E a noite desta quinta-feira foi de mais um desdobramento importante envolvendo a eleição 2020 para presidente do Vasco. Após a Justiça definir como válido o pleito que colocou Jorge Salgado como novo mandatário no dia 14 de novembro, invalidando a votação do dia 7 em que saiu como vencedor, Leven Siano havia na quinta-feira passada dito “aposento da política do clube”, desejando sorte a Salgado, mas anunciou por meio do Instagram, voltando atrás no posicionamento, agora, que não vai desistir do Cruz-Maltino e atacou o opositor.
“Queridos Vascaínos uma Noite Abençoada para todos. Depois de muito refletir declaro que não desistirei de vocês nem do Vasco. Vocês merecem que eu esteja sempre lutando por um clube melhor e campeão, especialmente as crianças e jovens que não tiveram a oportunidade de vivenciar títulos.
No mais tenho a dizer:
1-Não reconheço Jorge Salgado como Presidente do clube, mas como usurpador;
2- Não reconheço a enquete do Mussa do dia 14, repleta de irregularidades, como uma eleição, imagine como eleição válida;
3- Duvido que você Jorge Salgado vença qualquer eleição que eu participe, mesmo com todas as armações de que você mesmo já foi vítima e se tornou algoz.
No mais um Feliz Natal Família Vascaina. Não abaixem a guarda. O clube é nosso e não de meia dúzia de “investidores” que são considerados prioridade em detrimento ao salário de quem trabalha.
Em breve estaremos juntos em uma Live em nosso canal e lá tudo esclareceremos e faremos tremer o solo”, declarou Leven Siano na noite desta véspera de Natal.
Na quinta-feira passada, porém, logo após a decisão da Justiça, Leven Siano havia dado o seguinte posicionamento:
“Sou uma pessoa de palavra, portanto acato o resultado como eu mesmo propus. O Vasco não merece mais indefinição. Que os torcedores compreendam que a decisão de por um ponto final nisso é definitiva e é pelo Vasco. Além disso, descabe recurso para o tribunal superior por decisões em tutela antecipada, de forma que recorrer apenas alimentaria a esperança do torcedor, sem que houvesse uma chance real de reversão. Isso apenas causaria tumulto e mais frustração e meu objetivo foi sempre dar alegria ao torcedor, de forma que eu não vou alimentar esperanças não realizáveis.
O torcedor precisa compreender que não é somente o Vasco que precisa ser corrigido, mas o Brasil. Nem sempre a Justiça é justa, quanto mais no nosso país. Aos Vascaínos fica a mensagem final para reflexão de que o VASCO só voltará a ser realmente forte quando ele puder ser auto-determinado de dentro para fora e não por meio de intervenções externas de poderes paralelos. O Vasco precisa se libertar e essa liberdade só existirá quando seus homens e mulheres puderem cumprir as regras do clube e a elas se submeterem. Um Vasco de fora para dentro será sempre fraco.
Agradeço a todos meus conselheiros, vice-presidentes, executivos e a cada um dos 1.155 votos dados em 7 de novembro. Mais especialmente ainda, agradeço ao carinho dos milhões de torcedores Vascaínos em todo o Brasil que entenderam plenamente minha visão de Vasco sugerida.
É estranho que o clube tenha um Presidente que não me derrotou, mas lhe desejo sorte. Estarei na social ou na arquibancada sempre torcendo com os meus filhos. Neste momento me aposento da política do clube e após um justo descanso natalino, retorno aos meus negócios e clientes com a cabeça erguida. Por fim, peço a todos os torcedores que apoiem sempre o Vasco, seja quem for o Presidente. Obrigado”
Jorge Salgado foi eleito presidente do Vasco para o triênio 2021-2023. Em julgamento realizado na última quinta-feira, a Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), por maioria, rejeitou recursos de Leven Siano e Roberto Monteiro e, com isto, a eleição presencial do dia 7 de novembro que sagrou Leven vencedor foi anulada. Ato contínuo, voltou a valer decisão de primeira instância, que determinou eleição online do Cruz-Maltino no dia 14 de novembro, que terminou com Jorge Salgado vencedor. Cabe recurso contra esta decisão do colegiado de segunda instância – como o acórdão foi publicado durante o recesso, o prazo para recorrer só começa a valer em 2021. Jorge Salgado, caso não haja decisão diferente do Judiciário até lá, toma posse na segunda quinzena de janeiro, substituindo Alexandre Campello.