Novamente, o Mamelodi Sundowns vive uma grande fase. Tanto nas competições nacionais quanto nos torneios internacionais. Engana-se quem pensa que os campeonatos africanos não são competitivos. A crescente evolução do futebol em países como África do Sul, Angola, Marrocos e Egito está atraindo cada vez atletas estrangeiros.
Sendo assim, não seria diferente com o Ricardo Nascimento. Em 2016, o brasileiro chegou no Mamelodi Sundowns e rapidamente ganhou destaque no time sul-africano. Em entrevista exclusiva ao Esporte News Mundo (ENM), Ricardo analisou a boa campanha da equipe no campeonato nacional. Ao todo, o atual líder já conquistou 24 pontos em 10 jogos.
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“Então, apesar da mudança de treinador, estamos fazendo um começo de campeonato excelente. Melhor começo de campeonato depois que eu cheguei aqui em 2016. O Sundowns é sempre favorito. Não tem como negar. É um time grande, muito forte e que sempre entra em qualquer campeonato para brigar pelas conquistas. Ultimamente, estamos conseguindo sair campeões, mas a disputa é muito forte. No último ano, só conseguimos ser líder na última rodada e, como consequência, saímos como campeões. O elenco do Sundowns é muito forte e há muito tempo que jogamos juntos, num trabalho bastante sólido”, disse o zagueiro ao ENM.
Além do Mamelodi, há outros dois clubes sul-africanos que são mundialmente conhecidos, formam grandes clássicos no país e também são adversários bem complicados dentro de campo, são eles: Orlando Pirates e Kaizer Chiefs. Entretanto, esta temporada está sendo algo bem atípico para ambas as equipes. O Pirates está no meio da tabela ocupando a sexta posição e o Chiefs está lutando contra o rebaixamento no 14° lugar. Nascimento comparou as diferenças entre as três principais equipes sul-africanas e dissertou sobre o atual momento dos rivais.
“Esses são os nossos principais rivais. São clubes muito tradicionais e grandes também. Eu penso que o Sundowns conseguiu manter excelentes resultados porque tem uma base muito forte e um time experiente com ótimos jogadores da base. Isso vem dando muitos frutos. O Pirates tem um excelente time, mas os resultados não são tão bons. O Kaizer neste ano não conseguiu contratar, acho que isso prejudicou a equipe deles, mas acho que o que mais pesa e dificulta é a pressão para ser campeão.”
Mesmo sendo considerado um ídolo pelos torcedores e um dos melhores jogadores estrangeiros no país, o atleta ainda não recebeu a oportunidade de tornar-se um cidadão sul-africano e, portanto, defender a seleção do país. Hoje, ele vê essa possibilidade como pouco provável de acontecer.
“Isso é muito legal. A torcida aqui é muito carinhosa. Desde que cheguei ao Mamelodi Sundowns, o clube e os torcedores me acolheram muito bem. Pude entregar e retribuir dentro de campo, conquistar títulos, fazer parte de equipes muito qualificadas. Também trabalhei muito por isso. Acho que tudo é fruto do esforço e da dedicação a esta camisa. Então, agora não penso muito nisso. Hoje, tenho 33 anos e talvez isso dificulte um pouco, mas seria uma honra”, falou.
Novamente, o Sundowns está na Liga dos Campeões da CAF e não tem muitos confrontos complicados pela frente. O único adversário difícil nesta fase será o Mazembe (Congo). Isso marca o favoritismo do clube no torneio. Diferente do seu rival Kaizer Chiefs que terá pela frente duelos complicados diante do Casablanca (Marrocos) e Petro de Luanda (Angola).
“A Liga dos Campeões da África é muito difícil. Aqui as viagens são longas e os campos muitas vezes são ruins. Tenho certeza que vai ser difícil a classificação, mas vamos brigar por esse objetivo. Como falei, o Sundowns sempre entra em qualquer competição pensando em vencer. O Sundowns é uns dos favoritos, espero conseguir esse título. Queremos muito voltar para o Mundial de Clubes, acho que os grupos estão muito equilibrados. O grupo do Kaizer, por exemplo, também está bem difícil. É um torneio que reúne os melhores do continente, não é fácil para ninguém ser campeão, mas vamos lutar com todas as forças para alcançar esse título para o clube mais uma vez.”
No Brasil, Ricardo Nascimento teve uma breve passagem pelo Palmeiras em 2009. Na época, o time estava sob comando do Jorginho interinamente até a chegada do Vanderlei Luxemburgo. Atualmente, Ricardo Nascimento vê poucas chances de retornar ao Brasil por conta da sua idade.
“Sei que hoje é quase impossível, mas seria ótimo! Minha passagem pelo Palmeiras foi maravilhosa. Aprendi muito com o treinador Jorginho na época. Queria muito ter jogado mais tempo, mas aprendi demais com ele e com o Palmeiras”, concluiu em entrevista ao ENM.
Neste sábado (16), o Mamelodi Sundowns entrará em campo para disputar mais uma partida do campeonato africano. O jogo que será disputado às 10h (de Brasília) será contra o Supersport United.
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