Depois de quase quatro meses de paralisação e GPs cancelados, os motores da Fórmula 1 finalmente serão ligados. Neste final de semana, a Áustria, casa da Red Bull Racing, será o palco da primeira corrida desta temporada atípica.
Por conta da pandemia do novo coronavírus, a temporada da F1, que teria 22 corridas, tem somente oito GPs confirmados até o momento, sendo dois deles na Áustria (um neste final de semana, e outro no próximo), mas a expectativa da organização da Fórmula 1 é de que sejam realizadas entre 15 e 18 etapas, até o final de 2020.
Com uma temporada teoricamente reduzida e em uma situação completamente fora do normal, a surge a possibilidade de surpresas para este campeonato. Lewis Hamilton, atual hexacampeão mundial de pilotos, entra como franco favorito para conquistar o sétimo título, sendo o quarto consecutivo com sua Mercedes. Max Verstappen, da Red Bull, terceiro colocado em 2019, é naturalmente o principal rival de Hamilton, com Charles LeClerc, da Ferrari, correndo por fora junto com Valtteri Bottas, da Mercedes, e vice-campeão em 2019.
PERTO DO RECORDE
Hexacampeão da Fórmula 1, Lewis Hamilton já é um dos maiores pilotos da história da categoria. Caso conquiste o título desta temporada, o inglês vai igualar ninguém menos do que Michael Schumacher como os únicos a vencerem sete títulos mundiais. E como bem aconteceu nas últimas temporadas, Hamilton é o homem a ser batido.
NA SOMBRA DE HAMILTON
Vice-campeão em 2019, Valtteri Bottas quer mais do que ser apenas o segundo piloto da Mercedes. O finlandês tem a chance de finalmente poder se mostrar como um postulante ao título mundial. Apesar de ter vencido quatro GPs na última temporada, Bottas esteve longe de ameaçar o título de Lewis Hamilton e tem 2020 como a última chance de provar que é um candidato a conquistar o Mundial de Pilotos no cockpit da Mercedes.
VERSTAPPEN NA COLA
Na temporada passada, o jovem e arrojado piloto da Red Bull Racing mostrou que tem qualidade para incomodar Lewis Hamilton e quem sabe brigar pelo título mundial de pilotos. Em 2019, Max ficou com o terceiro lugar na classificação geral, mas o que foi mostrado nas pistas foi o amadurecimento e a sede de vitórias (três, em 2019).
Na pré-temporada de 2020, a Red Bull, com o motor Honda, mostrou que tem tudo para bater de frente com a Mercedes. Com um ótimo desempenho, o RB16 parece ter chances de surpreender e, justamente por conta de ser uma temporada atípica, o distanciamento entre as equipes pode não ser tão grande. Além do mais, duas corridas consecutivas na Áustria, onde Max venceu nas duas últimas temporadas, pode ser um fator decisivo para o holandês largar em vantagem no campeonato.
LECLERC POR FORA?
Em sua primeira temporada na Ferrari, em 2019, Charles LeClerc foi uma das grandes surpresas, tanto pelo seu desempenho, quanto pela evolução da Ferrari durante o campeonato, que foram coroadas com três vitórias consecutivas (duas de Charles, uma de Vettel). No entanto, ao que tudo indica, inclusive Mattia Binotto (chefe da equipe), afirmou que a equipe italiana começará como a terceira força, e isso pode complicar as aspirações do jovem monegasco em brigar por um título mundial.
O ADEUS DE VETTEL
Antes mesmo da temporada começar, foi anunciada que esta será a última de Sebastian Vettel pela Ferrari. O alemão será substituído por Carlos Sainz em 2021, e 2020 será sua despedida do macacão vermelho. O tetracampeão mundial vai tentar fazer de seu último rodeio, o mais especial pela equipe italiana e quem sabe, beliscar mais uma vitória.
A MERCEDES ROSA?
Durante a pré-temporada, na Catalunha, a principal polêmica ficou por conta da Racing Point. O RP20, carro que será guiado por Sergio Perez e Lance Stroll, mostrou ser praticamente idêntico ao Mercedes W10, campeão em 2019, e isso pode fazer com que a equipe se destaque como ‘The Best of the Rest’, e incomodar o pelotão da frente (Mercedes, Red Bull e Ferrari).
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