recondicionando e Figueiredo queria guardar para o segundo tempo. É um jogador muito potente. Jogo pensado, como todos jogos são. Estratégia às vezes dá certo, Às vezes não. Mas a equipe perseverou.
CARLOS PALACIOS
– Está em processo de recondicionamento, chegou um pouco acima do peso. Todos os funcionários do CT trabalham bastante com os jogadores e é isso que a gente está fazendo. Temos cuidado para não sofrer lesão. Hoje eu pretendia colocar ele um pouco antes, mas senti o Nenê bem na partida. Entendemos a entrada do Juninho porque podia dar corpo no meio de campo. Quando Andrey tomou o amarelo não queria der os dois do meio com amarelo. Como dizem no futebol italiano, que acompanha bastante, Palacios é um jogador que tem uma fantasia. Ou seja, um toque diferente. Além de ser muito forte no um contra um. Algumas vezes dentro da partida, nos duelos, ele ganhou, é muito forte. Está crescendo, temos que tirar a pressão dele. É um jogador adquirido pelo Vasco, contrato de três anos. A gente quer que ele faça a transição, o condicionamento dele e o entrosamento com o grupo de forma bem natural – disse Zé Ricardo.
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– Isso não é uma mochila que a gente tem que carregar. O mais importante é a gente mostrar cada rodada que passa o amadurecimento, insistência, perseverança. Momentos ruins acontecem, bons também. Temos que estar preparados para as duas maneiras. É a realidade, a gente tem que entender isso. Entendemos as críticas, sabemos que vão fazer parte. Falo com os atletas que podem deixar em cima da gente, da comissão técnica. Se dependesse de críticas, talvez o Edimar iria fazer um jogo ruim, mas é experiente e fez uma partida fantástica. Além de ajudar o menino Riquelme fora de campo. Tomara que a gente consiga fazer mais uma semana boa, o time tem que ser competitivo, operário, brigar por cada bola.
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