Após o empate na Neo Química Arena na noite deste domingo (02), diante do São Paulo, por 2 a 2, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, o técnico do Corinthians, Vagner Mancini, concedeu entrevista coletiva em Itaquera. Pressionado por resultados ruins na Copa Sul-Americana, o comandante alterou o esquema tático do alvinegro e promoveu diversas mudanças na equipe titular, como as entradas dos garotos Raul Gustavo, João Victor e Cauê.
Foi justamente um desses meninos que falhou no lance decisivo do confronto, no último minuto do clássico. O zagueiro João Victor segurou o são-paulino Pablo dentro da área, após cobrança de falta, concedendo um pênalti infantil ao rival. Elogiado nas últimas partidas por boa parte da torcida alvinegra, o defensor de 22 anos obteve apoio do treinador corintiano após a falha.
“Olha, não é fácil digerir um gol no último minuto. O mais importante é a gente ter consciência de que o futebol prega essas peças. Fizemos o segundo gol no final da partida, faltavam dez minutos para o fim. Era importante que a gente se defendesse bem porque o São Paulo ia se jogar à frente. E acabou acontecendo um lance, que nem tenho certeza se a bola iria sobrar para a finalização do Luciano, mas o João acabou segurando”, explicou o lance.
“O João fez uma grande partida, acabou bobeando no último lance, espero que isso sirva de para o crescimento dele, assim como de outros atletas, como Raul e Piton, jovens que vão passar por isso no futebol. Ali, ao meu ver, foi mais um ato de instinto do que segurar o atleta para ele não finalizar, o lance é muito rápido, a decisão em menos de um segundo, e o atleta acaba se afobando, se atrapalhando”, disse Mancini respaldando o zagueiro.
Corinthians competitivo na Neo Química Arena
Após resultado ruim na Copa Sul-Americana, o comandante do Timão precisou alterar boa parte da equipe titular. Haviam muitos rumores de que o clássico poderia definir o futuro de Mancini à frente do time, mesmo com todo o respaldo da diretoria. O próprio treinador afirmou ter gostado da postura dos jogadores diante do Tricolor Paulista.
“O time de hoje foi altamente competitivo, agressivo, marcou bem. Bobeou no gol do São Paulo, naquela bola em que o Miranda apareceu sozinho, bobeou em um ou outro lance que, felizmente, acabaram não resultando no gol. Mas teve muita coisa boa. Teve méritos, melhorou demais na segunda etapa, pressionou. O São Paulo chegou muito pouco ao nosso gol, são fatos que acabam, de certa forma, fazendo com que essa equipe tenha grande responsabilidade de ser mantida”, detalhou.
A principal novidade para o Majestoso foi a formação com três zagueiros: João Victor, Jemerson e Raul Gustavo. Os laterais Fagner e Lucas Piton ganharam mais liberdade e se tornaram alas no novo esquema. O técnico analisou a postura da equipe e elogiou a experiência.
“Não tenha dúvida de que a avaliação é altamente positiva, embora a gente tenha sentido um pouco de dificuldade no início da partida, o que é natural, porque fizemos, além da mudança de esquema, a entrada de alguns atletas. Não é uma tarefa fácil, mas acima de tudo foi uma tarefa bem executada. Essa dificuldade foi importa porque no começo de jogo o São Paulo foi bem agressivo na marcação, e a gente não estava conseguindo uma estabilização que toda equipe precisa em uma mudança de sistema de jogo”, complementou o treinador do Corinthians.
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