O nome de Cuca tem ganhado cada vez mais força nos bastidores para ser o novo treinador do Atlético-MG para a temporada 2021. O Galo tem avançado conversas com o treinador após se afastar de acerto com Renato Gaúcho. Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (2), o lateral-direito Mariano disse que aprova a vinda de Cuca, técnico com quem trabalhou junto em 2009 e teve uma arrancada histórica para tirar o Fluminense do rebaixamento para a Série B naquele ano.
— Tive o privilégio de trabalhar com o Cuca em 2009, naquela arrancada histórica com o Fluminense. O Cuca foi o cara que me colocou para jogar. Quando ele chegou no Fluminense eu tinha acabado de chegar, não estava jogando e ele foi o cara que me deu a oportunidade. Se for realmente o Cuca, eu vou ficar bastante feliz, porque ele é um cara que eu tive uma amizade muito boa no Fluminense e depois, sempre desejei o melhor para ele. A nossa expectativa é que se concretize o nosso treinador e esperamos que estejamos preparados, que quando esse treinador chegue, já esteja com o Mineiro bem avançado com o objetivo de ganhar os jogos. Se for o Cuca, particularmente, ficarei bem feliz.
O Atlético-MG já sinalizou dar preferência para treinadores brasileiros para assumir o cargo depois que Sampaoli abandonou o projeto com o clube alvinegro depois de ter uma proposta de um time europeu. Mariano já trabalhou com técnicos estrangeiros e do Brasil, tanto na Europa quanto nas terras brasileiras e, para ele, não há preferência. Porém, o lateral-direito citou dois comandantes internacionais que o marcaram mais.
— Independente de ser brasileiro ou estrangeiro, cada treinador tem a sua maneira de trabalhar, tem sua tática, seu esquema de jogo. Dos treinadores que eu trabalhei lá fora, coloco dois que foram diferentes: Sampaoli e Unai Emery, de quando estive no Sevilla. Eles têm a mesma característica de jogar para frente, de estar pressionando as equipes praticamente 90 minutos. São características diferentes dos outros treinadores que eu tive. O próprio Sampaoli que tentava o próprio estilo dele, que tentava no Brasil, de ter muitos jogadores na parte alta. E, quanto aos brasileiros, cada um tem sua característica. Por exemplo, o Muricy, com quem fui campeão brasileiro em 2010, quando ele queria um time mais para frente, ele colocava três zagueiros e o restante era para atacar. Então, acho que depende muito do treinador, tem os que colocam três zagueiros e os laterais são para tentar se defender mais, para ter uma linha de cinco e ter uma defesa mais segura. Na minha opinião, mesmo com caraterísticas diferentes entre brasileiros e estrangeiros, acho que depende muito do estilo de trabalho e a equipe que esse treinador tem. Acredito que todo treinador gostaria de vir treinar aqui, pelo projeto grande do Atlético, mas a escolha do treinador cabe a diretoria, não a nós jogadores.
Além disso, Mariano falou sobre como vai ser a adaptação dos jogadores com a mudança de treinador. Inclusive, o próprio lateral-direito pode ter mais oportunidades com essa transição.
— Infelizmente, quando tem a troca, fica uma coisa meio chata. Mas, nesse caso, o Sampaoli teve uma oferta que ele teve que sair. Nós já estávamos adaptados ao estilo de jogo do treinador, mas a gente sabe que tem essas mudanças e a gente está com uma expectativa muito boa do próximo treinador. O que chegar vai fazer o seu melhor, vai fazer seu estilo de trabalho e nós jogadores temos que ficar nos adaptando. Não sei quem vai vir, mas quem vier, é um começo, com treinador novo e jogadores novos e teremos que nos adaptar.
Temporada no Atlético
Mariano chegou ao Atlético-MG em junho do ano passado a pedido de Sampaoli, com quem por um ano trabalhou no Sevilla. No entanto, o lateral-direito teve oito jogos no Brasileirão de 2020, sendo apenas quatro como titular.
O jogador comentou sobre a experiência na reserva do Atlético-MG, dizendo respeitar a decisão do treinador e o companheiro de posição Guga, que foi titular na maior parte do Campeonato Brasileiro.
— Eu vim por um pedido do Sampaoli, por termos trabalhado juntos no Sevilla durante um ano. E tive a expectativa de jogar, sempre deixei isso bem claro desde lá no começo, após quase 10 anos fora do Brasil. Mas não tinha uma obrigação do Sampaoli de me colocar para jogar, a gente sabe que o treinador tem uma equipe e nós jogadores temos que respeitar suas decisões. Claro que eu queria jogar, mas tive que respeitar o meu outro companheiro, no caso o Guga, que estava jogando. Ele tinha uma equipe em mente, acredito eu, para tentar alcançar o objetivo, que era o título. Infelizmente o título acabou não vindo, mas creio eu que fizemos uma grande campanha. Para uma equipe nova, que foi montada no decorrer do campeonato. Então, como eu falei, tive que respeitar a decisão do treinador.
Com os principais jogadores do elenco principal de recesso, Mariano foi titular diante da URT no último domingo (28) e terá mais oportunidades dentro do Estadual. O jogador, de 34 anos, disse que irá aproveitas essas chances e comentou sobre como tem sido dividir vestiários com os jogadores jovens, da equipe de transição.
— Estou agarrando essa oportunidade, com uma expectativa muito boa de estar jogando. Para mim, todos os jogadores precisam de uma sequência e agora eu vou ter. Ajudando o Atlético, respeitando a vontade e a opinião do nosso treinador, quando eu tiver minha oportunidade, vou fazer o meu melhor. E se for para eu ficar no banco e dar a oportunidade para outro jogador jogar, vou respeitar, assim como sempre fiz. Para mim, está sendo um privilégio dividir o vestiário com os meninos da transição. Eu já estive no lugar deles, então estou tentando, junto do Igor Rabello, Gabriel, Rafael e Tardelli, passar uma tranquilidade para a meninada da transição. É uma molecada muito boa, que vão dar muitas alegrias ao torcedor do Atlético ainda, estão crescendo e nesse primeiro jogo entraram em campo e fizeram o seu melhor.