No começo da temporada, com a chegada de Hernán Crespo e o time ainda se recuperando de uma perda dolorosa do título do Brasileirão de 2020, poucos acreditavam no São Paulo, que chegou a ser colocado como 5ª força do estado por diversos programas esportivos, atrás de Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e Corinthians.
Poucos meses depois, o tricolor é o atual campeão do Paulistão e o único dos citados que ainda segue com chances em todas as competições da temporada, rechaçando de vez o rótulo de 5ª força.
Além de ser campeão do estadual em cima do Palmeiras, o torcedor são-paulino viu o Santos cair na primeira fase da Libertadores e do Paulistão e o Corinthians ser eliminado pelo Atlético-GO e o Palmeiras pelo CRB, na Copa do Brasil. O Red Bull Bragantino, colocado em algumas comparações, vai bem na Sul-Americana, mas caiu na Copa do Brasil para o Fluminense.
Com um planejamento que envolve poupar jogadores, o São Paulo teve força máxima no mata mata do estadual, onde fez quatro jogos, venceu três, marcou dez gols e sofreu apenas dois. Depois de uma surpreendente derrota no primeiro jogo da Copa do Brasil, a força máxima apareceu de novo no jogo da volta, aplicando um sonoro 9 a 1 sobre o 4 de Julho, no Morumbi.
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Na Libertadores, o São Paulo perdeu a liderança do grupo para o Racing-ARG, ao utilizar o time reserva no confronto direto com os argentinos, no Morumbi e ser derrotado por 1 a 0.. Coincidentemente, o próprio Racing será adversário do São Paulo nas oitavas de final da competição.
Para o torcedor são-paulino, verdade seja dita, era também um tanto difícil de acreditar que tudo isso aconteceria na nova temporada. Título, classificação, time atuando bem e confiante, situações que pareciam um pouco distantes no horizonte. A perda do Brasileirão deixou uma marca forte, assim como as eliminações para Mirassol, Lanús, entre tantas outras, que antecederam até o trabalho de Fernando Diniz e que colocaram em eterno xeque tudo o que é desenvolvido no Morumbi.
Não só por elenco e nem pela qualidade do treinador ou até do futebol jogado, o que mais preocupava no São Paulo era o fator emocional, ao menos nos debates futebolísticos, tanto de torcedores como de jornalistas em programas esportivos. Situação emocional que parece superada, já que o time conseguiu vencer uma final contra um grande rival, não mostrou desespero ao ver o 4 de Julho abrir o placar com segundos de jogo no Morumbi e muito menos se abateu, quando a Ferroviária diminuiu o placar em um jogo que parecia dominado, nas quartas de final do Paulista.
Não precisa voltar muito no tempo, pra saber que o São Paulo de alguns meses atrás, não teria a mesma inteligência emocional para lidar com essas situações. Sinal de evolução no jogo dentro de campo e também dentro da cabeça, no trabalho psicológico e de autoconfiança da equipe.
Sinais que dizem para o torcedor não se desesperar, com o início ruim de Brasileirão, ao empatar sem gols com o Fluminense, em casa e perder para o Atlético-GO, por 2 a 0, fora. Afinal, a 5ª força do estado, é campeã estadual e ainda disputa muitos títulos na temporada.